II

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Isabel passou meses pensando sobre o sonho. Aquilo era mesmo apenas um sonho ou talvez um presságio?

A pergunta que invadia sua cabeça todos os meses de sua gravidez. Ela sentia em seu sangue a chance de que aquilo, não era uma mera imagem de sua cabeça.

O dia em que seu filho nasceu. A dor era enorme. Maior do que facas perfurando todo seu corpo. Seus gritos o faziam ainda mais intenso.

— Ana... — Ela tentava dizer o nome de sua parteira. — Ande logo com isso!

Sua voz saiu gritante. Dor, angústia, euforia e felicidade eram os sentimentos que a descreviam.

O menino nasceu.

Bonito, saudável e coberto de sangue. Isabel respirou de alívio. Algo que não fazia a séculos. Finalmente, seu esperado filho estava ali, aos seus braços. Dormindo como um anjo.

— Aonde estás minha criança? — O demônio entra na pequena casa, com um sorriso que causava calafrios.

Ele andou até o berço de palha, que a criança se encontrava. Antes que ele a visse, o mesmo virou seu olhar para Isabel. Como se procurasse permissão.

Isabel asentiu, permitindo ele de ve-ló.

Ela permitiu.

Ela deixou que ele o vê-se.

Ele sorriu de contribuição. Levou uma de suas grandes mãos para balançar o berço e disse as seguintes palavras;

"Ora meu filho. Tão jovem. Iras se tornar um belo homem. Terá a bênção de jamais passar fome e a maldição de ver todos aquele que um dia amará, morrer."

A jovem o interrompeu.

— Pare! — Ela o chamou assustada, e o mesmo a olhou de soslaio, com um pequeno sorriso no canto dos lábios.

Ela pode ver nos seus olhos algo estranho. Sentiu uma formigação da ponta dos pés até a cabeça. Um medo a invadia, fazendo-a engolir seco.

Ela viu, o inferno.

Ela viu seu erro. As consequências de seu ato.

Deixar ele vê-lo.

— Saia daqui! — Ela levanta apontando para a porta. — Eu ordeno que você saia e jamais pise aqui novamente.

Seu medo aumenta quando ouve sua risada macabra cortando o silêncio do local.

— Eu não quero te fazer mal. Eu te amo — O demônio diz em um tom de deboche, rebaixando-se em um gesto de rendição.

— Você mente. — Isabel o diz, evitando olha ló.

O mesmo vai embora. Antes que pudesse passar pela porta, ele diz suas últimas palavras.

"Cuidado, pois quando está criança ficar com fome, ele estará faminto."

Ela grita em uma forma de expressar sua raiva. Por que foi tão estúpida?

João, seu pai, sempre á avisara do perigo eminente no mundo. Por que não teves cuidado como o seu pai disse para ter?

A resposta era simples: pois ela escolheu.

[†] Rotten blood; Bangtan BoysOnde histórias criam vida. Descubra agora