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Mãozinhas habilidosas desfilavam cartas e truques mágicos pela praça principal e a quantidade humilde de telespectadores alimentava o orgulhoso coração de Jeongin, aplaudindo ou ensaiando espanto perfeito. Era difícil, claro, mas nada que uma boa simpatia não conseguisse.

Findava a tarde, certamente. O clarão do dia sumia na outra ponta do globo e o movimento ia embora junto; apenas viajantes globais, deixando agrados e uma pequena ajuda, sempre seguindo em frente. Satisfatório de verdade seria se o deixassem o endereço para recompensar o dinheiro com boas cestas de frutas – quem sabe?! – ou cartões de natal hiper enfeitados.

Finalmente, as ruas foram tomadas pela escuridão e Yang não encontrara ônibus vazio o suficiente àquele horário. Então seguiu pela neve fria e cortante. Nessas horas, ele apenas fingia ser feito de neve, pele com pele, matéria da matéria, para que não pensasse na situação que se encontrava ou se perguntasse por que sempre terminava o dia sozinho. Às vezes, fazia da sombra entre um poste de luz e outro sua amiga e conversava durante todo o percurso, inventando piadas para contar no próximo dia aos seus telespectadores e arrancar risadas – tudo bem, essa parte dependia muito do humor e inspiração.

Brincava alegremente com a sombra do chão que veio junto à luz amarelada do fim do Centro quando se deparou com uma loja que piscava para todos os lados, ainda aberta, tilintando a porta a cada cliente que saía. Pensou em não olhar para não sentir vontade, mas, assim que a vista pousou na imagem comprida do pinheiro colorido, o queixo caiu, e, distraído, batera a cabeça no poste logo em frente. Após o susto, levantou-se e espalmou as mãos na vitrine embaçada, dando mais vida e esperança a já gloriosa árvore decorada. Suas luzes remetiam felicidade sem fim e as guirlandas lhe envolviam os sonhos que jamais teve chance de realizar. E essas coisas conjuntamente simbolizavam veias pulsantes de um coração apaixonado pela beleza de uma comemoração, um espírito gigante, e esse coração que batia por uma nação inteira assim que tocava as doze badaladas, lá no topo da árvore amarelada. Finalmente, TUM, TUM, TUM, a alegria inocente.

Era Yang Jeongin.

Só tinha a si mesmo; e seus tumtumtum rápidos e ansiosos.

Não queria chorar de emoção, então fechou a boca, entrou na loja e comprou a estrela que estava na ponta da árvore com o dinheiro da janta.

ㅡ i wish. stray kids | jeongin ! a christmas giftOnde histórias criam vida. Descubra agora