Star Wars Jedi: Remanescentes da Ordem

Decisões: Conflitos internos

Movendo-se ainda sem um destino certo, Azen e Kyra tinham a certeza de que deveriam fugir de Coruscant sem deixar nenhum rastro. Eles e os Jedi que estavam no transporte ainda não entendiam muito bem a complexidade e grandeza dos problemas que estavam enfrentando. Enquanto viajavam por Coruscant, Veera e Rikllen explicavam aos seus pais os acontecimentos que haviam passado durante as últimas horas.

Veera havia contado sobre os problemas que passou na estalagem com a traição de Dot e sobre a fuga e luta que os irmãos tiveram contra tropas da República. Já Rikllen, havia omitido os problemas que havia arrumado com os Nikto no estádio onde ocorria a corrida de pods. E apenas contou sobre a parte que ele e sua irmã estavam dando uma lição e fugindo dos clones pelos becos da cidade.

O que surpreendeu o garoto, foi o fato de sua irmã não ter contado aos pais sobre os problemas que ele os havia envolvido. Ou ela havia acobertado ele com esse problema ou, perante tantos acontecimentos, Veera havia esquecido de dar este "pequeno-grande" detalhe aos pais. Mas para o garoto, o que importava era que eles estavam bem.

...

Após ouvir as explicações dos filhos e certificar-se que ambos estavam bem, Azen chama Kyra novamente de lado e diz — Agora nós precisamos tomar algumas decisões… Precisamos resolver o que faremos.

— Tudo bem, concordo… Você já tem pensado em algo que podemos fazer? Acredito que a única opção agora seja sair de Coruscant.

— Sim, precisamos sair daqui. E sim, já estou pensando em algo que nós possamos fazer pela nossa família. Mas não somos apenas nós quatro neste transporte. Os outros também precisam de uma solução...

— Você sabe que muitos deles não tem ou nunca tiveram contato com suas famílias, certo? Fora os que perderam os laços familiares... E já que agora somos caçados, não seria muito inteligente que voltássemos para casa ou fossemos entregar os Padawan ou youngling para seus pais ou familiares... A República já deve saber o sistema e planeta que suas famílias moram. Seria o primeiro lugar onde iriam procurar por eles.

— Então o que seria o certo a se fazer?

— Fugir. — responde Kyra de forma direta. — E esquecer que um dia tivemos contato com a Ordem.

Mesmo surpreso, Azen assente. Apesar da resposta não agradar ao Mestre, já que tudo parecia tão superficial e suas ideias ainda não estavam tão claras sobre todo o incidente, ele sabia que naquele momento isso seria o certo a se fazer. Mas ainda sim, sentia que ele deveria ter um papel a mais nisso tudo.

— É isso mesmo que quer e devemos fazer Ky? — Ainda em conflito, diz — Isso não é o caminho que um Jedi deve trilhar… Acho que antes, deveríamos investigar as causas disso tudo. Existem Jedi espalhados pela galáxia envolvidos com a guerra que não sabem dessa suposta traição. Podemos evitar mortes. Nós deveríamos ajudar...

— Fugir é o que devemos fazer, se quisermos sobreviver. Nós não podemos ir contra a República. Você viu com seus próprios olhos o que fizeram com a Ordem Jedi. Agora imagina o que fariam conosco?

— Kyra, existem Jedi que estão com problemas maiores. E é nosso dever ajudá-los! — responde Azen agora mais eufórico.

— Então este é o seu dever, Azen. Não o meu. O meu dever é garantir um novo dia para os meus filhos, nossos filhos. Fora que, você acha mesmo que algum Jedi, liderando uma guerra em algum sistema, conseguiria ir contra todo um exército? Você viu o que as tropas da República fizeram em nosso terreno, dentro do Templo Jedi… Pense na chacina que não foi feita então pela galáxia. — diz de forma direta. — Acho que já fui paciente demais com você e com as suas causas. — responde agora, em um tom mais sério ainda.