Seu primo morreu. Seo Sehun, morreu.
Kim Namjoon o soltou de seus braços, e pode ver o corpo do menino caindo como uma pedra. Seco e sem um pingo de sangue.
"Meninos!" Ele ouve a voz de sua tia, os chamando.
Assustado e sem saber o quer fazer, ele pula da janela. Agora, ele sentira se belo. Imortal.
Estava coberto de sangue, e sua boca o denunciava.Sua tia morava em uma casa grande, no meio de um mato. Um lago pouco frequentado que ficava ali em frente. Sua ótima ideia, foi se lavar lá e depois voltar. Infelizmente, ele teria que voltar.
Após algumas horas, ele voltou. A primeira cena a adentrar a casa, era sua tia de joelhos nos chão, chorando como nunca. Isabel mantinha uma mão acariciando suas costas como forma de consolo.
— Namjoon! — Isabel corre para abraçar o filho. — Que bom que está bem. O que lhe aconteseste?
A jovem mãe, pergunta referindo a roupa molhada do menino. Seus olhos estavam mais vermelhos e seus lábios, rosados e vivos.
— Doia. — Kim disse, apontando para própria barriga. Isabel arregalou os olhos assustada.
Mali levantou-se bruscamente, e segurou menino pelos braços.
— Como assim, "doia"? O que doia Namjoon? O que?! — Mali soa embreagada pelas lágrimas e estridente. Era difícil entende-lá.
— Mali, ele não sabe de nada! Pare com isso, já! — Isabel a interrompe, segurando seu filho nos braços.
Mali solta um grito de horror. Havia perdido seu filho, por algo que não sabia o que. A dor era enorme. A angústia lhe fazia voltade de morrer junto á ele. Só uma mãe, sabe a dor que é perder um filho. Principalmente um, que não fez mau a uma mosca. Pois, ele era só uma criança.
Seu rosto queimava. Não tinha mais lágrimas para chorar, mas mesmo assim as forçava para sair. Era o único jeito de aliviar a dor. Sua visão se decai, e ela sente uma pontada no corpo. Ela estava sentindo uma dor pulsante. Um castigo divino.
Um castigo profano.
Após o marido de Mali voltar para casa, era vez dele de sentir o pior.
Precisou apenas de algumas horas após o acontecido, para que Isabel e Namjoon pudessem ir embora. Ao chegar em casa, Kim foi correndo para o quarto. Parecia mais animado, mais vivo.
— Namjoon? — O garoto virou para o que sua mãe queria. Isabel se encontrava parada na porta, olhando para o menino de forma confusa. Ele anda até ela, devagar e para á sua frente. — O que você fez?
Ela agacha, ficando da altura do menino. Ele engole seco e pensa antes de responder. Sabia que havia feito algo errado, mas não imaginava que teria sido algo terrível.
— Eu estava com fome, mamãe. — Ele diz observando o chão, sem coragem de olha-lá.
— Fome? — Isabel não entendeu o que o mesmo queria dizer com aquela frase. Quando finalmente entendeu, caiu se ao choro.
Colocou seu rosto entre os joelhos e depositou se a chorar. Chorar muito.
— Está tudo bem mamãe? — O menino a pergunta, confuso e triste. Não gostou de ver a mãe naquele estado.
"É minha culpa. Minha..." Ela sussurra entre lágrimas. As palavras foram abafadas pelos seus joelhos.
Ela levanta a cabeça, o olhando nos olhos. Mesmo que o mesmo não pudesse ve-lós, devido as lágrimas que o interrompiam.
Ela engole o choro, criando coragem para falar algo.
— Jamais faça isso novamente! Jamais! Por favor... — A criança se deposita a chorar, não queria decepcionar a mãe daquela maneira.
— Me desculpa... — Kim tenta se desculpar, mesmo ainda não entendendo a situação de maneira clara. Era por que o menino, morreu?
— Tudo bem. Não chore. Eu... Eu te amo — Isabel diz, passando o polegar no rosto do filho, limpando as lágrimas que desciam sobre.
Ela o abraçou, e passou a mão sobre seu cabelo raso, o acariciando.
— Eu te amo — Ela diz em seu ouvido. — Me avise quando estiver com fome de novo. Pois eu nunca mais te deixarei faminto novamente. Nunca mais.
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[†] Rotten blood; Bangtan Boys
VampireHumanos podem ser miseráveis. Tristes e ingratos, mas além de influenciados e manipulados eles são, doces. Seu sangue é doce. Um demônio possui o sangue podre. Por isso, ele procura o doce para satisfazer sua fome. Pois quando ele está com fome, e...