Capítulo 7

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Gente volteiii! 

Como foram de Natal? Espero que todos em paz. 

Bora ler? 


CAPÍTULO


BLAKE

No que exatamente eu estava pensando quando me ofereci para acompanhar Alexia? Merda, era claro que eu nem estava pensando, só me deixei guiar pela repentina atração que senti por ela e então já estava levando-a para o lugar onde havia sido o meu lugar favorito por algum tempo e ainda questionando-a sobre a sua vida.

Notei enquanto ela vinha em minha direção, mas seu olhar se desviou conforme se aproximou. Ela estava chateada e com razão, mas eu não poderia permitir deixar que uma garota qualquer invadisse minha barreira. O cara espertinho foi o suficiente para me trazer lembranças as quais eu lutava todos os dias para esquecer e não entraria naquele mundo de novo, nunca mais. Se eu precisasse ser um fodido com ela para manter distância, então eu seria.

O silêncio permaneceu durante o caminho, não era nem mesmo três da tarde, e eu não tinha muito o que fazer na oficina, ao menos nada que tivesse muita pressa, mas eu precisava fugir, as emoções aflorando e com ela a raiva viria junto. Não poderia explodir.

Nem mesmo o rádio eu me dei ao trabalho de ligar para amenizar o remanso. Em todos os casos, a situação era ótima para que eu colocasse meus pensamentos em ordem, até que Alexia começou a cantarolar sozinha.

Eu continuei o caminho, e sua voz baixinha me acalmou. Droga, ela estava fazendo ao contrário do que deveria. Eu deveria ficar com raiva, dizer a ela para ficar quieta e sair do meu carro, mas não, eu estava apreciando internamente sua versão de Thunder.

Quer merda ela queria dizer com aquilo?

Era loucura, eu estava enlouquecendo, não tinha explicação. Era apenas uma maldita música da minha banda favorita, o quão louco poderia ser?

Ou ela não percebeu meu desconforto, ou não se importava.

Dobrei a esquina e enfim fiquei aliviado, a casa de Enzo estava próxima. Estacionei rente a guia.

Não a encarei enquanto soltava o cinto.

— Está entregue.

Ela se remexeu, inclinando-se para frente. Não me movi, não podia. Mas fui surpreendido quando um pedaço de papel me atingiu o peito caindo sobre meu colo. Era dinheiro? Uma nota de vinte dólares.

— Eu não preciso da sua caridade, nem que você pague o meu maldito chocolate — disse antes de abrir a porta e fechá-la com força.

Fiquei tentado em descer e ir atrás dela, somente para empurrar aquele dinheiro contra seu jeans apertado, de preferência no bolso traseiro, mas ao contrário do que eu deveria ter feito, me peguei sorrindo. Alexia era uma garota de fibra, audaciosa e um pouco petulante. Não poderia julgá-la, ela me lembrava a mim mesmo.

Eu peguei sua nota e a enfiei no porta-luvas. Aquilo não seria gasto.

Aliviado por me ver longe, porém, irritado com a situação toda, cheguei à oficina. Jordan não fazia nada útil enfiado com a cara em seu telefone.

— Levante seu traseiro, tenho certeza que há dois carros para revisão — bradei, jogando minhas chaves sobre a mesa e buscando meu maço de cigarros, não me importei em ir lá para fora, não havia clientes ali. Acendi e traguei a fumaça, buscando o alivio do meu vício.

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