Karol

202 12 16
                                    

O caminho até minha casa...

Me deixou nervosa. Eu não sabia o que pensa ou falar. Me deixava apreensiva, o que poderia dizer minha mãe, era como se eu tivesse indo direto pro olho de um furacão e não tivesse saída. Passar a tarde com Ruggero me deixou calma, e me fez esquecer, mesmo que, por breves minutos, o que tinha acontecido no almoço.

Quando chequei em casa, estava tudo quieto e silencioso. Meu pai estava no escritório dele, minhas irmãs na sala de visitas, e minha mãe não tinha aparecido ainda. Provavelmente, ela estava em seu quarto, pensando no que fazer pra me fazer mudar de ideia sobre o Michel. Mais nada me faria muda de opinião. Não seria Michel quem eu iria me casar. Já estava descidido! 

- Karol? - Chamou Valentina, ao entrar em meu quarto.

Eu estava terminando de me arruma, depois de um longo banho.

- Oi. Cadê a mamãe? - Perguntei nervosa.

- Na cozinha. Ela ta escolhendo o jantar de hoje! - Responde Valentina.

- Ela ta muito brava?

- Ela não falou muito desde que você fugiu, sabe lá pra onde! - Exclama, me olhando séria.

- Não fiz nada demais Valentina! Mamãe está me precionando a algo que não quero fazer! - Esbravejo.

- Você Fou vê- lo Karol? - Perguntou cautelosa.

- Talvez...

- Karol! - Reclama.

- Ele me ajudou Valentina! - Exclamo. - Ele apenas me abraçou, e... eu esqueci tudo o que mamãe tinha dito!

- Karol isso é perigoso! Não vê que isso pode lhe prejudicar!

- Em que? - Pergunto confusa, ficando brava.

- Karol, você ta se apaixonado por esse rapaz! Tome cuidado pra não fazer nada desçonroso para nossa família e pra você! - Alertou, com medo em seus olhos.

- Não farei nada que me prejudique ou nossa família. Gosto muito dele Valentina! Por favor, não em peça pra deixa de vê- lo. - Exclamei, segurando firme sua mão, suplicando sua ajuda.

- Não farei isso! Mais por favor, minha irmã... tome cuidado!

- Tomarei!

****

No jantar, minha mãe se quer me olhou. Ela não tinha expressão alguma em seu rosto. Ela parecia congelada. Fiquei com medo, mais não disse nada, apenas jantei rapidamente, e sai daquela sala. Ninquem falou nada o jantar inteiro ou a noite inteira. Mais não me encomodei. Eu não queria falar com ninquem.

Quando amanheceu, contei as horas pra ver Ruggero. Nosso encontro estava marcado no coral de pedras na praia. Um lugar cercado por barreiras de pedras enormes, com vista pra todo o oceano. Como o tempo era frio, não havia ninquem na praia. Principalmente aquela hora do dia. Quando bateu quatro horas da tarde, corri até a praia. Inventei uma desculpa qualquer, pró meu pai e sai de casa. Minha mãe não falou comigo nem perguntou nada, o que eu agradeci mentalmente.

O coral de pedras não era muito longe, mais me apressei em chegar lá. Então, logo vi Ruggero. Ela estava, como sempre, com um quadro branco em sua frente. O quadro que pedi que trouxesse. Sorri cada vez mais ao me aproximar dele. Andar por ali era complicado, mais valia apena por ele.

- Gostou da vista? - Perguntei, ao me aproximar.

- É um belo lugar pra pintar! - Respondeu, se virando com seu lindo sorriso.

- Desculpa a demora! - Falei.

- Nem percebi. Estava pensando qual era o melhor ângulo da vista para minha pintura! - Falou, dando de ombros.

Sorri.

- Você é suas manias de pintura! - Exclamei.

Ruggero sorri. E volta sua atenção pro quadro. Aos poucos ele vai pintando, e uma linda imagem vai se formando. Ficamos conversando e rindo, enquanto o tempo passava. Mais logo caiu o por do sol. Ruggero parou de pintar, guardou seu quite de pintura e se sentou ao meu lado. Obsevamos o por do sol juntos em silêncio, mais logo Ruggero cortou o silêncio.

- É a vista mais linda que já vi! - Exclamou em um sussurro.

Olho pra ele, e percebo que ele não olhava pro por do sol e sim pra mim. Corei sentindo meu peito inflar de paixão por ele.

- A vista é mesmo linda! - Falo, olhando pra ele.

- Ah, sim a vista daqui é linda. Mais eu falava de você. Você é linda Karol! - Sussurou, com um pequeno sorriso.

- Obrigada... - Falei, quase sem voz.

Olhamos um pró outro fascinados, não desviei minha vista de seus olhos escuros. E quando senti sua mão em meu rosto, senti meu corpo queimar de desejo. Ruggero nem se quer pensa, apenas junta nossos lábios e então eu me deixo afundar em todas aquelas sensações.








Capítulo bomba!
Até o próximo...

- Vê.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 10, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Arte da PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora