Capítulo 7 - A Promessa.

140 17 3
                                    

Como Hoseok prometeu, na madrugada do começo do outro dia, ambos estavam excitados demais para voltar ao quarto, aquele quarto que agora, é o favorito de Son. E lá foram os dois amigos, deram à enorme volta pelo corrimão, já que o quarto de ambos era do lado oposto ao de Kihyun, mas valeria a pena. Pelo menos, Hyunwoo acreditou que valeria.

Hyunwoo segurou na maçaneta da porta e a abriu, logo entrando no quarto. Caminho rapidamente até a cama, deixando o amigo para trás, e lá estava Kihyun, o belo jovem adormecido. Nos lábios do moreno, um sorriso apareceu, admirando a beleza excessiva de Yoo. Permitiu-se abrir a tela de proteção que o guardava de qualquer inseto ou poeira que pudesse pegar. Hyunwoo sentou-se ao lado do corpo adormecido, sentiu a maciez do colchão e se arrepiou com a sensação familiar. Mas ignorou, apenas para pegar na mão do ser adormecido…

* As luzes do enorme salão estão ligadas, iluminando todo o local. Todos comem, bebem e dançam á vontade, todos menos ele. Hyunwoo espera, pacientemente, Kihyun aparecer, e pacientemente, o jovem sorridente surge à sua frente. Nunca esteve tão deslumbrante. Kihyun era, para todos, uma prima distante da anfitriã da fresta, já que este vestia um longo e maravilho vestido azul e branco. Não era uma mulher, sabia que não, Hyunwoo sabia que não, e não se sentia como uma, apenas gostava de usar roupas femininas, sentia-se bem com elas, e se o pequeno sentia-se confortável, Hyunwoo estava ainda mais. Só queria fazer seu pequeno sorrir

— Você está lindo, Sr. Son. — rio baixo, delicado como sempre, bondoso, gentil e, ao mesmo tempo, envergonhado. Hyunwoo era completamente apaixonado por esse jeito, o encantava de maneiras, que ao menos ele, poderia explicar ou definir. Kihyun tinha um enorme poder sobre o mais velho, ambos sabiam disso, Yoo detestava usar essa parte de sí, sobre Son. Ele nunca exerceu autoridade alguma sob quaisquer ser vivo, seja ele humano ou animais. Kihyun tinha enorme poder, mas preferia exercer a bondade sobre todos, e essa era uma qualidade perfeita aos olhos de Son. Bom, uma das qualidades, é claro.

— Você está… — Son pensou, não queria chamar Kihyun de mulher, mas não podia chamar no masculino. Sabia que o pequeno não se incomodava, não gostava de rótulos, de gênero, não gostava de ser limitado, ele só se importava em ser feliz, e isso Hyunwoo já o fazia todos os dias. — Exuberantemente perfeita, senhorita. Yoo.

Kihyun abriu seu belo sorriso, aquele que exibe as amáveis covinhas pequenas, que deixava Hyunwoo mais apaixonado do que nunca. E, graças ao sorriso, seu olhos viraram dois risquinhos. O pequeno encolheu os ombros, em uma atitude envergonhada e animada. Hyunwoo não se conteve ao beijar as mãos do outro.

— Não vai me tirar para dançar, sr. Son? Quanta arrogância de sua parte.

— Eu prefiro te levar à outro lugar, se não se importa.

— Me surpreenda, sr. Son. — Kihyun fingiu seriedade, arrancando um enorme sorriso do outro, e por fim, se rendeu a um sorriso também. Estavam felizes, estavam juntos e nada mais importava.

O moreno caminhou para fora do local, acompanhado do menor, a noite estrelada sob eles, deixava o ambiente todo mais sereno, e as estrelas filmavam os dois. Kihyun como um belo curioso que era, questionou ao amado, qual era o caminho que estavam seguindo, mas Hyunwoo não se deu ao trabalho de gastar sua inútil voz, respondendo, preferiu deixar que o mais novo visse com seus próprios olhos e… se maravilhar com a decoração que o moreno arrumou, junto com a ajuda de outras pessoas, no jardim. Ás luzes fracas espalhadas ao redor de ambos, os grilos como músicos, assim como os gatos e outros bichos que estavam em volta. Kihyun não pode deixar de sorrir com tamanho cuidado e fofura

— Fez tudo isso para nós?

