capítulo 2

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E então, ouvi um desparo e um grito, o grito era da minha mãe, mas o tiro não foi nela, em seguida ouvi lamúrias seguido por um choro.

Ahhhh, seu monstro!- era minha mãe, e minhas pernas fraquejaram ao perceber o que tinha acontecido, quem levará o tiro fora meu pai, deslizei pela parede do guarda-roupa, ainda atordoada e em choque, e então outro tiro.

Nesse momento eu senti com se tudo o que eu tinha fosse tirado de mim, a dor no meu peito se intensificou, o nó na minha garganta parecia que a qualquer hora iria me faltar o ar, minhas mãos tremiam, comecei a sentir minha cabeça girar, senti uma dor insuportável, meu mundo perdeu o chão, então um mar de lágrimas começou a descer dos meus olhos.

Já não se ouvia mais barulhos na casa, o que significava que não tinha mais ninguém.

Então me soltei e permitir-me deixar os soluços escaparem e minha dor sair pelos olhos em forma de lágrimas.

Reuni a força que eu não tinha e sair de dentro do quarda-roupa e me deparei com a cena de minha mãe ensanguentada de um lado e meu pai do outro, eu já não sentia mais nada além das minhas dores internas, então ouvi sussurros vindo da minha mãe, me aproximei ela ainda estava viva e sussurrou

EU...TE...AMO! - com a voz intercortada.

Mamãe não me deixa! - falei me abaixando e tocando ela, ela me deu um fraco sorriso, e então seus olhos perderam a vida, minhas lágrimas voltaram, os soluços logo em seguida e novamente aquela dor aguda no peito, eu não queria perder aquilo que eu mais amava mais sabia que era tarde.

Depois de um tempo a porta se abriu era o meu tio, irmão do meu pai,ele veio até mim e me abraçou, molhei sua camisa com lágrimas, ele pôs a mão em minha cabeça me pôs no colo e me levou para o carro.

Fiquei na casa do meu tio por pouco tempo, ele não podia ficar comigo então me levou para casa da minha tia.

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