|3| Raiva de você

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Ana


— Você não vai me dizer mesmo o que aconteceu lá? — Perguntou Max, estacionando o carro em frente ao meu prédio. — Você não confia em mim?

— Só não me senti bem naquele lugar. — Menti. — E sim, eu confio em você. — Uni nossas bocas num beijo calmo.

Eu gostava de certa maneira de Max. Estar com ele me deixava bem, me sentia protegida. Mas depois que Bruno reapareceu em minha vida não tive mais paz. Ter ficado com ele antes do natal foi um erro, e depois que soube que ele estava na praia na virada do ano me senti como se o passado corresse atrás de mim. Eu não queria, mas sentia ainda algo por aquele traste. Então eu faria o que fosse necessário para esquecê-lo.

— Ana, eu adoro ficar com você. — Disse Max me beijando. — O seu cheiro, tudo em você me deixa louco.

— Eu também gosto de ficar com você. — Max secou o beijo e me encarou.

— O que você acha de assumirmos o nosso relacionamento? Digo, mostrar para todos que estamos juntos. Eu não aguento mais ter que ficar me encontrando com você as escondidas.

— Nossa... — Suspirei fundo tentando assimilar tudo de uma vez só. — Você me pegou de surpresa. Bom, eu iria adorar não ter mais que ficar escondida enquanto transamos na sua sala, mas isso acarretará varias coisas, uma delas é a irá da sua irmã para cima de mim e as fofocas que surgirão ao meu respeito.

Levemente, Max passou seus dedos em meu rosto. Circulou meus lábios com o polegar. Ele era safado e carinhoso na medida certa. Responsável e um homem honesto. O sonho de consumo de qualquer mulher.

— Princesa, não tem porque você se preocupar com a minha irmã. Sou maior de idade e sei me virar sozinho. Já em relação ao que falaram sobre você, não ligue, o que importa é saberem que você e eu somos um casal. — Me olhando no fundo dos olhos, Max pegou minhas mãos e as beijos. Sorriu amorosamente para mim. — Será que você não ver o quanto eu te quero?

Merda! O que fazer em uma situação dessas?

— Vamos fazer assim, deixa eu arrumar outro trabalho. Quando estiver tudo certo, podemos assumir publicamente nosso...

— Namoro. — Sorri e repeti a palavra dita por ele.

Depois de convencer Max que seria melhor para todos continuarmos em segredo, finalmente pude me dar ao luxo de deitar em minha cama e relaxar meus músculos que continuavam tensionados devido ao encontro com Bruno. O pior de tudo nem era o fato pode tê-lo visto, considerando que tanto ele quanto ele somos livres para ir e vim para onde quisermos, mas sim que amanha terei que vê-lo outra vez, e agora com o meu consentimento.

Com os pensamentos em Max e Bruno, deixei que minha mente fosse sendo desligada aos poucos me levando para uma noite de sono e sonhos.

***

O Despertador toca cedo, nem eram seis horas da manhã direito. Levantei-me, fiz minhas higienes matinas e saí para minha corrida de todo o sábado. Correr me fazia pensar melhor, clareava minha mente.

Com o dia ainda meio frio e o som de alguns pássaros e bastante buzinas de carros, corri até sentir minhas pernas cansadas e só então, voltei para casa.

Fui recebida pelo som do meu celular que não parava de tocar. Olhei no visor e o nome de Bruno aparecia na tela. Sequei o suor que descia pelo meu rosto e deixei que o celular tocasse, quem sabe ele não desistiria. Mas não, Bruno não desiste assim tão facilmente. Ele ligou e ligou mais três vezes seguidas até que conseguiu me vencer pelo cansaço.

A Espera De Um Milagre - Série Amores Perigosos - Livro 2 [AMOSTRA]Onde histórias criam vida. Descubra agora