— Fiz tudo isso para você. Mas a beleza disso aqui, não chegam aos seus pés

— Hyunwoo… — Yoo se virou para o maior e aproximou-se — Dance comigo.

— Seu desejo é uma ordem. — sorriu fofamente, e então, a música começa. Sincronizada e acústica, dando uma boa sonoridade. Com a mão na cintura de Kihyun, e a do pequeno, em seus ombros, ambos se movem juntos. Cada qual com um sorriso no rosto, estavam com quem queriam estar, onde queriam estar, longe da visão alheia, mas não sozinhos. Mas não importava, Hyunwoo só desejava ver o brilho no olhar de Kihyun, enquanto lhe fosse possível, sabia que o Yoo se encantava com pequenos gestos, e isso encantava Hyunwoo. Nada de grandeza, riqueza ou luxo, apenas os sentimentos que nutriam um pelo outro. Isso valia mais do que qualquer outra coisa.

— Sou um alguém de muita sorte por ter me tirado para dançar. — comentou

— Engana-se, se pensa assim. O sortudo sou eu, por estar dançando contigo.

— Somos dois sortudos, então. — sorriram um para o outro — Não me deixe

— O que te faz pensar que quero partir?

— Não aceitarão

— Não me preocupo se irão ou não, nos aceitar. Me preocupo se você me aceitaria com tantos defeitos que tenho

— Não diga tolices, sr. Son, somos feitos de imperfeições, mas o que seria de nós se não às tivéssemos? Seres humanos perfeitos para que? Se todos fôssemos perfeitos, não haveria espaços para as aprendizagens de nossos erros

— Você me parece impecável, senhorito, Yoo. — Hyunwoo maravilhou-se com as palavras de Kihyun, abrindo outro sorriso. O mais novo riu baixinho, envergonhado pela referência e modo com o outro lhe chamou

— Você é esplêndido, Sr. Son. Não é atoa que me encanto a cada segundo com sua presença.

— Sinto-me lisonjeado e honrado por tais palavras. — sorriram novamente — Apaixonei-me por ti sem que eu ao menos percebesse. — declarou-se. Rápido demais? Talvez. Talvez fosse esse o motivo de Kihyun ter diminuindo os passos e, aos poucos, seu sorriso fôra sumindo — Perdoe-me. — afastou-se e o reverenciou

— Não deve mais repetir tais palavras.

— Perdoe-me, não irei, se assim preferir. Mas se não direi a tí, ninguém mais ouvirá.

Yoo sentiu seu coração acelerar, ele sentia o mesmo que o moreno, sentia intensamente, a cada momento em que ficavam juntos, a cada momento em que se falavam ou até mesmo, se tocavam em danças ou seguravam um na mão do outro, quando estavam sozinhos. Nenhum ato a mais, nenhum ato à menos.

— Levante-se, sr. Son. — pediu, cauteloso, e foi atendido — Apaixonou-se por mim?

— A cada momento em que fico em sua presença, me apaixono cada vez mais. — afirmou convicto

— Em nome dessa paixão, prometa-me, que nunca me deixará. Poderá partir à qualquer canto, encontrar pessoas, mas não se envolverá, e voltará para mim.

Hyunwoo, com seu coração quase lhe escapando pela boca, ajoelha perante seu amado e sela a promessa, promessa que ambos queriam, pois pertenciam um ao outro. Eles sabiam disso, não importa quem apareça em seus caminhos, eles sempre encontrariam o caminho de volta. Segurando as mãos do pequeno Kihyun, Son proferiu as palavras desejadas por ambos.

— Eu prometo, Yoo Kihyun. *

N/A: o vestido de Kihyun.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Beauty and The Beast || [ShowKi]Onde histórias criam vida. Descubra agora