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• Valentina Zenere •
Estou há cinco dias sem falar com a Karol desde que ela saiu do hospital. Ligo para os pais dela mas eles dizem que ela está trancada no quarto, ligo pro Ruggero e ele diz que ela está muito mal, mas não consigo entender o porque.

Peguei minha bolsa e fui direto para a casa dela, dessa vez ela vai ter que me ouvir. Cheguei rápido na casa da Karol e a Maria abriu a porta pra mim, disse que ela estava no quarto o dia todo e que não saiu nem para almoçar. Fui até o quarto dela e entrem sem bater, ela estava péssima, seus olhos inchados e vermelhos, o cabelo em um coque despojado alto e com seu pijama de unicórnio, olheiras mais fundas que um poço e olhando fixamente para a televisão que estava desligada.

Valu: Kah, o que aconteceu? - disse chegando mais perto dela e me sentando no lado vazio da cama.
Karol; acabou Valu, eu estraguei tudo.
Valu: do que vc está falando?
Karol; eu perdi o bebê Valu! - arregalei meus olhos e ela voltou a chorar. - eu não queria, mas aconteceu, foi tudo tão rápido que nem dei conta!
Valu: calma amiga, se não deu certo dessa vez não significa que vai dar errado de novo. - a abracei. - vcs podem tentar mais uma vez.
Karol; eu tenho medo Valu, tenho medo de perder o meu filho de novo e acabar com a vida do Rugge.
Valu: e o que vc vai fazer agora? - ela deitou a cabeça no meu colo.
Karol; eu não sei. Estou há cinco dias sem sair de casa, sem sair do quarto direito. O Rugge vem aqui sempre me ver, mas acaba saindo mais cedo do que o normal porque eu digo que quero ficar sozinha. - comecei a fazer carinho na sua cabeça e ela continuou falando. - os meninos não sabem da notícia, vc é a única que sabe.
Valu; seus pais não sabem?
Karol; eles sabem. Só sabem porque ficaram enchendo meu saco para contar o que estava acontecendo que eu não saía do quarto.
Valu; vc não pode ficar assim pra sempre amiga, eu sei que deve ser difícil perder um filho, mas vc tem que seguir em frente, independente do quão difícil seja.
Karol: eu não sei se tenho forças para isso. Queria desistir de tudo. Eu nem olhei nos olhos do meu bebê, não pude carregá-lo, trocar a fralda, dar de mamar, ouvir as primeiras palavras, levá-lo ao colégio. - a interrompi.
Valu; mas isso vai acontecer um dia Karol. Foi o que eu disse, não é porque deu errado uma vez que vai dar errado de novo, insista, persista mas nunca desista. É o sonho de vcs criar uma família e porque não deu certo de primeira vcs vão desistir? - ela se levantou. - você é uma mulher determinada Kah, uma mulher guerreira, forte, não deixe isso te abalar tanto, vai haver outras oportunidades.
Karol; obrigada pelas palavras amiga, não sei o que eu seria sem vc. - ela me abraçou forte.
Valu: eu vou está sempre ao seu lado para te apoiar e te ajudar em todos os momentos. - ela sorriu. - bom, eu vou indo, descanse que amanhã, eu, vc e a Lina vamos ao shopping comprar as coisas do casamento!
Karol; não tem nem data marcada ainda Valu, pra que irmos tão cedo?
Valu; pra que deixar pra depois o que se pode ver hoje? - parei. - hoje não da então vamos amanhã. - ela riu. - é bom te ver rindo amiga!
Karol; minha irmãzinha de outra mãe! - ela me abraçou. - obrigada por tudo.
Valu; não há de que, até amanhã! - beijei sua bochecha e sai da casa da mesma indo para a minha. Amanhã o dia vai ser longo!

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momento #valurol, o que acharam?
p.s: não queiram me matar, vai dar tudo certo😂💓

Un Destino / Ruggarol • concluido •Onde histórias criam vida. Descubra agora