he did not want to die

132 27 68
                                    

oláaaa

esse é o último capítulo

passou tão rápido esses dez dias

obrigada a todo mundo que acompanhou e elogiou, na verdade esperava críticas

enfim espero que gostem e aviso: kkk se preparem


×××

Lee Jooheon se sentia daquele jeito desde os cinco anos de idade, quanto matou seu irmão recém-nascido.

Depois disso, seus pais - traumatizados- nunca mais conseguiram tratá-lo do mesmo jeito. O amor que eles sentiam não era mais o mesmo, se sequer poderia ser chamado de amor. A dor de perder um filho fez com que eles perdessem outro também.

Jooheon havia achado uma forma de se proteger da pressão que sofria: se transformou em um badboy. Lia sobre eles, e via filmes. Sabia que eles eram durões e não precisavam demonstrar emoções. Que poderiam fazer as coisas inconsequentemente e as pessoas não os questionariam do motivo depois.

Isso porque Jooheon sentia que precisava ser punido pelos seus atos. Sentia que toda a dor física que pudesse receber em brigas seria capaz de fazê-lo pagar, ou então acordar daquele estado adormecido que ele havia se trancado.

Adormecido pois sua dor o sufocava, e ele precisava se anestesiar de alguma forma. Sua anestesia foi criar um personagem para viver uma vida que já não era mais dele, que ele não poderia tomar conta se era realmente um monstro.

Jooheon acreditava que era esse monstro. Por ter deixado o irmão morrer, por ter deixado seus pais o rejeitarem e a vida incrível que poderia ter escorrer por entre seus dedos, feito areia. Deixou escapar sua chance de ser apenas um garoto normal, que era o que ele desejava tanto nas vezes que chorava.

Quase toda noite tinha crises de choro e repetia diversas vezes para si mesmo:

Eu quero morrer.

Eu mereço morrer.

Eu preciso morrer.

Lee Jooheon se achava também covarde, pois mesmo sentindo tanta dor o tempo todo ele ainda não era capaz de morrer. Não conseguia tirar o própria vida, algo segurava as suas mãos contra a faca, algo afastava seus dedos do gatilho, algo não o deixava dar um nó na corda.

Ele já havia tentado sim, algumas vezes. Sem sucesso, seu estado apenas foi piorando. Sentia que seu coração de definhava todas as vezes que os pais iam embora sem avisar, que Changkyun se mostrava um amigo falso, e agora as vezes que Minhyuk sumia do seu olhar.

Lee Minhyuk tinha entrado na sua vida de penetra. Afinal, não fazia o tipo de pessoa com quem ele normalmente se relacionaria. Era feliz demais, era bom demais, era bonito demais para ser verdade. Puro e trazia uma sensação que mais ninguém era capaz de dar a Jooheon. Mas como tudo que é bom, Minhyuk também ia embora.

Jooheon tentou morrer de novo quando Minhyuk o rejeitou com o olhar, o deixou sozinho após saber de seu segredo. Quando desceu as escadas e deu partida no carro sem sequer lhe pedir desculpas ou dar um beijo de adeus. E como Jooheon queria aquele beijo, pois só ele o fazia se sentir leve.

Nunca havia pensado sobre a sua sexualidade. Mas depois de Minhyuk, achou que seria capaz de só ter olhos para ele para sempre. Queria ser bom o suficiente para ser namorado dele, o levar para passear, o dar beijos e poder fazê-lo se sentir bem e leve também. Mas sabia que não conseguia.

Lee Jooheon achava que não era merecedor do amor de Minhyuk, nem de amá-lo. Era um monstro que deveria ser detido de uma vez por todas, sem os rodeios de todos esses anos que o mantinham vivo. Queria poder ir para algum lugar como o que aparecia em seus sonhos, onde era apenas ele e mais ninguém.

Sabia que nem se morresse se tornaria puro que nem Lee Minhyuk. Mas sabia que poderia fazer um favor para o loiro que gostava tanto, mas não sabia que amava. Acreditava que se saísse da sua vida poderia garantir que nunca o machucaria, pois jamais se perdoaria se fizesse Lee Minhyuk chorar.

