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  Na manhã seguinte Pedro pode acordar mais tarde, ele não tinha consultas e só precisaria ir para o hospital em caso de emergência, ele levantou e viu que Gabriel deixou uma escova nova, toalhas e sabonete para ele em cima da cama, com muita preguiça Pedro foi até o banheiro do quarto, fez suas higiene e foi para a sala, onde viu um homem alto, musculoso, ruivo de olhos preto, barba rapada e roupas largas agarrando Gabriel, Pedro voltou antes que o homem visse ele. "Se controla, eles são um casal, você não pode interferir, se o Gabriel está feliz com ele então tudo bem." Pedro respirou fundo e foi para sala, dessas vez foi visto pelo ruivo.

- Esse é o seu hóspede? -perguntou soltando Gabriel. - Sou Wesley, o namorado do Gabriel.

- Acordou Pedro?

- Sim, bom dia para vocês, não se incomodem comigo, eu só vou comer antes de ir resolver algumas coisas na cidade, prazer em conhecê-lo. -disse tentando não encarar os dois. - Aliás, já comeu Gabriel?

- Eu ia fazer isso agora. -os três foram para cozinha e sentaram na mesa.

- Como vai a dieta amor? -perguntou Wesley vendo Pedro dar um pão para Gabriel.

- Eu... -o rapaz ia responder mas foi interrompido por Pedro.

- Ele não pode fazer dieta, ontem eu pedi alguns exames, o corpo dele está claramente fraco, sem condições de fazer dieta.

- Não se intrometa nisso, por que estava olhando o corpo dele?!

- Eu sou médico!

- Eu sou o namorado dele!

  Os dois se encararam como se fossem avançar no pescoço um do outro e espremer até não ter mais por onde respirar, Pedro havia odiado o fato de Wesley estar falando de dieta, sendo que Gabriel estava claramente magro demais e fraco por causa disso.

- Calma gente, eu vou ficar bem, agradeço por se preocuparem comigo, só preciso me esforçar um pouco mais...

- Perdoe-me por me intrometer, estou saindo. -Pedro se levantou furioso e foi embora rapidamente.

- Pedro espera!

- Ele já foi. -disse Wesley segurando o braço de Gabriel. - Não gostei dele, espero que a casa fique pronta logo.

- Ele não é má pessoa, só estava preocupado com minha saúde.

- Você está ótimo, só precisa fazer mais exercícios e vai se sentir melhor, eu também me preocupo com você, não quero lhe ver sedentário em cima de uma cama. -afirmou dando um beijo nele.

- Claro, eu vou dar meu melhor.

- Assim que se fala, tenho que ir agora.

- Já?

- Sim, eu sou um homem de negócios, tenho muito a resolver, mas amanhã a noite talvez passe aqui.

- Ok, vou esperar.

- Tchau.

  Wesley deu um último beijo nele e foi embora, enquanto isso Pedro foi até o bar da cidade e encontrou Anastácia sentada em uma mesa, escrevendo algo em seu notebook.

- Por que diabos não me contou que Gabriel estava cego?! -perguntou Pedro se sentando ao lado dela.

- Pensei que já sabia, faz sete anos que ele é cego, esse assunto nem é mais relevante. -disse com tranquilidade.

- Mas para mim é, o namorado dele é um babaca!

- Não sei ao certo, ninguém na cidade vê ele com frequência, nem sabemos com que tipo de negócios ele lida, apenas que de vez em quando chega na cidade com seu carro luxuoso e vai ver o Gabriel.

- Pois eu quase sai no soco com ele, acho que aquele fudido está incentivando o Gabriel a fazer dietas perigosas para a saúde dele, a quanto tempo eles estão juntos?

- Seis meses oficialmente, mas antes já saiam.

- Acha que ele ama mesmo o Gabriel?

- Eu sou uma jornalista, não tenho poderes de telepatia ou coisa do tipo para saber o que as pessoas realmente estão sentindo!

- É... Eu achei ele meio indiferente, sei lá, talvez seja coisa da minha cabeça...

- Aproveitando que está aqui, eu estou escrevendo uma matéria sobre sua volta triunfal a cidade que foi seguida da tragédia com sua casa, como está se sentindo em relação a tudo isso?

- Eu quero enfiar uma estaca no meu coração! -afirmou encostando a cabeça na mesa. - Eu ainda amo ele, o que eu faço?

- Beija a boca dele, depois lambe o corpo dele inteirinho, prende ele e diz:"Você não vai ficar com esse ricaço, porque você pertence a mim, agora me chama de mestre seu cachorro!" -Pedro a encarou assustado pelo o que havia acabado de ouvir, não sabia nem como responder. - É isso ou ficar choramingando pelos cantos igual você fazia no passado.

- Eu vou marcar um psicólogo para a senhorita. -afirmou se levantando para ir embora.

- Eu só quis ajudar!

Dança No Escuro Onde histórias criam vida. Descubra agora