III

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Kim Namjoon nasceu.

Uma criança da exata maneira que o demônio prometeu. Saudável, bonita, especial, mas de certa forma doente.

Ele não comia. Isabel estranhou e um dia o implorou para que comesse algo. Mas ele sempre negava ou vomitava sua refeição. Era inevitável.

Sua pele branca que reflita o sol. Seus olhos negros com pequenos detalhes vermelhos na córnea. Era uma criança encantadora. Um pequeno menino com aparência angelical.

As vezes, via seus amigos trabalhando com seus pais. Sendo assim, fazia perguntas sobre o seu pai para Isabel. Há fazendo nervosa e mudando de assunto antes que começasse a chorar.

"Namjoon"

A mãe chama a atenção de sua criança de cinco anos.

"Quero que saiba que seu pai não foi um homem bom. Ele foi mau." Ela o olha nos olhos e vê sua expressão confusa. "Você sabe o que são homens maus Namjoon?"

O menino balança a cabeça em negação.

"São homens vazios. Homens sem alma. Tudo que eles mais querem é o amor. E por não encontrarem, eles fazem de tudo pra acabar com o do outro." Kim sente a respiração de Isabel pesar e consegue ouvir seus pensamentos em meio a frustração. "Eu te amo, e é isso que importa."

Um sorriso foi aberto em meios aos lábios rasos do menino.

Antes que o mesmo pudesse falar algo, sentiu uma dor forte no estômago. Essa dor era intensa e queimava. Fazia sua garganta arder e poder sentir na ponta da língua, o gosto do inferno.

Kim grita.

Lágrimas descem pelo seu rosto, tentando aliviar a dor. Sua mãe o olhou assustada, sem saber o que fazer. Afinal, não tinha o que fazer.

Pois agora, ele estava com fome.

O menino adormeceu sobre os lençóis molhados devido as lágrimas. Isabel não conseguia pegar do sono. Sentia preocupação na pele sobre seu filho.

Sua irmã, Mali, apareceu de manhã na porta de madeira da sua humilde casa. Sorriu, e perguntou se não queria levar Namjoon para sua casa, já que o mesmo nao não via seu primo á tempo.

Isabel estava com medo, mas cedeu. Acordou Kim, que se sentia exausto. Sua pele parecia desgastada e sua beleza encantadora já não era mais como antes. Ele parecia velho, desgastado e usado.

Mali se surpreendeu pelo estado de seu sobrinho, por isso seu desejo por leva ló consigo apenas aumentou.
Ao chegar lá, deixaram Kim Namjoon e seu primo três anos mais novo sozinhos.

Namjoon o olhou e viu seu olhar inocente sobre ele. Suas veias pulsantes, em seu pescoço e pulsos.

— Eu estou com fome. Muita fome. — Kim o olhava como se fosse uma refeição.

— Então, coma algo! — O pequeno menino em sua frente, disse apontando para porta.

— Acho que mamãe não vai gostar do que eu vou comer. — Ele faz beiço, olhando para o chão. Como um cachorro procurando carinho por ter feito algo errado.

Seu olhar sai do chão, indo em direção a criança. Um sentimento estranho a consome. Fazendo com que ela levante e vá até Namjoon.

— Eu não serei um homem mau fazendo isso. Ou serei? — Ele olha para o pescoço do menino, que pulsa servamente.

Ele sente uma pontada em seu estômago e a sensação de queimação, o fazendo morder seu pescoço com toda a força de sua mandíbula. Os dentes ajudavam, pois suas presas eram mais saltadas. Ele não questiona se aquilo era certo ou errado. Ele só precisava comer, pois estava faminto.

E o sangue daquelas veias, eram suculentos. Quente e doce.

Delicioso.

[†] Rotten blood; Bangtan BoysOnde histórias criam vida. Descubra agora