Olá, pessoal!
E esse é o último capitulo da amostra. Aproveitem!
Beijão EJ!
9. Vozes
Exijo muita da minha força de vontade para continuar andando para o norte, mas quando chego aos "pés" da montanha, uma centelha de esperança se acende em meu coração. Só preciso andar mais um pouco. Um pé na frente do outro. Não é uma montanha completamente reta, é inclinada, ou seja, não é tão difícil assim de subir e não vou precisar escalar rochas com as mãos nuas.
Só mais alguns passos!
A subida é devagar e eu tropeço algumas vezes, mas me equilibro para não cair e correr o risco de rolar montanha abaixo. Ela é mais alta do que que parece lá de baixo. Levo mais ou menos umas duas horas para subir tudo e quando chego, tudo que encontro é o cone de um vulcão inativo. Ele não parece que vai entrar em erupção, mas o que eu sei sobre isso? Posso estar condenada aqui nessa ilha e não saberia até começar os terremotos e a lava escorrer montanha abaixo.
Não há nenhuma cabana à vista, ou torre de comunicação. Nem mesmo um fio em algum lugar, e daqui de cima percebo que o outro lado da ilha é basicamente o mesmo desse lado. Ela não é tão grande se comparada a algumas outras ilhas e a vista aqui só mostra que não há outra montanha adjacente ou algo assim, apenas uma vegetação bem rasteira e de médio porte que cresce em desordem, mas não demasiadamente por todo cume. Não há árvores grandes aqui. Daqui posso ver uma clareira com grama um pouco mais ao sul. Parece um bom lugar, mas não consigo ver muito mais por causa das árvores grandes que a cercam.
Tiro o meu celular da bolsa e com a última fagulha de esperança vejo se possui sinal aqui. Não subiu uma única barra. A raiva que passa pelo meu corpo agora só não é maior do que o próprio medo que eu sinto. Não posso mais andar pela ilha procurando alguém, procurando qualquer sinal de civilização, porque fiz a idiotice de subir em uma rocha no meio da praia e machucar ainda mais os meus pés. Agora mesmo sinto como se tivessem milhões de facas enfiadas nas minhas solas, tentando a todo custo se mexerem para causar mais e mais estrago.
Como sou burra!
Sento em uma pedra e penso no que fazer. Já está quase escurecendo e os meus pés precisam de um descanso. Não posso passar a noite aqui, nem mesmo conseguiria voltar ao abrigo a tempo. Preciso descer a montanha o mais rápido possível, mas isso no meu caso é complicado, já que estou andando como uma senhora de oitenta e sete anos com artrite. Suspiro e passo a mão pelo cabelo. O que eu faço?
O que eu faço?
Não posso permitir que a minha subida até aqui tenha sido apenas mais uma das minhas burrices. Eu estava tão perto do abrigo a algumas horas.
Eu realmente pensei que teria algo aqui. Seria o lugar ideal para se construir algo grande que pudesse ser visto ao longe.
Espera. É isso! Aqui é o ponto mais alto da ilha! Se eu fizer algo que indique que eu estou aqui e preciso de ajuda, poderá ser visto de longe e do céu, mas o que...? Algo alto seria visto do mar, mas não do céu, certo? Uma fogueira seria o ideal, mas não posso correr até aqui para acender caso veja algum navio ou avião. Aqui é o ponto perfeito, mas não sei o que fazer para chamar atenção. Talvez eu apenas faça algo grande o bastante para ser visto de longe e na areia tente escrever S.O.S com pedras ou algo assim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Escolhida
FantasyJune Andrew é filha do segundo homem mais rico da costa Leste dos Estados Unidos. Por isso, está sempre cercada de seguranças, o que deixa sua liberdade limitada. Em seu aniversário de dezessete anos, a garota vê uma oportunidade de ser livre e come...