Depois de falhar em morrer com o coquetel de remédios, refletir sobre tudo o que fora por esses anos, Lee Jooheon finalmente estava determinado. Iria fazer o que prometia a tanto tempo, e tinha certeza que não iria falhar mais em tentar morrer.

Um sorriso de paz estava nos lábios de Jooheon enquanto ele descia as escadas. Estava bonito, de jeans e moletom, os cabelos ainda avermelhados com preto estavam levemente bagunçados e ele andava de meias brancas.

Atravessou a cozinha, indo até uma das gavetas. Ao abrir a segunda encontrou a variedade de facas que seus pais usavam para cozinhar. Dedilhou sobre elas até escolher uma faca de cortar carne, afiada e de cabo preto. Era uma da coleção que seu pai havia ganhado no ano anterior de seu chefe.

Lee Jooheon fechou a gaveta. Passou seu dedo indicador sobre a lâmina para verificar se estava mesmo afiada. Foi aí que ele cravou aquela faca em seu estômago tão rápido e fundo, que não teve ao menos tempo de pensar.

Mas Jooheon não se sentiu bem. Não estava mais sorrindo, nem estava se sentindo mais leve ou coisa do tipo. Então ele entendeu, agonizando de dor vendo o sangue escorrer pelo moletom e com lágrimas nos cantos dos olhos que: não queria morrer.

Lee Jooheon não queria morrer.

Esteve errado a sua vida toda, nunca desejou aquilo de verdade. Não era bom nem o trazia paz. Morrer era ruim e ele não queria aquilo. Jooheon só conseguia pensar em uma única coisa: Lee Minhyuk. Queria vê-lo, precisava vê-lo agora.

Seu abdômen estava doendo muito e a lâmina ainda estava cravada nele. Caminhou com dificuldade até a porta, praticamente se arrastando, apoiado noz móveis pelo caminho. Uma de suas mãos segurava a faca ali tentando estancar o sangue enquanto ele saía pela porta da frente.

Jooheon tossiu sentindo o longo fio de sangue e saliva escorrer pelo seu queixo. Estava desesperado enquanto andava pela calçada até o meio-fio. Precisava ver Minhyuk, queria ir até sua casa e vê-lo pois só ele poderia salvá-lo de morrer.

Sua visão estava turva mas ele não parou, até que escorou-se na árvore que ficava na beira do meio-fio, tentava respirar mas já não conseguia. Olhou para esquina quando viu aquele carro cor caqui se aproximando.

Ali estava Lee Minhyuk dirigindo numa velocidade muito alta. Jooheon se sentiu tão feliz que sorriu, mesmo que seus dentes estivessem manchados daquele sangue vermelho-vivo. A dor não importava mais pois ele estava vendo seu amado. Jooheon saiu de trás da árvore e foi para o meio da rua de braços abertos, esperando abraçar seu amor e nunca mais soltá-lo.

Mas, como já dito, Lee Minhyuk dirigia muito rápido mesmo. Jamais imaginaria que seu amado estava escondido atrás da árvore e se jogaria no meio da rua, feliz em vê-lo. Ele não conseguiu frear, mesmo que quisesse muito.

Havia acabado com todas as chances de Jooheon, mesmo que ele quisesse viver.

Lee Minhyuk chorava muito, tremia e estava traumatizado, tanto que não conseguia sair de dentro do carro. Naquele momento havia perdido completamente a sanidade - não sabia mas futuramente ficaria internado para o resto da vida em um manicômio. Estava assim porque havia matado Lee Jooheon, que havia se esfaqueado minutos mais cedo.

Mas Lee Jooheon não queria morrer.


×××

é, esse é o final

lá vem os xingamentos ojjkk

enfim já estou com alguns projetos novos em mente, então me acompanhem que essa semana já tem algo novo (acredito?)

tchaau

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 14, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

i wanna die | joohyukOnde histórias criam vida. Descubra agora