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  Wesley foi para cima de Pedro que não reagiu em momento algum, o deu um soco e o empurrou no chão, enquanto isso Gabriel tentava chegar até os dois, mas como não via nada estava bem longe.

- Wesley o que está fazendo?! -perguntava Gabriel tentando seguir o som de Pedro sendo quebrado.

- Esse desgraçado merece!

- Chega!!! -gritou Lana surgindo da porta de trás e segurando o braço de Wesley.

- Me solta sua maluca! -ele tentou se soltar, mas Lana o segurou e algemou com bastante facilidade.

- Quietinho, vou te levar para um lugar para esfriar a cabeça, você está bem Pedro? -perguntou vendo o homem esticado no chão e cuspindo sangue.

- Estou vivo, não ia para casa da Anastácia?

- Senti que precisavam da minha ajuda, vou levar esse esquentadinho e chamar uma ambulância para você.

- Obrigado Lana.

- Pedro, onde está? -Gabriel estava do lado dele, Pedro estendeu a mão. - Eu sinto muito.

- Tudo bem, não é culpa sua.

- Lana, espera! -pediu mudando sua feição calma para uma furiosa. - Wesley, o que deu em você?

- Você tem que ficar do meu lado Gabriel!

- Não, eu sinto muito, mas você está errado, não tinha porque bater no Pedro, eu gosto de comer e não sinto mais o mesmo que sentia quando nos conhecemos, desculpa. -Wesley tentou se soltar de Lana para bater em Gabriel também, mas ela o jogou no chão.

- Quietinho garoto! -disse a mulher puxando a algema para trás.

- Você não pode me tratar assim, eu vou arruinar essa cidade!

- Não se preocupe, você nunca mais vai ter que por os pés aqui, vamos! -ela o levou embora preso.

- Você está bem Gabriel? -perguntou Pedro pegando na mão dele

- Sim, ele me traia né?

- Como sabe?

- Anastácia tem a língua tão grande que não lhe cabe na boca, ela me contou hoje a tarde, mas para falar a verdade já suspeitava. -Gabriel deu um sorrisinho falso. - Vem, vamos cuidar dos seus machucados.

  Eles foram até a casa, Pedro foi direto para o banheiro, tomou um banho e já se sentiu melhor, em seguida foi até a sala onde Gabriel estava sentado passando a mão em seu cabelo.

- Gabriel... -ele se sentou ao lado dele e pegou em sua mão. - Tudo bem?

- Sim.

- Sinto muito por seu relacionamento acabar assim.

- Estou bem com isso, melhor descobrir logo do que ser enganado pelo resto da vida. -afirmou sorrindo.

- Não quero parecer invasivo, mas posso te pagar um jantar qualquer dia desses? -perguntou demonstrando nervosismo em sua voz, Gabriel riu.

- Invasivo? -ele deu outra risada. - Pensei que ia me agarrar no celeiro.

- Eu pensei nisso, mas não sabia se você ainda me ama.

- Nunca deixei de amar, mas Pedro, eu fui tão cruel com você, que não acho que mereça sequer o direito de te amar...

- Não diz isso, eu também errei, mas agora a gente pode recomeçar, vamos sair juntos e deixar fluir.

- Tudo bem, vou dormir, hoje foi um longo dia, temos muito tempo, para recomeçar.

- Sim, boa noite.

  Pedro deu um beijo na testa de Gabriel e cada um foi para o seu quarto dormir. Já era meia noite, Pedro não conseguia dormir, então ficou mechendo no celular, de repente a porta se abriu, Gabriel entrou nas pontas dos pés, mas como não enxergava caiu bem em cima de Pedro.

- Acho que cai no lugar certo. -afirmou sentindo o corpo do homem.

- O que está fazendo?

- Não conseguia dormir, então vim aqui gastar um pouco e de energia.

- Como?

  Gabriel não o deixou falar mais, começou a o beijar enquanto tentava arrumar seu corpo em cima do dele, os dois ficaram assim por alguns minutos, em seguida Pedro o virou para baixo e levantou a blusa o encarando.

- Não tínhamos que fazer outras coisas antes de pularmos para essa parte? -perguntou Pedro enquanto tirava a próprio blusa.

- Acho que sim, para que seguir um roteiro pensado?

- Tem razão, nossa vida nunca foi assim e para falar a verdade, estava louco por isso!

  Ambos sorriram, passaram a noite juntos relembrando os prazeres do passado e do quanto amavam estar juntos. Na manhã seguinte, Pedro acordou primeiro completamente feliz, nem sentia a dor dos hematomas deixados por Wesley, só a alegria de estar de volta, ele preparou um café da manhã exagerado, tanto que teve que levar em duas bandejas para o quarto, Gabriel já estava acordado, mas como não encontrou Pedro na cama ficou deitado esperando um pouco, até que ele entrou no quarto.

- Bom dia, querido, fiz o café de comemoração! -afirmou animado colocando as bandejas na cama.

- Bom dia, o que estamos comemorando? -perguntou sorrindo sabendo que ambos tinha muitos motivos para comemorar.

- Nosso amor.

Dança No Escuro Onde histórias criam vida. Descubra agora