Karol

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Inglaterra, 1830...

Ando com cuidado sobre a grama molhada. A névoa cinzenta da região norte da Inglaterra, deixa o ar denso e úmido. Os campos estão cobertos por uma camada fina de gelo e o sol começa a sair por dentre as árvores. Não deve ser nem 6h da manhã, mais já estou desperta. Gosto de andar pelos grandes campos ao redor da minha casa. É calmo e ao mesmo tempo sombrio.

Ser a filha do meio me torna a menos importante. Tenho apenas 17 , mais já sou considerada velha. Casar mais jovem que isso é um tipo de alvo entre as jovens solteras. Minha irmã mais velha, Valentina, é a mais bonita entre as irmãs Sevilla. Ela está com 19 anos e também não casou ainda. Minha mãe fica desesperada ao ver que nenhuma de suas filhas casou ainda. Minha irmã mais nova é a Carolina, com apenas 15 anos.

Valentina é loira com belos olhos azuis. Eu, sou pequena, com cabelos castanhos claros e olhos verdes, já Carolina tem cabelos castanhos escuros e olhos azuis iquais ao de Valentina. Eles duas puxaram a minha mãe, já eu sou parecida com meu pai. Tanto na aparência como nas atitudes. Meu pai é justo, minha mãe já é mais livre e espontânea. Somos uma família que vive relativamente bem. Temos uma casa grande, com animais e um grande quintal. Criados e modormos.

Mais com três filhas mulheres, meus pais tem a preocupação de nos casar logo. Temos que sair de casa pra ter bens, e isso acaba deixando minha mãe de cabelos brancos.

- A família Smith, dará um baile amanhã a noite, e fomos convidadas!! - Exclama, minha mãe, entrando na sala com um convite em mãos.

- Oh, mamãe que ótima notícia! É uma das famílias mais ricas da nossa vila! - Fala Carolina.

- Temos que arruma logo vestidos pro baile! Ira ter muitos rapazes solteiros! - Anuncia minha mãe, com um enorme sorriso no rosto.

- Vamos mamãe, vamos da uma olhada na venda lá na vila? - Pergunta Carolina, empolgada.

Eu e Valentina apenas olhávamos, pras duas animadas.

- Vamos! Karol, Valentina, vão se apronta, precisamos ir logo! - Apresa minha mãe.

Logo, nos quatro, estamo na carruagem, indo até a vila procura vestidos de baile. Não fico tão empolgada. Não gosto muito de bailes. Jovens solteiras desesperadas a procura de um noivo e rapazes estranhos.

A vila não era tão longe. Tinha muitas moças por ali, talvez, procurando vestidos também. Minha mãe nos leva até uma costureira muito procurada naquela região. Carolina escolhe um vestido, branco com um laço rosa de cetim. Valentina escolhe um vermelho, bem rodado. E eu escolho um azul-céu com decote coração e de mangas cumprida todo rendado. Era simples e do meu jeito. Minha mãe pega e depois do que parecia ser horas, descidimos volta pra casa.

Minha mãe e Carolina iam na frente, eu e Valentina íamos atrás. Valentina pega meu braço e entrelaça no seu nos mantendo juntos. Ela me olha sorrindo e seus cachos voam com o vento.

- Será que hoje encontro o meu tão aguardado noivo? - Brinca Valentina.

- Ou será que eu encontro o meu? - Sorri.

- Mamãe vai ficar louca com tantos bailes. Não acho que encontro um noivo em bailes, são tão machistas! - Reclama Valentina, fazendo uma careta.

- Onde encontraremos um noivo então?

- Não sei! Talvez o destino nos traga um... - Fala Valentina dando de ombros.

Sorri, negando com a cabeça.

- Você sonha demais Valentina!

- Sonho mesmo, é de graça!

Chegamos até a carruagem e a empolgação da minha mãe mais faz ri. Esse baile vai da o que falar.




Uma história de época. To meio viciada em romance de época. Então espero que gostem.

Beijos e até mais...

- Veh.

Arte da PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora