Cocaine Cowboy | stucky

Animals

- Qual é, Steve! Você não pode ficar bravo comigo para sempre.

É aí que você se engana, Tony. Eu posso e eu vou.

Não contente com ter me levado para aquele lugar em ruínas para ver uma luta clandestina, Anthony Stark, meu péssimo melhor amigo e colega de quarto, me obrigou a sair para comemorar porque ele ganhou um bom dinheiro com as apostas e queria me recompensar.

Pois bem, chegamos no lugar da comemoração, um dos bares mais frequentados ao redor do campus, e lá estava a sua namorada Pepper Potts numa mesa cheia de gente. Ela conversava animadamente com uma ruiva sentada ao seu lado.

Olhando melhor para as outras pessoas na mesa, pude reparar que a maioria estava no auditório. Ate mesmo o tal de Peter do megafone.

Era uma emboscada.

- Você me enganou, Tony! – sussurrei entredentes porque Pepper se aproximava – Oi, Pepper!

- Olá, meninos. – deu um selinho em Tony e um aperto caloroso no meu braço – Se divertiram na luta?

- O que? Você sabia da luta? – eu estava embasbacado.

- Todo mundo sabe, Steve.

- Bom, então diversão não é bem a palavra que eu usaria para descrever a experiência.

Ela sorriu e voltou para a mesa.

E eu achava que ela teria o bom senso de não deixar que Tony se envolvesse com esse tipo de coisa.

Bom, não posso culpa-la. Ninguém consegue convencer Tony de fazer ou deixar de fazer nada. Ele é o maior teimoso que esse mundo já viu.

- Pepper é amiga de Natasha, - apostou discretamente para a ruiva – E ela é amiga do Soldado Invernal. Claro que ela sabia, ela só não gosta de assistir. Agora ponha um sorriso nessa cara e vamos nos divertir! – me deu um tapinha no ombro e foi sentar à mesa.

Se a tal Natasha era amiga de Barnes e ela estava lá e todo mundo do auditório também, Barnes provavelmente apareceria.

O pensamento fez um arrepio gelado subir pela minha coluna.

Senti meu instinto mais profundo gritar para que eu fosse embora, mas já era tarde e Tony era o detentor de nosso meio de transporte; andar sozinho de madrugada pelos arredores do campus poderia ser perigoso.

Talvez não tão perigoso quanto estar sentado nos arredores do Soldado Invernal, mas, resignado, me sentei junto a Tony.

Todos riam, conversavam, bebiam e eu apenas observava e gritava internamente. Situações sociais com desconhecidos não eram meu forte, ainda mais com tantos desconhecidos. Sem falar na ameaça silenciosa do Soldado Invernal aparecer. Algo me dizia que não era seguro estar no mesmo ambiente que aquele cara.

De um lado Tony conversava com a namorada e mais alguém, do outro Peter-megafone e caras desconhecidos relembravam momentos incríveis de lutas com o Soldado Infernal; estavam tentando fazer o top 5, mas não entravam em acordo.

- A luta de hoje com certeza tem que estar entre as melhores! – disse Peter animado.

- Que nada – respondeu um moreno de cabelo bem curto ao seu lado – Foi rápido demais, mal deu tempo de curtir!

- Mas você não pode negar que foi animal o jeito que ele virou o jogo.

Animal.

O termo perfeito para descrever Bucky Barnes e seu esporte.

- 'Ta, mas e quando ele quebrou o braço do cara? – um terceiro se juntou a discussão – Essa temque estar no top 5.

De repente todos começaram a falar ao mesmo tempo sobre os ossos que Barnes quebrou e qual foi o mais épico.