Veera e Rikllen

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Enquanto Veera apressa-se para a localização de seu irmão, o garoto a espera em uma distância considerável do ponto de encontro que ambos haviam combinado. A garota corre o máximo que pode para chegar até a localização do irmão.

Movendo-se desesperadamente pela cidade ela tentava obter comunicações com seus pais, mas de nada adiantava. A maioria das tentativas haviam sido no comunicador de Kyra e, por falta de opção, também tentou comunicar-se com Azen. Mas ambos sem respostas.

Rikllen esperava sua irmã de forma impaciente. Com seu comunicador agora em mãos, o garoto caminhava pela região mas sempre de olho no ponto de encontro combinado com Veera. Sua mãe outrora, havia ensinado que em uma situação de risco que precisassem ficar ou observar um local, o recomendado era manter-se discreto em meio a uma aglomeração de civis ou manter distância segura do local, despistando o máximo de olhares. E era exatamente uma destas lições que o garoto estava praticando.

...

P

assado algum tempo, Rikllen vê sua irmã chegando pela parte norte do centro comercial e vai correndo ao seu encontro. Chegando perto um do outro, ambos se abraçam.

Após soltarem-se do confortante abraço de saber que ambos estavam bem, Veera diz — Ei, como você está? Alguém veio atrás de você?

— Não Vee, eu estou bem. E você? Alguém machucou você? 

— Até agora estou viva. E não, ninguém chegou perto de encostar em mim. Agora olha, precisamos sair daqui. — a garota puxa seu irmão pelo braço, como se quisesse que ele seguisse ela por uma direção específica.

Enquanto começavam a fugir do local que estavam, Veera explica tudo o que sabia sobre a suposta traição dos Jedi com a República. Sobre a tentativa de assassinato do Chanceler Palpatine, por um grupo de Jedi e também, sobre a traição de Dot e o que havia acontecido dentro da estalagem. Também contou para o garoto que achava muito estranho o atentado acontecer justamente quando sua mãe era convocada até o conselho. 

Incrédulo na possibilidade de seus pais terem participado disso tudo, Rikllen diz — Vee, é claro que você não pode acreditar em tudo o que viu nos noticiários. Este não é o jeito Jedi, não é mesmo? Você conhece as tradições bem mais do que eu, logo você sabe que isso seria impossível.  E principalmente que nossos pais estejam envolvidos nisso.

Veera então também olha incrédula para o garoto e diz — Por isso mesmo Rik. Por eu conhecê-los, eu tenho minhas suspeitas… Sinto que o código deles já não funciona mais há anos. — explica a garota. — Não vê nossos pais? Um relacionamento baseado em mentiras. Nós nem sequer existimos em registros galáticos… Azen diversas vezes já disse que o envolvimento dos Jedi nas guerras clônicas parecia ser um terrível erro... 

Rikllen então olha para a irmã e assente. Pensa em dizer algo mas permanece em silêncio.

Veera então encara novamente o irmão e percebe que o garoto está pensativo e cabisbaixo com as coisas que ela havia dito. — Mas Rik, isso não é certeza... Nossos pais realmente não participaram de nada disto. — tenta dizer a garota, após ver que plantou uma dúvida na cabeça do garoto que considera os pais e os Jedi grandes heróis da galáxia.

O garoto assente e diz — Tudo bem Vee… Vamos apenas sair daqui, ok?
Ela vê a reação do garoto e sente-se surpresa, já que normalmente o irmão é teimoso com as coisas que ela fala. O que fazia ela também ficar pensativa. Já Rikllen sentia algo dentro de seu coração que, tudo o que a irmã havia falado poderia ser a verdade... Menos a parte de uma traição dos Jedi. Se havia algo que ele acreditava, era neste terrível engano que estava acontecendo.

Star Wars Jedi: Remanescentes da OrdemOnde histórias criam vida. Descubra agora