Halloween

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   Na manhã de Halloween, os alunos estavam empolgados com a chegada do feriado. Era possível sentir o delicioso cheiro de abóboras no salão, apesar de a grande comemoração ser durante a noite, os alunos já recebiam cartas de seus parentes e responsáveis, comemorando e mandando presentes de Halloween. A aula de Feitiços havia apenas começado, Wingadium Leviosa, um feitiço simples que exigia precisão, girar e sacudir, que a maioria dos alunos estavam tendo dificuldades, após algumas discussões com o Weasley, Hermione Granger conseguiu se destacar executando perfeitamente o feitiço para levitar. Amélia executou o feitiço após algumas falhas tentativas, e se divertia vendo os alunos tentarem, ao menos até Finnigan explodir sua pena e interromper a aula. 

    O almoço se aproximava, a cada hora que passava os alunos ansiavam mais a noite de Halloween. Amélia saiu em busca de Cedrico, um rapaz mais velho com quem havia feito amizade durante seu pouco tempo em Hogwarts, um rapaz de cabelos claros e olhos cinzas, extremamente belo e educado. Diggory esperava Amélia nos campos alaranjados do castelo, trajando seu uniforme da Lufa-lufa e uma capa contra o frio.

"Bom dia! Ansiosa para o Halloween?"  Cedrico perguntou animado.

"Parece que o castelo inteiro está em festa, mas não é uma data que me agrada muito" respondeu cabisbaixa.

"Posso perguntar o porquê?" Cedrico mudou de pergunta após um aceno negativo da mais nova "Como vai sua amiga, parecia animada em encontrá-la no corredor outro dia"

"Bem, suponho. Não conversamos muito, algo está acontecendo com ela, mas não perguntei o que".

    Os amigos continuaram conversando, sobre os pés da árvore de sabugueiro e apreciando os ventos de outono, até o horário do almoço chegar, Cedrico acompanhou Lia até sua mesa e se retirou para comer com seus amigos lufanos. Pensando estar almoçando sozinha, a garota fora surpreendida por cabeleiras ruivas, Fred e George se juntaram a ela, a cumprimentando e se sentando, respectivamente, em sua direita e esquerda.

"Como vai, nossa querida Lia?"

"Suponho que bem George, ela estava conversando com aquele Lufano, o Diggory".

"É mesmo Fred, ela parecia bem animadinha"

"Não sejam bobos, Cedrico é meu amigo, nos conhecemos no vagão"

"Se são tão amigos devem conversar bastante" afirmou George "Talvez sobre quadribol, certo Fred?"

"Se estão procurando pelas táticas da Lufa-lufa, podem esquecer, Cedrico não me disse uma palavra sobre seu jogo idiota" respondeu a menina.

   Após as caras ofendidas de Fred e George, Amélia teve que escuta-los explicando seus motivos para amar Quadribol e o porquê de ser um esporte tão espetacular, desde as especificações de cada vassoura, até os melhores times da liga e seus jogadores. Ao final daquele almoço, Amélia já sabia até quais eram as melhores táticas para um ataque surpresa contra a Sonserina, sabia inclusive que a Grifinória não estava em seu momento de glória, e por isso os gêmeos estavam desesperados. Não queriam terminar sua estadia em Hogwarts sem ganhar uma taça, e graças ao seu comportamento, não acreditavam que ganhariam a taça das casas aquele ano.

    Mas a maior surpresa daquele almoço foi a quantidade de corujas carregando um grande pacote na mesa da Grifinória. Mais especificamente, na frente de Harry Potter. A atenção de todos fora atraída e logo após, uma outra coruja deixara cair uma outra carta. Potter e Weasley saíram apressados do salão e seus movimentos foram seguidos por todos até passarem pelas portas e chegar no saguão. Na mesa da Sonserina, Elizabeth observou Draco, Crabbe e Goyle se levantarem e seguir os meninos que acabaram de sair do salão. Apenas revirou os olhos e voltou a comer calmamente os bacons de seu prato.

    Após o término do almoço, Eliza saiu do salão e resolveu ficar em sua sala comunal treinando alguns feitiços novos. Estava tão concentrada lendo sobre um feitiço, que não percebeu quando Draco entrou raivoso na sala e se jogou em uma poltrona a sua frente.

"O que foi dessa vez, Draco?" perguntou curiosa.

