MONEY

quem dera fosse (pt. 2)

F R A N C E S

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    Quando nos distanciamos mais uma vez, muitos outros beijos e arranhões depois não sei bem quanto tempo passamos agarrados e isso é incrível. Estamos contra uma parede e ouvindo vampire weekend, o que significa que o ritmo mudou completamente e pelo menos todo o AM eu sei que já passou.

    - Uau - eu digo e ele ri.

    - Uau - Eddie repete. - Segundo round depois de uma bebida?

    - Por favor...

    Eu realmente perdi a cabeça, mas "who gives a fuck about an oxford comma?" de qualquer forma. Me sinto extasiada e posso falar isso sem qualquer exagero, gosto dessa sensação, senti falta dela. Eddie segura minha cintura enquanto caminhamos até o bar por entre as pessoas, olho para os lados, não sei onde os outros garotos foram e isso é interessante.

    - Você sabe onde o Andy foi parar?

    - Não faço a menor ideia, mas há coisas melhores para pensar - o garoto ri atrás de mim me causando um arrepio.

    Quando me sento finalmente no banco junto ao balcão ele fica ao meu lado e exibe o mesmo sorriso de sempre, Eddie é tão confiante que chega a ser irritante, mas não há quem não goste disso. Não estava mais acostumada com essa coisa de "estar com um garoto", um ano muda muito as coisas.

    - Duas das verdinhas, por favor - ele chama a atenção do atendente que procura as cervejas após bater um contingência descontraída.

    Ele trás as duas garrafas e pisca pra mim quando abre as tampas, é engraçado. Eddie paga e não me incomodo o bastante para reclamar sobre isso, mesmo se quisesse não poderia pagar essas coisas hoje. Peguei um lugar com vista privilegiada para a porta e nem a mão do meu mas novo acompanhante em minha perna faz com que o sentimento de que algo vai acontecer suma, chega a ser meio...

    - Quer voltar pra mesa, fadinha? É mais reservado... - ele ri e sabe que também levei na brincadeira .

    - Você é um idiota, mas adoraria...

    Paro para ouvir a música antes de qualquer movimento.

so I try to laugh about it, cover it
all up with lies

    Estão tocando boys don't cry.

    Seguro uma das mãos dele ao me levantar e balanço a que segura a garrafa jogando os pés nos ritmo, isso o faz rir e essa era a intenção com a dança mais ridícula e velha que consegui pensar. Bebo mais um pouco e caminho entre as pessoas dançando, gostei da escolha desse vestido pra hoje, me deixa livre, como se nada pudesse me parar.

    Procuro a nossa mesa e lá está Andy sentado com a cabeça jogada no banco. Seus braços estão largados sobre o estofado, seus olhos estão fechados e ele terminou com a bebida comprada antes, não sei o que aconteceu e nem se devo perguntar.

    - Já ouviu aquela história de que garotos não choram, Frances? - Eddie pergunta alto o bastante para que ele ouça...

    - Engraçado, Eddie - ele abre os olhos e passa as mãos no cabelo. - Muito engraçado.

    - Posso saber o que houve? - o moreno pergunta.