Arabella não gostava de relacionamentos sérios, muito menos de se envolver com jogadores. Era sonhadora, mas seus grandes sonhos geralmente não envolviam um parceiro.
A vida lhe ensinou que relacionamentos eram fadados ao fracasso. Até que ela o en...
* Leiam as notas no fim do capítulo. * Ele não está revisado, perdão! Estava ansiosa para postar e deu nisso.
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A italiana estava atrasada.
Arabella fechou a porta de seu guarda-roupa, frustrada. O jogo seria em minutos e ela não tinha uma camisa para vestir.
Na realidade ela tinha, mas não queria dar o braço a torcer e usar sua camisa com o enorme número quatro estampado nas costas.
Pensou em ligar para Lara, e ver se a amiga a emprestava alguma, porém a mulher já se encontrava no Wanda Metropolitano, esperando por ela. Conseguiu trocar aquele dia com outro médico do departamento, então assistiria ao Derby com as amigas.
Se lembrou de Juan, quase como um estalo em sua mente.
— Oi para o irmão mais lindo do mundo! — a mulher exclamou assim que o mais velho atendeu a ligação.
Ele riu alto, de forma exagerada.
— O que você quer?
Arabella sorriu, mesmo sabendo que o homem não veria.
— Eu, bem, preciso de uma camisa para o jogo de hoje... — começou. — Passaria na sua casa bem rápido, já que estou atrasada. — checou o relógio em seu pulso, confirmando a informação.
— Certo. — Juan concordou, mas ainda sem entender. — Bella, você deve ter umas três camisas...— deixou a quase pergunta no ar.
Ela suspirou, em seguida mordeu o lábio inferior, hesitante.
— Estão todas para lavar.
O homem estranhou, mas não fez mais perguntas. Concordou em emprestar uma camisa para a irmã mais nova, apesar de achar que havia algo a mais por trás do pedido.
Ela se atrasou já que se empolgou na arrumação. Enrolou algumas madeixas do cabelo, fez uma maquiagem leve e procurou o seu melhor jeans — que segundo Giordana, ressaltava cada curva da mulher.
Nunca se arrumou tanto para um jogo.
Arabella dirigiu em alta velocidade até a casa do irmão, que já a esperava na porta com a camisa, para facilitar as coisas. Ela deu uma bela checada na peça, se certificando de que estava tudo bem.
Quase riu de si mesma.
O quatro enorme e imponente estava ali, e logo acima o nome do jogador que não saia de seus pensamentos.
Parecia uma piada.
— O que foi? — Juan perguntou notando a cara de paisagem da irmã.
— Nada. — riu pelo nariz. — Te devolvo logo, ok? Obrigada.
Se despediu do irmão e conduziu o carro até o distrito de San Blas-Canillejas, onde aconteceria a partida. Estava aflita, por alguns motivos.
O primeiro deles, e talvez o mais comum, era o frio na barriga que um clássico trazia. Arabella já era acostumada com a sensação, mas a insegurança e a ansiedade sempre estavam ali.