"Potter ganhou uma vassoura! Uma vassoura, Elizabeth. Alunos do primeiro ano não podem ter sua própria vassoura!"

"E você está surpreso? Ainda não percebeu que só ele tem privilégios? Vamos lá, ele é o menino que sobreviveu." deixou seu livro de lado e levantou-se do pequeno sofá em que estava. "Agora, levante-se e pegue sua varinha. Quero testar uma coisa".

"É sério isso?" quando viu o olhar que Eliza lhe deu, rapidamente se levantou do sofá com sua varinha em punho.

"Muito bem, eu consigo." concentrou-se, olhou para Malfoy e pronunciou o feitiço. "Expelliarmus"

   De repente, a varinha de Draco voou pelos ares do escuro salão comunal da Sonserina, a garota conseguiu pega-la ainda no ar. Satisfação estava estampada em seu rosto ao ver que conseguira realizar o feitiço de desarmar.

"E aí, o que achou?"

"Impressionante. Onde aprendeu esse feitiço?"

"Estive lendo nesse livro, mas foi meu pai que me apresentou a ele".

    Rosier conseguiu distrair Draco de sua frustração, até a hora do jantar.

   O Salão fora decorado com os morcegos vivos de sempre, as enormes abóboras  de Hagrid tinham sido recortadas para fazer lanternas tão grandes que cabiam três homens dentro, e havia boatos de que contratara uma trupe de esqueletos dançarinos para divertir o pessoal. A comida apareceu de repente nos belos pratos de ouro, como acontecera no banquete de abertura das aulas.

   Os alunos comiam e conversavam tranquilamente quando o Prof. Quirrell entrou correndo no salão, o terror estampado em seu rosto. Todos pararam e observaram quando ele se aproximou de Dumbledore e ofegou:

"Trasgo... nas masmorras... achei que devia lhe dizer"

   Em seguida, caiu desmaiado no chão.

   Houve um alvoroço. Dumbledore precisou soltar varinhas bombinhas da ponta de sua varinha para chamar a atenção de todos.

"Monitores" disse com sua voz grave e altissonante. "levem os alunos de suas casas até suas salas comunais, imediatamente!

  Dito isso, os monitores começaram a direcionar os alunos de volta para seus dormitórios. Muitos estavam com pressa e alguns alunos do primeiro ano estavam apavorados com a situação. Era com Percy mesmo.

"Me acompanhem! Fiquem juntos, alunos do primeiro ano! Não precisam ter medo do trasgo se seguirem as minhas ordens! Agora fiquem bem atrás de mim. Abram caminho para os alunos do primeiro ano passarem! Com licença, sou o monitor!"

   Amélia então se recordou de um fato importante, se o trasgo estava nas masmorras, Eliza corria perigo, sem que ninguém a notasse, Lia seguiu em direção as masmorras, procurando por sua nova amiga, tinha passado por ao menos três corredores quando sentiu mãos a puxando para de trás de uma coluna.

"O que está fazendo aqui Fawley?" Era Eliza, falava cochichando e olhando sempre para os lados. 

"Vim ver se estava bem, tem um trasgo por aí" respondeu cochichando também.

"Ah é? Bom, e qual era exatamente o seu plano?" rebateu a mais alta das duas. 

    A mesma perguntou como Lia pretendia derrubar o trasgo, mas ouviu passos no fim do corredor, e por isso, sem esperar por uma resposta, Elizabeth tampou a boca de Lia e as aproximou mais da parede, de modo que ficassem bem escondidas, as meninas não estavam mais sozinhas ali, uma voz conversava pelo corredor, mas não era possível ouvir resposta alguma. 

"Não fique i-i-impaciente, por favor, o Trasgo que s-s-soltei lhes atrapalhara, continuarei procurando, m-m-mestre"

    Elizabeth cochichou para Amélia que era a voz do professor Quirrel, e recebeu um olhar assustado em resposta. O professor se afasta após ouvir de Minerva que o trasgo estava no banheiro feminino, as garotas então saem em disparada para suas devidas casas, combinando de que conversariam no dia seguinte. A sala comunal estava cheia e barulhenta. Todo o mundo estava comendo o jantar que fora mandado para lá, mas Amélia estava assustada demais para festas, e por isso foi dormir, pensando sobre o que Quirrel disse.

  

Uma Nova Visão | Livro l - Saga FawsierOnde histórias criam vida. Descubra agora