v o c ê

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O problema é que os seres humanos têm o dom de escolher exatamente aquilo que é pior para eles.

-J.K Rowling

 (uma dica: leia ouvindo a música mais triste e romântica da sua playlist)

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(uma dica: leia ouvindo a música mais triste e romântica da sua playlist)

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Bem, depois daquele fatídico dia de amor e sofrimento eu decidi manter distância de você, falávamos na escola e só. Não queria você indo na minha casa, pois eu tinha sentido na pele que eu não conseguiria me segurar, as paredes que criei estavam sendo rompidas.

Então os meses seguintes se arrastaram e sentia tremenda falta de ti e você parecia retribuir tal saudade, já que perguntava sobre mim para meus pais com uma frequência impressionante.

Nesses dias afastados eu tentara manter em minha mente o laço de amizade que criamos, em como ele é puro e verdadeiro, forçando-me a crer que as minhas ideias de nos tornamos algo a "mais" tinham que ser extintas.

Eu queria apenas manter esse laço até os últimos dias da minha vida.

Porém, algo trágico aconteceu no meio do nosso caos.

Na primeira semana de abril, fomos bombardeados por uma terrível notícia. Seu pai faleceu de ataque cardíaco fulminante e eu sabia que você tinha uma grande relação com ele. Por isso, quando soube do acontecido o primeiro pensamento em minha cabeça foi de correr até sua casa e te ajudar, como um bom amigo faria. Mas eu não agia como amigo, eu tinha medo. Eu não me tornava confiável perto de ti. Não poderia arriscar.

Uma pena as turbulência desse avião que é minha vida não terem parado por aí.

O segundo iniciou na manhã de sexta, um dia depois da morte do seu pai, com uma conversa entre mim e Melissa na hora do intervalo, ela parecia com raiva de mim sem motivo.

Nesse dia você não foi pra escola e eu sabia o por quê e Melissa também. E bem, naquela tarde, falamos de você e não de uma maneira boa.

- Não quero você perto dele. - disse Melissa sem tocar na comida e me encarando.

- Como assim? Perto de quem? Bruno?

Ela assentiu.

- Melissa, somos só amigos, nada mais que isso.

- Mas... Você sabe. - ela estava tentando parecer simpática, mas não adiantava. - Ele anda falando de você com frequência, estou estranhando.

Nem tive tempo de ficar feliz com essa notícia, estava com raiva.

- Só porque eu sou gay, não quer dizer que vou atacar seu namorado! - sussurrei.

Eu estou perdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora