"library" ➳ noah centineo

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— Droga — disse quando acabei escorregando ao tentar encaixar um livro na prateleira do alto

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— Droga — disse quando acabei escorregando ao tentar encaixar um livro na prateleira do alto.

Pelo menos uma vez na vida, eu dei graças a Deus por a biblioteca estar vazia e não ter ninguém para me ver caindo.

Normalmente, eu ficava depois da aula e quase ninguém vinha. E quando ninguém dava as caras era apenas para se beijar sem ninguém ver ou pesquisar coisas inapropriadas nos computadores.

De repente, enquanto me recuperava do tombo, eu ouvi algumas vozes e algumas risadas. Talvez até o barulho de uma bola batendo no chão e logo, as cinco figuras entraram.

Eram os jogadores do time de basquete da escola, os quais eu odiava com todas as minhas forças. Eles se achavam muito, ficavam sempre se gabando de como eram lindos e de como tinham tudo o que queriam

— O que raios eles estão fazendo aqui? — pensei e um deles se aproximou de mim.

— E aí, gata — O moreno de olhos castanhos disse, como se tivesse alguma intimidade comigo — Onde ficam os computadores? Queremos o usar, se é que me entende.

Eles deram risadas e eu rolei os olhos.

— Oh, gatinho, fica por ali — Apontei meu dedo para o alto e eles começaram a procurar — Está vendo o que está escrito? Caiam foram daqui, idiotas.

Eles se entre olharam e depois olharam para o líder, como se estivessem esperando que ele me respondesse.

— Você... — Ele se aproximou e segurou meu braço. Me soltei.

— Você o quê? Vão embora — Virei de costas, esperando que eles saíssem enquanto eu andasse.

— Isso, bibliotecária idiota. Fica atrás do balcão onde ninguém vai te querer. — Ele soltou e eu parei.

— Se todos forem que nem você, eu prefiro que ninguém me queira mesmo — Continuei andando e a resposta não veio. Alguns segundos depois ambos foram embora e eu suspirei fundo.

Não, eu não havia me incomodado com o que ele havia me dito. Nem se quer havia pensado nisso.

*

Dias se passaram e a biblioteca continuou vazia mas mesmo assim, eu insistia em organizar as coisas e ficar presente no local.

Até que um dia, uma presença quase ilustre apareceu na biblioteca e assim que ele chegou e se sentou em uma das mesas, eu rolei os olhos. Era o mesmo garoto que eu havia discutido aquele dia mas ele estava sozinho.

Ele se sentou em um lugar, e abriu um livro. Seus olhos se revezavam no livro e em mim, até que reuni minha coragem e caminhei até lá.

— O que você está fazendo aqui?

— Estudando, como qualquer aluno.

imagines | actorsOnde histórias criam vida. Descubra agora