that's why my parents hate me

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O suave selar havia se transformado num beijo elaborado quando Minhyuk pediu passagem com a língua. Jooheon estava acostumado com beijos, precisava dar alguns para manter a sua reputação. Mas nunca havia dado um quando... queria. E ele queria porque aquela sensação nova era incrível e o fazia esquecer do pesar em seus ombros.

Jooheon não imaginaria que beijando um cara, que nem Minhyuk — o qual não fazia o seu "tipo" — se sentiria daquela forma, ou melhor, sentiria alguma coisa depois de tanto tempo, além de medo e tristeza. Aquilo era bom, e Jooheon o abraçou bem forte durante o beijo, que nem o outro havia feito, para que ambos não pudessem escapar.

Minhyuk tinha suas mãos passeando pelas costas de Jooheon, vez ou outra segurando em seu ombro firmemente quando tinha sua língua sugada pelo outro. Lentamente o frio ia indo embora conforme os beijos dos dois fossem se aprimorando. Minhyuk sentia que iria revirar os olhos toda vez que Jooheon puxava seus cabelos perto da nuca em meio ao beijo.

Ambos não achavam que as coisas iriam esquentar daquele jeito depois de todo o choro e sofrimento de antes, mas não queriam reclamar nem quebrar aquele clima incrível que parecia não voltar tão cedo depois. Estavam dispostos a ir até o fim, e as circunstâncias também lhes eram favoráveis. 

Minhyuk abriu os olhos após separarem o beijo, ambos ofegantes e com os lábios inchados. Se olharam no fundo dos olhos, vez ou outra desviando olhar para os lábios de ambos. Minhyuk engoliu em seco tomando coragem, segurou nos ombros de Jooheon, enquanto erguia-se sobre ele. Minhyuk sentou-se no colo do garoto, mesmo que envergonhado, e voltou a dar início aos beijos lotados de desejo e necessidade.

Necessidade, Jooheon precisava mais do toque que o deixava seguro. Separava os beijos vez ou outra para beijar e sugar o pescoço de Minhyuk — que segurava-se para não gemer tão fácil assim. O pescoço do garoto aos poucos ia ficando marcado, mas nenhum dos dois estava preocupado com as consequências naquele momento.

Jooheon apertou a cintura de Minhyuk em meio ao beijo, fazendo-o lentamente rebolar sobre si iniciando a viciante e deliciosa fricção entre os corpos dos dois. Minhyuk sentia que o outro estava excitado também, afinal havia apenas um roupão e as roupas do outro Lee separando os dois do toque pecaminoso. 

Minhyuk estava receoso quando começou a soltar o laço do roupão de Jooheon, o abrindo lentamente até revelar o peito nu do garoto. Jooheon tinha a pele muito clara e macia, mas estava visivelmente mais magro do que deveria. Minhyuk cheio de ternura beijou seu peito, pescoço e perto da orelha fazendo com que ele se arrepiasse ao toque.

Jooheon estava meio perdido, não sabia bem o que fazer. Ele nunca havia chegado tão longe com ninguém pois nenhuma pessoa era capaz de fazê-lo se sentir assim. Mordeu o lábio quando as mãos de Minhyuk desceram sorrateiramente por dentro do roupão, debaixo dele, até tocarem seu membro semi-ereto, fazendo-o ficar ereto por completo agora.

Minhyuk olhava para seus lábios com desejo até tomá-lo em mais um beijo intenso. Começou a mover suas mãos em movimentos de sobe e desce no membro do Lee, masturbando-o. Jooheon deixou um gemido afobado lhe escapar dos lábios durante o beijo, numa forma de dizer a Minhyuk que não parasse com aquilo.

E ele não iria. Lee Minhyuk estava determinado e definitivamente com vontade de fazer aquilo. Aos poucos foi descendo os beijos, dando chupões no pescoço de Jooheon até sair de seu colo. Ajeitou-se descendo do sofá e ficando de joelhos. Minhyuk já havia feito aquilo com uns caras algumas vezes, então estava confiante.

Jooheon se arrumou no sofá sentando-se de frente, com os joelhos separados. Minhyuk observou o membro de ereto de Jooheon, tomou ar antes de abocanhá-lo o máximo podia. Começou a subir e descer lentamente, percebendo que o outro tremia e parecia não saber o que fazer. Minhyuk alcançou uma das mãos de Jooheon e a fez com que segurasse em seu cabelo, indicando que ele deveria ajudá-lo nos movimentos.

Minhyuk sorriu se animando e começou a aumentar a velocidade e intensidade dos movimentos. Dava longas sugadas e lambidas na extensão, sempre continuando com os movimentos auxiliados pelas suas duas mãos. Jooheon arfava e não conseguiu segurar por muito tempo os cabelos do loiro, suas mãos estavam cravando suas unhas no tecido do sofá. Minhyuk não queria desistir antes que ele atingisse seu ápice.

—  M-Min... Hyuk... — Jooheon dizia falho, Minhyuk não conseguia ver seu rosto do jeito que estava — E-Eu não... não consigo...

Ele estava próximo do ápice, Minhyuk pensou. Intensificou mais ainda, não acreditando em si mesmo que conseguia fazer aquilo desse jeito, sentindo-se orgulhoso de si mesmo. Jooheon continuava sussurrando entre gemidos "pare", "por favor". Minhyuk parecia não querer lhe dar ouvidos, estava concentrado naquilo. Até que terminou, sentindo o líquido viscoso sujar os seus lábios.

Minhyuk olhou para Jooheon com um sorriso no rosto, enquanto limpava sua boca com as mãos. Mas Jooheon estava com os olhos vermelhos, ele estava chorando. Tremia sem parar enquanto fechou suas pernas e amarrou o roupão. Já soluçava quando balançou a cabeça em negação, vendo a expressão confusa de Minhyuk.

— Eu matei meu irmão, Minhyuk. 

Jooheon se levantou com dificuldade, caminhando em tropeços dando a volta no sofá. Seus olhos e todo o rosto estavam molhados pelas lágrimas. Nem ele mesmo sabia como conseguia chorar tanto. Minhyuk se levantou do chão, chocado com o que havia acabado de ouvir.

—  Quando eu tinha cinco anos, minha mãe ficou grávida e deu a luz ao meu irmão — Jooheon falava desesperado e se afastando mais a cada vez que Minhyuk tentava se aproximar dele — Eu fiquei sozinho com ele por coisa de minutos. Ele engasgou, Minhyuk! Eu estava tão assustado que não fiz nada, tapei meus ouvidos para não ouvir ele chorando. E ele parou de chorar, porque morreu. Ele morreu por minha culpa...

Jooheon estava subindo as escadas desesperado, tropeçando em diversos degraus. Minhyuk subia logo atrás dele para evitar que o garoto caísse a qualquer momento.

— É por isso que meus pais me odeiam. Minhyuk, eu matei meu irmão.  

i wanna die | joohyukOnde histórias criam vida. Descubra agora