Cap. 13 - Renascer

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Está na hora de retornar. Esse é o principal pensamento que ronda a mente de Arthur. Mas ele sabe que não está em condições. Mas mesmo assim, vai tentar. Havia na caverna um galho preso às paredes, ele então, pediu para Alice pegar com seus tios (que eram os fornecedores deles) um saco de farinha, para que ele perdurasse no galho e usasse para treinar.
Durante um dia inteiro ele ficou socando, chutando, socando, e chutando mais ainda, mesmo sentindo umas pontadas no olho e no abdómen, mas não parou.
No fim do dia ele estava exausto. Alice apenas observava de longe, se lembrando do que quase aconteceu uns dias atrás. Arthur a essa altura já estava com um cabelo grande, mas não bagunçado, estava certo, uma barba considerável, também bem certa, e uma cicatriz no olho, cruzando seu rosto em uma diagonal.
Estava, porém, mais forte do que nunca. Os músculos enaltecidos. Mas faltava uma coisa. Excalibur. Ela não estava lá com ele. Ela esteve durante sua luta com o urso, mas não mais. Ela era o que dava confiança para ele, e ele a perdeu.
O mar estava calmo, mas conforme ele pensava nela, ia ficando agitado. As ondas atingiam 5, 6 metros de altura, chegando a entrar na ala norte do castelo, ou até derrubando algumas rochas. Mas Arthur escutava algo diferente por entre as ondas. Uma voz, conhecida, que o chamava. Era a voz daquele que o preparou e o protegeu durante muitos e muitos anos. Era a voz que o confortava quando estava triste ou em um conflito próprio consigo mesmo. Era a voz de Merlin. Ele rapidamente corre de encontro e pula no agitado mar, que em instantes, começa a se acalmar.
-"ARTHUR! ARTHUR!" grita uma desesperada Alice
Dentro d' agua, Arthur vai de encontro a voz que o chama, enquanto é guiado por uma luz. E lá está. Merlin. Cintilante.
-"Garoto, venha cá! " diz ele abrindo um largo sorriso
-"Meu mestre! " diz Arthur enquanto dá um abraço no mago
-"Como você cresceu, filho! Venha, vamos caminhar por entre as ondas" convida gentilmente o mago "eu soube que você precisa da Excalibur novamente. Por quê? "
-"Eu fracassei Merlin. Perdi o trono, e não conseguirei reconquistá-lo sem ela" responde Arthur, aflito
-"Mas isso não significa nada, Arthur. E Excalibur só contia o direito de posse de um rei. Mais nada. Ela é só uma espada. Você tirou- a da rocha sem dificuldade porque estava destinado para ser rei. Você ganhou as batalhas porque estava destinado a ganhar. É tudo uma questão de destino." explica o mago sabiamente
-"Então, está me dizendo que ela não tem poder?"
-"Ela possui sim. O poder de mostrar o destino daquele que a empunha. Você venceu até agora porque sabia que foi escolhido por ela para ser rei. Entende? Você apenas conquistou tudo isso porque sabia que você estava destinado para ser rei e se esforçou para que o destino não tivesse pregado uma reles mentira. Agora volte lá e tire aquele homem do seu trono! Do trono que pertence a ARTHUR PENDRAGON! Honre o seu destino e RENASÇA! " diz ele enquanto dá um soco na ferida de Arthur. E quando ele abre o olhos, Alice está em cima dele. Tentando fazê-lo respirar. Ele então aproveita, e faz o que devia ter feito naquela noite. Ali, naquele pôr do sol, ele descobriu, finalmente, o seu lugar no mundo. A noite foi repleta de beijos e carinhos entre os dois. Mal sabía ele, que, lá em cima, rolava um plano para tirar Percival do poder

Pendragon [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora