Ana
— Isso, mais forte! Isso! — Ângelo era um homem que sabia como enlouquecer uma mulher na cama. — Oh! Meu Deus...
De pernas abertas para o moreno alto, com braços mais grossos que minhas coxas, e um pênis maravilho, gozei loucamente.
Eu procurava a felicidade que nunca tive nos braços de vários homens. Sexo era o que não me faltava. Mas no final da noite, eu me sentia sozinha e vazia.
Depois de dispensar Ângelo, voltei para minha cama e me aconcheguei nos lençóis. Liguei a televisão do quarto e deixei num canal qualquer. Eu me sentia estranha, algo estava diferente. Levantei da cama e parei em frente ao espelho pendurado na parede no quarto. Mirei meu reflexo, cabelos bagunça dos pós-foda, maquiagem borrada e pele ainda um pouco avermelhada devido aos tapas. Eu sentia que algo havia mudado, só não sabia o que diabos era. Abandonei essa sensação estranha, e voltei para cama. O programa que passava na televisão deveria ser muito interessante, pois acabei dormindo em pouco tempo.
...
O sol brilhava no céu lá fora. Da janela da sala do meu pequeno apartamento, dava para ter uma vista encantadora do Cristo Redentor. Eu adorava tomar minha xícara de café com leite bem quente, admirando a linda paisagem das manhãs no Rio de Janeiro.
Fui tirada do meu momento de reflexão, quando meu o som alto do meu celular ecoou pela sala. Deixei a xícara sobre a mesa de quina e corri para o sofá.
— Alô.
— Bom dia, princesa. — Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar.
— Como você descobriu o meu telefone?
— Olha, foi difícil, mas nada do que muito dinheiro e um bom detetive não resolva. — Bruno era mesmo um canalha.
— Nem fodendo! — Exclamei, nervosa.
— Olha, fodendo seria uma boa ideia. — Eu pude ouvir o som da sua risada do outro lado da linha. — Vamos lá, Ana. eu não só quero te ver. Você escolhe o lugar.
— Tudo bem. — Respondi sem ter certeza do que estava fazendo. — Sabe aquele restaurante que inaugurou a pouco tempo? Então, esteja lá amanhã na hora do almoço.
Larguei outra vez o celular sobre o sofá e corri para o banheiro. O café com leite não havia caído bem, joguei tudo o que tinha comido para fora. Vomitei até sentir o suor frio descer por meu rosto. Isso sempre acontecia quando eu ficava nervosa ou ansiosa, e lá no fundo, eu sabia o motivo.
Limpei a boca com as costas da mão e tratei logo de escovar os dentes. Afinal, ninguém merece sentir o cheiro de comida estragada da boca de outra pessoa. Despi-me e entrei debaixo do chuveiro deixando com que a água morna massageasse meu corpo. Enquanto passava shampoo em meus cabelos, lembranças do último natal que passei em família invadiram minha mente. O sorriso que minha mãe adotiva dava sempre ao ver todos reunidos em volta a mesa, o cheiro velho do charuto do homem a quem eu deveria chamar de pai, mas nunca consegui vê-lo assim, das irmãs nenhum pouco normais, e dele... do homem que deveria me proteger de tudo e de todos. Aquele a quem cujo eu venerava como um rei. O homem que destruiu todos os meus sonhos de princesa, e me fez ser quem hoje sou... Bruno!
Com algumas lagrimas nos olhos, ignorei todas as lembranças e terminei meu banho. No final de tudo, ficar remoendo coisas do passado não me faria melhor, ou mudaria os fatos. O melhor para todos, era fingir que aquilo jamais aconteceu, mesmo que fosse mentira.
Mais um dia de trabalho na empresa internacional de Joias do Rio de janeiro. Ser assistente pessoal do CEO da empresa tinha suas vantagens, uma delas era ter um belíssimo carro conversivo a minha disposição.
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A Espera De Um Milagre - Série Amores Perigosos - Livro 2 [AMOSTRA]
RomanceSer adotada por uma família carinhosa, parecia ser a melhor coisa que aconteceu na vida de Ana, e foi, por um bom tempo! Até que seus pais adotivos morreram em uma tragédia a deixando mais uma vez a mercê de uma vida que parecia só querer lhe ensin...