Embate

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A única coisa que conseguia enxergar, era a destruição causada pelo fogo.

Não existia mais câmara. Tudo era escombros espalhados por todo o local.

— Lisa! O fogo!

Antes que eu termine, a garota ergue seu bastão sugando todo o fogo ao redor para si, formando um enorme círculo a sua volta. Continua até que em maioria, as chamas se dissipassem.

Vejo um corpo ao chão.

— Irikson! — Elffen exclama.

Corremos em direção ao guarda.

Havia uma ferida em seu abdômen. Elffen coloca sua cabeça sobre as pernas, e no movimento, sangue escoa pela boca do rapaz.

— Lisa, fique e cure Irikson. — Ela me encara e concorda sem pestanejar.

— Irikson, para onde ele foi? — Não precisava adivinhar, para saber que um deles veio pessoalmente.

O ferido aponta em direção à uma rua.

— É a rua que dará no castelo.

— Elffen e Lake, venham comigo. Drog e Lisa, assim que Irikson estiver fora de perigo, nos encontre. — Os dois concordam.

Volto à correr, agora procurando a visão do castelo.

As ruas adquiriram um clima frio e obscuro. Não havia presença das pessoas, pois as mesmas deviam estar no Ma Malelyen. Espero que Derek tenha conseguido livrá-las daquela coisa.

Uma enorme explosão no castelo a frente, faz o ar ficar tenso.

Uma atrás da outra, as explosões vão destruindo cada parte do edifício.

— O que estão fazendo? — Lake pergunta.

Entendo o seu questionamento. O lógico seria o inimigo ter ido embora depois de adquirir o fragmento com sucesso, mas se ele estava destruindo o castelo sem nenhum motivo, só podia ser uma coisa.

— É um convite. — Lake fica mais confuso ainda. — Eles sabem que estou aqui. — Falo mais para Elffen do que para o lobo. — Estão me provocando.

Começo a correr em direção às explosões.

— Se eles estão te convidando para uma luta, não acha que devemos recuar? — Lake fala. — Pelo estrago que fizeram, sinceramente não sei se podemos enfrentá-los sozinhos.

— Mas também não podemos permitir que fujam com o fragmento.

Falo irritado com ele.

Corremos.

Passamos pelas vias desviando dos destroços que as explosões lançavam.

Quando finalmente estávamos no interior devastado do castelo. Segui mais o meu extinto do que minha razão.

Corri de corredor em corredor, não sabia para onde minha intuição me levaria, mas assim que o avistei no salão real, agradeci interiormente pela certeza que meu subconsciente tinha.

Me movimentei mais rápido, posicionando minhas adagas corretamente.

Desfiro o ataque sobre o corpo, que até então estava de costas para mim, porém a lâmina ultrapassa seu corpo que se desfaz em uma fumaça.

Uma risada super maligna ecoa no salão.

— Então você é o pirralho humano que derrotou Lúcio. Meu irmão deveria ser punido por ter falhado em matar você.

Procuro freneticamente por ele, mas somente sua voz estava presente no local.

Noto a mesma fumaça se concentrar no alto do trono. Logo, estava ele ali, flutuando.

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