Naquela tarde...
Eu praticamente corri até o campo, onde Ruggero pingava. Eu estava anciosa e um pouco nervosa. Ver Ruggero era o que eu mais queria, o dia todo eu apenas pensava nele e ficava anciosa pra ver seu sorriso.
Michel tinha ido embora da Inglaterra hoje de manhã e tinha vindo me visitar pra se despedir. Ele beijou minha mão e falou que sentiria minha falta. Eu apenas sorri sem coragem de dizer o mesmo. Depois, quando bateu a hora de ir ver o Ruggero, eu me apressei até lá.
Logo eu o vi. Ele tava terminando de pintar seu último quadro. E parecia tão concentrado quanto antes.
- Ruggero? - Chamei, me aproximando.
E ele novamente, se virou sorrindo.
- Olá Senhorita Sevilla! - Sorri.
- Acho que você tem algo pra me dá hoje! - Falei.
- Ah, sim, seu quadro... - Ele pega um quadro do tamanho médio, que estava embrulhado em papel marrom.
- Eu tive que embrulhar como um presente de verdade! - Falou Ruggero me entregando o quadro.
Senti uma imensa anciedade de ver aquele quadro. Só de pensar que ele tinha me pintado, meu coração acelerava.
- Oh, Meu Deus! - Exclamo ao ver o quadro.
Era uma pintura simples. Era apenas meu rosto. Mais eu tinha simplismente amado, ele era perfeito. Eu nunca tinha me sentindo tão feliz quanto agora.
- Não gostou? - Perguntou Ruggero, com certo receo.
- Não, eu amei esse quadro! Ruggero ficou incrível! - Exclamo, sorrindo pra ele.
Ruggero parece aliviado.
- Ainda bem! Nossa eu tava nervoso, com medo da senhorita não gosta!
- Ruggero, me chame apenas de Karol. Eu gosto mais assim...
Ruggero sorri, com o rosto vermelho. Ele era lindo. E seu sorriso me deixava arrepiada.
- Então, me conte sobre sua família. - Pediu Ruggero voltando a pintar.
Coloquei, meu quadro no apoio de tela e comecei a andar por ali. Me mantendo perto de Ruggero, pra ele me ouvir.
- Tenho uma irmã mais velha e uma irmã mais nova, meus pais se casaram bem jovens por isso ainda não chegaram aos 55 anos, mais são pais incríveis! - Falo.
- Sua família parece ser pessoas muito gentis.
- Eles são... - Falo.
Paro de andar e fico atrás do quadro de Ruggero onde ele está ainda pintando.
- E você? Sua família? - Pergunto.
- Não tenho irmãos, meus pais moram na Itália e... é só isso! - Sorri, me olhando.
- E por que você veio pra Inglaterra? Itália parece ser um ótimo país! - Exclamo.
- Eu só queria criar inspiração pra pintar meus quadros! Na Itália eu não conseguia ter muito isso, meus pais não gostaram mais aceitaram. - Explica, ainda pintando muito concentrado.
Fico quieta e vejo como ele france a testa. Suas mãos dão ágeis e ele da leves pinceladas, seu olhar brilha cada vez que ele olha sua obra.
- Não estou te desconcentrando, não? - Pergunto, com a sombrancelha arqueada.
- O que? - Sorri confuso, tirando seu olhar do quadro pra me olhar.
- Não estou atrapalhando você?
- Na verdade... - Ele sorri meio sem jeito. - Você me inspira!
Fico paralisada, sem saber o que fala.
- Ah... - Tento falar, mais sua confissão me deixa mais nervosa do que já fico perto dele.
- Ouvir você, ou ver você Karol, me inspira de alguma forma! - Confessa Ruggero, e seu olhar me penetra de forma tão intesa, que me falta fôlego.
- Então esse é meu talento!
- Concerteza é! - Exclama Ruggero.
E de repente, sinto que Ruggero é perfeito pra mim.
Ele foi feito pra mim!
Ruggero é Karol já se amam e nem sabem!
Cada capítulo vai ficando melhor!
Estão gostando? Comentem.
Até mais...
-Vê.
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Arte da Paixão
RomanceEm 1830 , Karol Sevilla, é a filha do meio entre três irmãs e a mais tímida e recatada da família. Sempre viveu na sombra da irmãs, e não é, digamos, considerada a mais bonita entre as irmãs Sevilla, mais é a mais humilde e criativa da família. Rug...