Menos Que Nada

capítulo 9

Entro no quarto, troco de roupa faço minha higiene e deito na minha cama, então começa a passar pela minha cabeça os olhos daquele garoto, o jeito que ele me olhou, seu cabelo desarrumado, eu estava com vontade de passar minhas mãos nele, ele não falou nada durante toda a refeição, aliás nem ele nem seus irmãos, as perguntas que Jane e Tadeu me fizeram não ficaram só em relação a escola, parecia que eles queriam descobrir alguma coisa, mas isso é normal até porque eles não me conhecem, mas eles pareciam muito a vontade em relação a minha tia não posso negar que parecia que eles se conheciam a anos, mas uma coisa me incomoda, eles faziam perguntas e quando eu fazia as minhas eles pareciam incomodados, respondiam de maneira vaga, Claro que isso não é problema porque eu mesmo estava respondendo assim, mas o fato deles ficarem incomodados com perguntas simples ainda me martelavam na cabeça, talvez queiram esconder o seu passado assim como eu.

Depois de uma hora com o pensamento nessa família, me lembrei da caixinha que eu não abri porque minha tia chegou, comecei a procurar ela e achei em cima da penteadeira estranho não me lembrava de ter colocado ela alí, peguei ela e me sentei na cama para abrir, ao abrir a tampa da caixa  me deparo com um com um livro tava mais para um diário ele tinha uma fechadura em forma de um floco de neve, procurei na caixa pra ver se encontrava a chave ou alguma coisa que servisse pra abrir ou sei lá me ajudasse a descobrir quem me mandou isso, ou pelo menos o que é isso, e porque alguém me mandaria uma coisa assim, guardei o diário novamente na caixa e coloquei em uma gaveta em baixo das minhas roupas.

Me deitei novamente na cama, meus olhos começaram a pesar e acabei adormecendo, e novamente aquele sonho que tanto me perturbava desde a morte deles começou e como sempre que ele acontecia eu acordei chorando e sozinha mais uma vez, me enrolei no meu cobertor mas não queria dormir, então me levantei vesti uma roupa e fui para floresta, mais adentro naquela floresta tinha um lago fui me aproximando dele e sua beleza foi surgindo aos poucos, me encostei em uma árvore que ficava de frente pra ele, e como toda a floresta e os encantos dela me fascinava com o lago não era diferente.

Alí no meio do lago a lua estava refletindo sua beleza, sempre impecável,
Parece tão serena, chega a acalmar o turbilhão que tem dentro de mim, fecho os olhos por um instante absorvendo sua calmaria, inalando o
cheiro da maresia,sentindo a brisa suave acaricia meu rosto, meus cabelos se movendo lentamente por conta do leve vento, o roçar da grama contra minha pele, abri os olhos lentamente e me deparei com a lua mais brilhante me convidando a me juntar a ela,a noite me acolhia de uma maneira que não dá pra explicar, fiquei mais um tempo admirando aquela beleza, e aproveitando aquela paz, o dia já estava pra amanhecer, então me despedi da lua e voltei para casa.