7. Sobrevivendo

200 37 315
                                    

Olá, pessoal! Muita coisa ainda está por vir

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olá, pessoal! Muita coisa ainda está por vir.

Espero que gostem!

Beijão EJ!

7. Sobrevivendo

Cavo um buraco na areia e o forro com pequenas pedras. Coloco alguns gravetos e algumas folhas secas dentro e vasculho o chão de areia atrás de duas pedras. Depois de uns dez minutos esfregando uma na outra, consigo faísca delas. Fogo. Nunca consegui fazer isso nos acampamentos. O desespero faz milagres.

Pronto, o fogo está acesso. Só preciso pegar mais gravetos e um peixe... como se eu fosse conseguir pegar um peixe! Mas estou faminta, cansada e machucada demais para pensar direito. Na verdade, nem sei bem o que estou fazendo. Volto à floresta e logo acho mais galhos secos espalhados pelo chão. No meio das árvores encontro algumas bananeiras. Largo os galhos, arranco cinco folhas e algumas bananas. É mais difícil do que eu imaginava.

Volto ao "abrigo", coloco as folhas na "cama" junto com as bananas e vou buscar os galhos. A minha cama é basicamente um monte de pedras forradas com bambus em cima, amarrados agora com as folhas de bananeira. Vi isso em um programa de TV, nunca pensei que realmente funcionaria. Fiz também uma cobertura com folas de coqueiros que encontrei pelo chão, vai me proteger do sol e da chuva. E esse é meu suposto abrigo.

Como duas bananas antes de entrar na água. Estou faminta.

Pensei que fosse precisar de uma vara ou algo assim para pegar um peixe, de horas e de um milagre, mas apenas o pego com a mão. Os peixes não fogem de mim. Eles se aproximam, cautelosamente no começo, mas consigo pegar um em um único mergulho. Pego o primeiro que consigo. Ele não para de se mexer até que não consegue mais — eu ainda não havia saído da água quando ele morreu. Nunca fiz isso antes, matar um peixe. Os escoteiros nunca nos obrigaram a ficar com o peixe depois de pescado. Alguns ficavam e nós o comíamos, mas eu nunca. Sempre os devolvia ao rio.

Já comi vários, mas é diferente quando se vê a vida sair de um animal. Não me sinto bem com isso, mas estou faminta e apenas bananas não iriam fazer isso passar.

Esse momento me lembra de quando estive em uma piscina natural, em um mergulho no fundo do mar, embora nesses mergulhos os peixes normalmente fugissem de mim. Estranho.

Embrulho o peixe em duas folhas de bananeira depois de tirar a cabeça e limpá-lo por dentro com a minha faca. Não sei se fiz certo, mas também não parecia certo comer ele com os órgãos lá dentro. Quando me serviam peixe ele vinha aberto. Coloco em uma pedra que está ao lado do fogo.

— Acho que já está bom. — Digo depois de alguns minutos. Pego uma folha grande, tiro o peixe da pedra e o coloco em cima da "cama". Pego minha bolsa, tiro tudo de lá e coloco o cantil em volta do meu pescoço.

A caminhada não é longa. Volto à gruta e tento ver se posso confiar na água. Acho melhor pegar a água de fora da gruta, afinal pode ter morcegos. Vou subindo o rio, por fora da gruta.

EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora