Consequências De Um Primeiro Amor

Sexta à noite

Verônica narrando...

Helen: Quem Verônica?
Verônica: A Jessy.
Helen: Minha nossa!
Verônica: Ela está...
Vó: Está?
Verônica: Ela perdeu o movimento das pernas. É o que parece.
Helen: Meu Deus! Ela amava dançar.
Helen começa a chorar.
Vó: O importante é que ela está viva! Mas e a outra garota?
Certíssima vovó!
Verônica: Nada sobre ela ainda.
Helen: O que está acontecendo nesta cidade?!
Ninguém sabe.

No dia seguinte...
Estou sentada nas escadas da frente da minha casa, esperando... esperando a Hannah. Ela ficou de passar aqui. Falando nela...

Assim que entro no carro, ela alegremente me deseja bom dia.
Verônica: Bom diaaa!
Hannah: Caramba, o que foi tudo sobre a Jessy?
Babado forte né amiga?!
Verônica: Será que ela volta para a escola?
Hannah: Acho que não tão cedo.
Verônica: Que horror.
Hannah: Você nem gostava dela.
Verônica: Eu sei, mas igual.
Apesar de tudo, nada me faz gostar dela.
Hannah: Daí gata! Como está com o Marcos?
Verônica: Não estou.
Hannah: Como assim?
Verônica: Discutimos ontem.
Hannah: Ah, relaxa! Isso é normal.
Verônica: Ele acha que tive algo haver com o desaparecimento da Jessy.
Hannah: Tá bom Verônica, é sério?
Verônica: Sim, sem brincadeiras. Então seja lá o que tínhamos, acabou.
Hannah: Não deu uma semana de "sei lá o que era", corrigindo, "sei lá o que tínhamos". Sinto muito.
Também sinto muito.
Verônica: Não gostava dele dessa forma, só aconteceu e agora só acabou.
Ficamos em silêncio até chegarmos ao nosso destino.
Hannah: Chegamos!!!
Enquanto estávamos indo para dentro da escola, somos interrompidas.
Scott: Verônica, podemos conversar?
Hannah me olha com malícia. Ela se aproxima e sussurra.
Hannah: Você não perde uma hein! Boa aula! Amo você.
Assim que ela sai, eu e Scott nos sentamos em um dos bancos.
Scott: Como você está? Depois de tudo aquilo que houve ontem...
Verônica: Bem.
Bem brava, bem triste, bem chateada, bem TUDO.
Scott: Foi para casa depois?
Verônica: Não, fui no bar, bebi um pouco e fiz um lanche com um cara aí.
"Fui no bar" KKKKKKKKKK ainda não creio nisso.
Scott: Cara? Quem? Que cara?
Ué...
Verônica: O Peter. Sabe? O loiro, alto...
Scott: Verônica, mantenha distância desse cara. Ele é problema.
Problemas, sempre me perseguem.
Verônica: O Peter nem mora aqui à muito tempo. Como você saberia?
Reviro os olhos.
Scott: Tenho um pressentimento ruim, ele não é uma boa influência.
Verônica: Agora tenho que confiar nos seus pressentimentos?! Você me acha diferente, "especial", você tem problemas sérios.
Como tem! Namora a Jessy!
Scott: Verônica, presta atenção, ele é problema.
Verônica: Fui convidada para a festa dele no sábado...
Sorrio com malícia estampada em meu rosto.
Scott: Você não deve ir, Verônica é sério.
Verônica: Caramba, o que pode acontecer? Só vou beber um pouco, dançar...
Scott: Verônica!
Ele insiste para que eu não vá.
Verônica: Scott, tenho que ir, obrigada pela preocupação, mas não é necessário. Até.
Porque eu não iria?! É claro que eu vou. O que pode acontecer de ruim? Fala sério!

Depois da aula...

