IV BLAKE

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Oiii pessoas lindas, primeiro gostaria de pedir desculpas por me ausentar tanto tempo e segundo quero desejar um feliz ano novo repleto de energias boas, que seus sonhos se realizem.

Bem, vamos ao capítulo.

Beijinhos e até.













— Blake? — a voz de Chris soa muito distante.

Meu olhar ainda está fixo, não acreditando que depois de anos sendo muito cuidadoso o destino decidiu me punir. Sim, estou considerando que essa história pode ser verdadeira, não pergunte o motivo, mas algo naquela morena diz que ela é uma péssima mentirosa.

— Por que tenho a sensação de que conheço ela? — indago em voz alta, sem perceber.

— Talvez porque você já saiu com a cidade inteira? — Chris se recosta no banco apreciando a bebida que o garçom trouxe, em substituição a outra. — Até que esse filho demorou para aparecer.

— Você acredita nela? — pergunto incrédulo.

— Encontrei com ela na sua empresa, parecia desesperada, mas não tem cara de quem está armando um golpe da barriga.

— Você nem a conhece! — encaro meu melhor amigo ultrajado, como ele ousa defender ela?

— Muito menos você! — ele mantém a voz neutra — Dê um voto de confiança, conheça a criança, faça o DNA e depois decida o que fazer.

— Não quero ser pai, cara. — apoio o rosto nas mãos — Sabe que os Hard não aprenderam como fazer isso, não tiveram um bom exemplo.

— Não deixe os erros dos seus pais determinarem seu futuro — Chris deposita o copo vazio sobre a mesa, levanto o rosto encontrando seu olhar condescendente — Ninguém nasce sabendo, é uma espécie de instinto que aflora com a convivência.

— E se nunca acontecer? E se descobrir que sou tão ruim quanto ele? — Sinto o desespero crescer em meu peito. — Não posso fazer isso com esse menino.

— Jake — Chris se levanta — O nome dele é Jake.

— Você pode manter isso em segredo até eu descobrir o que vou fazer?

— Nos conhecemos a tempo suficiente para saber que não precisa pedir isso! — ele parece magoado.

— Eu sei, só estou um pouco confuso.

— Seja homem e faça o que é certo. — diz saindo da área VIP.

Deixo a boate para trás e dirijo sem rumo pela cidade, o ronco silencioso do meu Aston Martin DB11, a velocidade com que ele percorre as ruas sem ser atrapalhado por outros carros, produz a sensação de estar em uma pista de corrida. Não percebo que fui longe demais até encontrar a faixa de areia de Bondi Beach, estaciono o carro e saio para observar o lindo espetáculo criado pela mãe natureza: o nascer do sol.

Não pretendia ficar ali sentado, mas não sabia o que fazer, que rumo tomar. Minhas roupas fedem a bebida cara, um lembrete da morena selvagem que me deixou um tanto admirado.

Levanto em um salto determinado a confrontá-la, preciso saber de todos os detalhes antes de tirar conclusões, se essa criança é mesmo minha por que só veio procurar agora? E a pergunta mais importante: Por que não me lembro dela? Eu, com certeza, não esqueceria aquelas curvas e principalmente, seu temperamento explosivo.

Cheio de dúvidas e sem nenhuma certeza, entro no carro, digito o endereço no GPS e saio cantando pneu de volta à cidade. Tento relaxar no caminho, mas a cada minuto me convenço de que é tudo armação e a confrontação vai expor a trama criada para se dar bem as minhas custas.

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