June Andrew é filha do segundo homem mais rico da costa Leste dos Estados Unidos. Por isso, está sempre cercada de seguranças, o que deixa sua liberdade limitada. Em seu aniversário de dezessete anos, a garota vê uma oportunidade de ser livre e come...
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Olá, pessoal! Todos bem? O será que vai vir?
Espero que gostem!
Beijão EJ!
1.Cruzeiro
Meu pai está me levando ao porto. É um dos poucos momentos em que posso apenas estar com ele no carro. Geralmente há motoristas com a gente, mas não hoje. Minha mãe está com o motorista e segurança dela. Eles saíram mais cedo para deixar tudo pronto, no entanto pedi expressamente que fôssemos apenas eu e ele durante esses poucos quilômetros. Está vinte e cinco graus, em um dia de verão. Eu uso minhas roupas favoritas: uma saia jeans azul com dois bolsos traseiros e minha blusa branca de alça, nela está escrito "BOA VIAGEM" com brilhos que cintilam ao sol. Ele está de paletó e gravata, o conjunto completo. Ainda não acredito que deixou a empresa ao meio do dia apenas para atender a um pedido meu. Não, acredito sim, meu pai sempre faz o que eu quero.
Enquanto olho a paisagem pela janela a caminho do porto, admiro a minha cidade: Boston. Estou indo fazer uma viagem que irá durar duas semanas pelas ilhas do oceano atlântico. Minha mãe já está no porto porque ela queria se certificar de que eu estaria bem viajando sozinha. Ela não queria que eu viajasse só, mas havia prometido como parte do meu presente de aniversário de dezessete anos — dia dois de junho.
Assim como eu, minha família está feliz com minha viagem, porém meu pai se sente angustiado. Foi incrivelmente difícil o convencer a me deixar ir sem meus seguranças. Embora ele sempre concorde comigo quando pisco meus olhos para ele, dessa vez foi mais complicado. Ele sempre preza pela nossa segurança acima de tudo e o fato dele ser o segundo homem mais rico da costa leste não ajuda muito no quesito segurança. Quero dizer, o dinheiro compra os melhores guarda-costas e o melhor sistema de segurança, mas há muitas pessoas nos ameaçando o tempo todo por causa dele.
Ele para em uma vaga ao lado do carro da mamãe.
Ela nos espera em uma loja de café, ao lado do porto. Bruno Lake, seu motorista e segurança, está sentado em outra mesa, observando a movimentação no ambiente lotado de pessoas.
— Joseph? — Pergunta minha mãe, como se outra pessoa além dele e do Bruno ousassem usar um terno nesse calor.
— Cassandra! — Responde meu pai.
— Oi, mãe. — Murmuro acenando para ela. Ela está sentada na cadeira embaixo da sombra com o cardápio na mão. Ela está linda e veste uma calça jeans e uma blusa azul de manga.
Nós sentamos à mesa junto a ela.
— Mãe... — Chamo. — A senhora está bem? — Pergunto quando percebo que ela está de cabeça baixa.
— Sim, sim... — Ela hesita e depois continua. — Filha, tem certeza de que você pode viajar sozinha? Eu tenho medo de você só no meio do oceano... imagina o que pode acontecer!
