Perguntas

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   O Natal se aproximava. Certa manhã em meados de dezembro, Hogwarts acordou coberta com mais de um metro de neve. O lago congelou e os gêmeos Weasley receberam castigo por terem enfeitiçado várias bolas de neve fazendo-as seguir Quirrell aonde ele ia e quicarem na parte de trás do seu turbante, Amélia achou a brincadeira muitíssimo engraçada, principalmente devido aos últimos acontecimentos envolvendo o professor. As poucas corujas que conseguiam se orientar no céu tempestuoso para entregar correspondência tinham de ser tratadas por Hagrid para recuperar a saúde antes de voltarem a voar. Todos mal aguentavam esperar as férias de Natal. E embora a sala comunal da Grifinória e o Salão Principal tivessem grandes fogos nas lareiras, os corredores varridos por correntes de ar tinham se tornado gélidos e um vento cortante sacudia as janelas das salas de aulas. As piores eram as aulas do Prof. Snape nas masmorras, onde a respiração dos alunos virava uma névoa diante deles e eles procuravam ficar o mais próximo possível dos seus caldeirões.

"Tenho tanta pena" disse Draco Malfoy, na aula de Poções "dessas pessoas que têm que passar o Natal em Hogwarts porque a família não as quer em casa"

   Crabbe e Goyle riram, Elizabeth não achava as piadinhas engraçadas, por isso não lhes deu atenção. Malfoy andava muito mais desagradável do que de costume desde a partida de quadribol. Aborrecido porque Sonserina perdera, tentara fazer
as pessoas rirem dizendo que um sapo iria substituir Harry como apanhador no próximo jogo. Então percebeu que ninguém achara graça, porque estavam todos muito impressionados com a maneira com que Harry conseguira se segurar na vassoura corcoveante. Por isso Draco, passou a perturbar Potter com mais frequência. Eliza e Lia não tiveram mais avanços, em sua investigação, desde que invadiram sala de Quirrell, por isso, em meio às poucas opções que tinham, se reuniram novamente para pesquisar sobre o que tinham, a pedra filosofal e unicórnios.

"Consegui reunir esses três livros, só há menções a pedra, mas existem unicórnios aqui, em Hogwarts, mais especificamente na floresta proibida". Disse Amélia assim que Elizabeth chegou e se sentou em sua mesa na biblioteca vazia.

"E o que você pretende fazer, Lia?" Perguntou em um tom baixo "Falar com Dumbledore? Meu pai disse pra não falarmos sobre isso!"

"Não precisamos falar com Dumbledore, podemos simplesmente perguntar a Hagrid como estão os unicórnios" disse acalmando Eliza "E quando pudermos comprovar que Quirrell está tentando ressuscitar alguém, falamos com Dumbledore"

   Elizabeth concordou com Amélia e ficou calada por um momento. Depois de alguns segundos, Eliza arregalou os olhos e lembrou de um detalhe importante. Como ela pôde esquecer disso?

"Lia, você lembra de quando nós fomos até a sala do Quirrell?" Lia acenou com a cabeça concordando "Então, quando eu peguei aquele livro de sua mão eu comecei a folheá-lo e achei duas páginas interessantes falando sobre a Pedra Filosofal. E o que havia de mais estranho era que as páginas estavam marcadas. Eu não disse isso antes por que acabei esquecendo."

"Elizabeth! Como você pôde esquecer disso?! Era importante!"

"A culpa não foi minha, okay? Não enche." irritada, Elizabeth levantou-se e começou a andar na direção da porta quando Amélia foi atrás dela.

"Beth, desculpa. Você tem razão, a culpa não foi sua. Não vamos brigar, okay?"

   As duas voltaram para a mesa e voltaram a conversar sobre o assunto.

"Bom, voltando ao que eu estava falando, eu achei estranho o fato de as duas páginas estarem marcadas. E se na verdade a Pedra estiver em Hogwarts e..."

"Quirrell está tentando roubá-la?!" completou Lia.

   Elizabeth concordou e seu coração acelerou. Elas estavam prestes a descobrir tudo o que o Prof. de DCAT estava tramando.

Uma Nova Visão | Livro l - Saga FawsierOnde histórias criam vida. Descubra agora