8. Procura

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Olá, pessoal! Estamos quase no final da amostra

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Olá, pessoal! Estamos quase no final da amostra.

Espero que gostem!

Beijão EJ!

8. Procura

O sol na manhã do meu terceiro dia perdida — deduzi que seja meu terceiro dia, já que passei um dia inteiro desacordada na gruta — aquece-me como o fogo da noite passada, por isso acordo suando. O clima na ilha é bem quente durante o dia.

Não quero tomar banho de mar e, já que preciso pegar água, o rio é uma ótima opção. Pego minha toalha e o cantil.

Levanto devagar por causa da dor em meus pés. Uma noite apenas de descanso não foi suficiente para diminuir o inchaço ou melhorar a cor.

Volto à gruta e subo pelas margens do rio, daqui é fácil chegar à cachoeira. Tiro a roupa, fico de biquíni e entro na água quando chego.

Os peixes parecem não notar a minha presença. Nadam em volta de mim como se eu não estivesse aqui, como se eu estivesse invisível. Não... como se eu fosse um deles. Existe algo muito estranho nessa ilha. Mesmo que os peixes nunca tivessem visto um ser humano, nenhum animal se aproxima de outra espécie demonstrando tanta indiferença assim. Deveria ser exatamente o contrário, eles já estão acostumados às pessoas de tal modo que não sentem mais medo. Com toda certeza tem alguém aqui.

Passo uma hora, mais ou menos, nadando, tentando relaxar meu corpo machucado e minha mente instável. Está calmo e é incrivelmente relaxante. Fico tanto tempo com os peixes que acabo desistindo de pegar um dessa parte do rio. Encho o cantil e me enrolo em minha toalha. Pego sua correia e passo pela minha cabeça, descansando-a em meu pescoço, depois apanho o short e a blusa e dobro-os no meu braço.

Meus machucados estão ardendo um pouco, mas a dor é suportável.

Pego mais algumas folhas de bananeira e encontro algumas mangas do outro lado do rio enquanto volto. Há também alguns coqueiros pequenos, de onde eu pego dois cocos.

Já estou cheia de coisa e volto à praia.

Coloco tudo em cima da minha cama improvisada. Torço para que os peixes continuem a me ignorar e entro no mar. É bem mais fácil pegar peixes com as mãos, porém se eles fugirem vai ficar um pouco difícil.

A água não está nem fria e nem quente e os peixes também facilitam muito.

Coloco o peixe para cozinhar e ponho o short, a toalha e a blusa em cima do teto improvisado. Pego minha bolsa e guardo todo o resto de minhas coisas. Por fim, deixo o cantil perto da fogueira para ferver um pouco a água.

O peixe está pronto. Como em silêncio, tomando cuidado com as espinhas. O peixe me deixa sedenta, mas não quero pegar água do cantil ainda. Vou precisar do máximo de água possível, já que eu não sei quanto tempo ficarei fora do abrigo, ou se vou encontrar outra fonte de água na ilha, encontrar um rio já foi muita sorte, então pego um coco. Entretanto, como iria abri-lo? A faca que tenho não é afiada o bastante. Procuro uma pedra entre as várias no que parece ser um muro dividindo a floresta e a praia, que seja afiada o bastante para furar o coco. Acho uma perto da cama.

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