Itália, 1830...
Com apenas uma bagagem pequena e meu quite de pintura. Estou pronto pra pegar o trem direto pra Itália. Não é uma viagem pequena é uma viagem longa.
Descide deixa a Itália e busca mais inspiração e outros arredores. Pintar requer inspiração, uma paisagem magnífica, e atitude. Ficar na Itália não estava me ajudando, eu quero viajar, procura algo que me inspire e me de um motivo pra pintar.
Eu amo pintar. Grava uma imagem é algo extraordinário. Pintar uma pessoa, pintar uma paisagem, uma praia um flor. Eu amo fazer isso. Minha família me apoia e não me impediram. Meus pais se tiveram eu de filho. Minha mãe teve complicações na gravidez e não pôde mais ter filho. Ela ficou devastada, mais me ter já foi um milagre.
A viagem foi longa e chata. Não gosto muito de viajar de trem, mais de carruagem iria demora mais. A Inglaterra era fria, as pessoas me olhavam como se eu fosse um ser de outro planeta. Procuro uma pensão pra passar alguns dias e encontro uma muito boa. Pago pôr uma semana, mais posso mais tempo. Não sei quanto tempo irei ficar.
A primeira coisa que faço é procura um lugar pra pintar. Pego uma tela branca e meu quite de pintura. Caminho um pouco e logo vejo os campos e as montanhas ao redor da vilá. As pessoas já não me olhavam tanto, então peguei um carona até um lugar onde um homem falou que eu podia pintar. Era um lugar alto. A vista era linda. O campo estava verde e o sol estava se pondo no horizonte a minha frente. Era a imagem perfeita.
Monto todo meu equipamento, e começo a dar leves pinceladas na tela branca e aos poucos ela vai tendo uma clara imagem da paisagem a minha frente. O tempo ia passando devagar e logo foi escurecendo. Minha tela ainda não estava completa então arrumo tudo pra continuar no dia seguinte.
Caminho de volta até a vila e vejo uma movimentação. As pessoas andavam rapidamente até carruagens, todos vestidos muito bem. Continuo andando até a pensão mais paro assim que vejo uma jovem moça. Ela estava subindo na carruagem e outras três mulheres entraram junto com ela. A moça parecia perdida em seus pensamentos, seu rosto delicado estava sem expressão. Ela olhava pela pequena janela na lateral da carruagem enquanto as outras riam. Quando a carruagem começou a andar, sigo ela com o olhar, mais ela nem sequer me notou. Fico ali parado, olhando pra sua carruagem que se distânciava cada vez mais até eu não poder mais ver.
- Tudo bem senhor? - Pergunta um rapaz, me olhando.
Eu estava parado no meio da calçada e ele me olhava curioso.
- Sim, tudo bem. Desculpe.
Sai do caminho e ele passou, mais se virou e voltou a olhar pra mim.
- Está perdido? Precisa de ajuda?
- Não. - Respondo.
- Ah, desculpe. O senhor estava aí parado, parecendo perdido...
- Não estou bem, obrigado.
Volto a caminhar até a pensão, mais na minha mente só vinha a imagem daquela bela moça.
Narração do Ruggero. Não vai ter muitas, serão mais da Karol. Mais vai ser bom ter um pouco da visão do Ruggero. Estou dando o máximo de mim pra entrar na escrita de época então relevem.
Ate mais...
- Veh.
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Arte da Paixão
RomansaEm 1830 , Karol Sevilla, é a filha do meio entre três irmãs e a mais tímida e recatada da família. Sempre viveu na sombra da irmãs, e não é, digamos, considerada a mais bonita entre as irmãs Sevilla, mais é a mais humilde e criativa da família. Rug...