v e r d a d e

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"Porque eu te amo
E não consigo me ver
sem ser o teu amor por anos
Não é acaso, é só amor"

- Anavítoria (música "Porque eu te amo.")

***

Ele continua parado com um sorriso de canto nos lábios e estende a mão para mim

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Ele continua parado com um sorriso de canto nos lábios e estende a mão para mim. Encaro seu rosto e fico surpreso por nada ter mudado em sua aparência, era como se ele tivesse parado no tempo a partir do instante que me deixou. Os mesmos olhos azuis intensos ainda estão lá, e agora fixados em mim. Sua pele continua lisa e com pequenas sardas próxima ao nariz. Seus lábios pareciam mais rosados, mas era ele. Meu pesadelo em forma de gente. O Bruno.

Decido não apertar sua mão e ele recua um pouco. É nítido o quanto estou chocado e irritado e... e... Tudo. Não me sentia preparado pra esse encontro, não assim.

- O-O quê faz aqui? - pergunto com dúvidas se quero uma resposta. Eu devia só sair dali, mas não consigo me mover.

- Eu tava passando por aqui, comprando umas coisas, aí vi você. - ele põe nas mãos no bolso e parece tímido. Ele ainda tinha esse dom. - Você parece bem desde a última...

- Vez que nos encontramos? - falo rispidamente. - Sim, sim. Estou ótimo.

- Ainda não superou?

- Você?

Ele assente.

- Quer saber de verdade? - pergunto

- Sim.

- Eu achava que não iria. Mas superei.

Os olhos de Bruno parece decepcionado com minha resposta e me satisfaço com isso. Mas ainda sim, olhá-lo me machuca. Tudo parece voltar na minha cabeça e o que aconteceu em anos parece que ocorreu ontem. Tudo tá nítido, vivido, porém manchado pela sentimento da decepção e raiva que pairou sobre nossa história.

- Que bom. - ele desvia o olhar de mim e depois me encara. - Você quer comer alguma coisa?

- Eu tô bem. Obrigado.

- Na verdade, eu queria falar com você num lugar menos movimentado.

Respiro fundo e rezo a Deus por uma ajuda.

- Okay. Tem um restaurante aqui perto, podemos conversar lá.

Não espero ele responder e começo a caminhada de um quarteirão até o restaurante que Caio havia informado na mensagem. Ele demoraria um pouco para chegar, o que me daria tempo pra ouvir tudo que Bruno tem a dizer.

Nos sentamos próximo a vitrine e o garçom vem nos atender.

- O quê vão querer?

- Uma água sem gás, por favor. - digo rápido sem olhar o cardápio.

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⏰ Última atualização: Jan 10, 2019 ⏰

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