Hannah: Nada como começar as aulas e já ter uma viagem para ir!
Verônica: Lá vamos nós! Minha vó precisa deixar eu ir! Vai ser muito divertido!
Hannah: Bom, precisamos muito ir. Temos que arrumar tudo, autorizações... Você sabe.
Verônica: Vou comentar com minha vó hoje. E você?
Hannah: Vou falar para os meus pais hoje também.
Hannah: Sexta vamos fazer uma reuniãozinha.
Hummm!
Hannah: Sabe né, uma fogueira no meio da floresta, vão tocar umas músicas legais, assar marshmallow... Vamos?
Reflito.
Hannah: Vamos!!! Por favor!
Verônica: O Marcos vai. Não estou muito afim.
Hannah: Dane-se o Marcos. Você vai! E ainda vai beijar alguém de lá! Confia.
Beijar alguém de lá, até parece.
Verônica: Tudo bem! Eu vou.
Hoje vou almoçar na casa da Hannah, a princípio está tudo certo.
Hannah: Minha mãe ligou! Vou ter que cancelar o almoço, desculpe Verônica.
Verônica: Tudo bem?
Hannah: Minha mãe pediu para eu ajudar ela no restaurante. Parece que o movimento está grande e uma das garçonetes não foi.
Verônica: Quer que eu vá também?
Hannah: Obrigada Verônica, mas não precisa!
Verônica: Quando precisar! Estou aqui!
Hannah: Ok, obrigada de novo!
Assim que Hannah sai,  pego meu celular por um momento.
Marcos: Verônica!
Essa não!
Marcos: Sinto muito, por tudo mesmo.
Babaca.
Marcos: Fiquei nervoso. Verônica, me perdoa por favor!
Ele realmente acha que  vou desculpá-lo sem mais nem menos?!
Marcos: Por favor Verônica.
Sem nem olhar para ele,  saio dali.
Marcos: Verônica, nunca vire as costas para mim!
Ele segura meu braço com força.
Verônica: Me solta.
Marcos aperta com mais força.
Verônica: Agora Marcos.
Ele não me ouve, para me defender eu tento soltar meu braço, ele insiste, então com toda a minha raiva  dou um belo de um soco em sua cara.
Verônica: Seu idiota.
Com dor ele senta no chão, aproveito a oportunidade e chuto ele com muita força.
Verônica: Aprenda a respeitar uma mulher.
Com muita raiva, começo a socar e bater nele descontroladamente, até que foram me impedir.
Verônica: Eu avisei, idiota.
Um cara qualquer me puxa para longe de Marcos. Assim que possível,  saio dali. No caminho para casa eu penso sobre meu ato. Não foi atoa que meu pai me ensinou a me defender. Gostei muito dessa experiência, faria tudo de novo.
Scott: Ei, Verônica.
Verônica: Sim?
Scott: Jessy quer falar com você.
Verônica: Comigo?
Scott: Sim. Na sexta, vai ter um jantar na casa dela, ela pediu para que você fosse.
Verônica: Pera aí, a garota que me odeia, e certamente acha que eu sou responsável pelo acidente dela, me convidou para jantar, porque ela quer conversar comigo? Scott, é sério, não força a barra.
Scott: Estou falando sério.
Verônica: Então, que tal adiar?
Ele olha em direção às minhas mãos, que por motivos óbvios estão horríveis e machucadas.
Scott: Porque não pode na sexta?
E ele permanece olhando para as minhas mãos.
Verônica: Porque eu vou na "reunião" de amigos, aquela ao redor da fogueira...
Scott: Ah, me chamaram para ir. Então você vai?
Verônica: Hannah me convenceu.
Scott: Que tal, sábado?
Verônica: Vou na festa do Peter!
Scott: Verônica, eu já disse pra você. Não confia nele. Ele não é quem você pensa.
Verônica: E o que eu penso?!
O silêncio toma conta do ambiente por momento.
Scott: O que foi isso?
Ele fala apontando para as minhas mãos.
Verônica: Dei uma surra no Marcos.
Falo com orgulho.
Scott: Foi você? Achei que tinha sido um dos rapazes.
Verônica: Estou bem encrencada e pra falar a verdade, satisfeita.
*Sorrio*
Scott: Isso pareceu um pouco psicopata, essa sua cara...
De repente, um carro se aproxima de mim e de Scott, na rua. Ao abaixar os vidros...
Lidya: Scott, vamos!
Lydia é a mãe do Scott.
Scott: Ok mãe.
Verônica: Olá senhora.
Lydia: Você não me é estranha...
Scott: É a Verônica. A filha do Conrad e da Victória.
Lydia: Ah claro! Sinto muito pelo que aconteceu com seus pais!
Verônica: Obrigada.
Scott entra no carro e eu continuo meu caminho.
Scott: Quer uma carona?
Verônica: Obrigada, mas eu tô de boa.