Atraídos

Capítulo 8

Oi gente, se alguém ainda ler rsrsrs

Vou ser sincera, eu desisti por completo do wattpad. Achei tão sem retorno com tantas cobranças e nenhum reconhecimento que me fez cabisbaixa. Mas recebi, de algumas leitoras, mensagens legais e positivas e que merecem ler o resto da história. 

Então, vou voltar a postar, sem nenhuma esperança, mas com a sensação de dever cumprido para essas pessoas lindas que realmente querem o final da história. 

Veja bem, não estou generalizando, talvez eu não tenha encarado ou agradado, mas é difícil saber quando se tem trocentas visualizações e nenhum comentário ou nenhum voto. Ficar no escuro é triste demais.

CAPÍTULO 8

ALEXIA

Só alguns minutos de ar, minhas pernas tremiam e meus pés queimavam. Duas semanas trabalhando no Burger e não era nada comparado ao movimento da lanchonete fedorenta no meu bairro. As pessoas realmente passavam um tempo no lugar. Não foi à toa que Peyton chegou morrendo dias atrás, ela havia enfrentado a loucura sozinha. Mas longe de mim reclamar, estava adorando. Mente ocupada, novas experiências e um salário legal, tirando as gorjetas.

Há três semanas, quando Peyton ofereceu em me indicar para o seu patrão, eu relutei, queria conquistar meu emprego por conta própria, mas ela insistiu que eu iria ajudá-la e que o mérito seria meu através do meu desempenho e isso quem iria avaliar seria Roger. Bem, eu cedi. Dado aos fatos e os argumentos de Enzo sobre emprego ser algo difícil na cidade em longo prazo, fui convencida e foi fácil convencer a Roger também.

O dia estava relativamente agradável, nada muito frio em comparação os dias passados. Até estava com meu uniforme de manga curta. Mas o vento soprava gelado, talvez eu estivesse começando a me acostumar.

Inalei com força o ar assim que pisei para fora do Burger e encostei-me à parede. Aqueles dias haviam sido de tamanho conhecimento, até mesmo com relação a Peyton. Na realidade, ela era bem engraçada e gentil. Uma garota inteligente e de bom coração, o que só ressaltou minha empatia por ela e claro, por ela cuidar tão bem de Enzo.

Roger era um senhor na faixa dos quarenta anos, mas de longe aparentava àquela idade, mais parecia como um ator de Hollywood. Sua esposa, Ruby, era igualmente bonita e simpática, porém, reservada. Havia lhe conhecido há um dia, quando ela foi buscar o marido. Também havia as cozinheiras, Louise e Sophie. Mulheres maravilhosas, mas de pouca conversa. Muito profissionais, me acolheram com enorme satisfação.

Impressionante como em poucos dias eu sentia que minha vida finalmente havia dado uma guinada, do que em anos não tivera sequer esperança. Seria hipócrita demais se não dissesse que não pensei em Marie e em sua situação. Nossa vida poderia ser mais fácil se ela entendesse sua condição e buscasse mudança. Mas a quem eu queria enganar? Ela me desprezava e eu sequer sabia o motivo. Tudo que estava ao meu alcance eu fiz por ela, aguentei por ela, mas não fui capaz de granjear seu coração.

— Vejo que cedeu a sugestão, no fim de tudo. — Ouvi aquela voz grave, despertando-me de minha reflexão.

Ali estava uma questão que eu não havia trabalhado. Blake. O homem enigmático e frustrante, que despertara um desejo absurdo e libidinoso em mim. Não havia pensado nele em um par de horas, porque durante os dias a tentação de ter apenas um vislumbre de seu olhar foi grande, mas eu mantive meu controle. Estava tudo caminhando para o desejado, não iria ferrar o principal cometendo erros por ser impulsiva, até mesmo porque ele não era o tipo certo para um relacionamento duradouro e eu estava farta de ser apenas a transa de alguém. Se fosse para arrumar um cara a fim de um relacionamento, no mínimo, que fosse como o de Enzo e Peyton. Não era inveja, ao contrário, era admiração. Queria alguém que me amasse por inteira, sem reservas. Mas não estava procurando por nada daquilo.