Fora de controle

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Na manhã seguinte quando acordei, eu fui a casa de banho e vi que tinha alguns cabelos brancos, como a Lissa, e os cortei. A Lissa hoje não estava lá. Eu estava preocupada por causa disso, então me vesti, e fui até a casa do Marcel, pedir por ajuda.

-Marcel! Marcel!- Chamei batendo na sua porta, cada vez com mais força.

-O que aconteceu?- Perguntou o Marcel do outro lado da porta, que logo foi aberta por ele.

-É normal eu acordar com cabelos brancos no dia a seguir de a deixar tomar o controle?- Perguntei entrando  na sua casa apressada.

-Na primeira vez é, não especificamente cabelos da outra pessoa, mas alguma característica por isso tens de aprender a controlar, e tenho a certeza que essa foi a razão de vires cá- Comentou o Marcel.

-Achas?- Perguntei sarcasticamente.

-Já não acho tenho a certeza- Respondeu. 

-Como eu controlo?- Perguntei.

-Não há técnica, tens de ir ao outro mundo e a domares, depois fazes o que quiseres, controlas, deixas-te ser controlada- Falou o Marcel se aproximando de mim, como se me tentasse intimidar.

-Resumindo, o grande Marcel é um fraco porque se deixou ser dominado e tenta me ameaçar?- Perguntei o confrontando, e ele me atirou contra a parede.

-Não é porque todos confiam em ti que queira dizer que eu confio, agora sai da minha casa!- Ordenou o Marcel.

-Com prazer. Mas tu sabes que é verdade, por de trás desses olhos, nesse cérebro, quem manda não é o Marcel, é o Christian, e o Marcel ainda acredita que pode estar no controle, mas sozinho não, pois é essa a razão porque ele perdeu, porque ele não tem uma razão porque lutar pela sua liberdade, tu desististe, mas eu nunca o farei- Falei e ele veio na minha direcção e me agarrou no ar pelo pescoço e eu vi que os olhos já não pertenciam ao Christian, mas sim ao Marcel.

-Tens razão, mas agora vai duvido que o mantenha longe por muito tempo- Falou me largando o pescoço- Quando fores a procura do teu controlo, por favor ajuda-me a recuperar o meu- Falou me agarrando o braço com pouca força e me largando logo depois de acabar de falar.

Eu voltei para casa e me sentei no chão da sala, me livrando de todos os meus pensamentos, e tentei ir ao mundo deles, como costumava fazer em pequena. 

-Lissa, guia-me. Eu não quero tudo, apenas quero ser eu. Quero viver, queres o teu espaço, queres uma vida, não me importo, podemos chegar a um meio termo, mas antes, deixa-me entrar- Falei e ela reagiu bem, e me deixou entrar fazendo com que eu me deitasse no chão.

Eu te amo, Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora