Capítulo 31

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Ainda estava sentado. Esperando uma explicação.
- Que manchas são essas? - Cruzei os braços.
- Não é nada demais... Só... Que cai... - Sai falhada a voz. Vira-se ficando de frente para o armário. Desconfio.
- É... E caiu aonde?
- Ih. Pára com isso! - Fica irritada. - Foi um tombo... Só isso.
- Isso não parece marcas de um tombo e sim, que alguém que fez isso? - Questiono. Se espanta com minha impaciência.
- Me desculpe. - Digo com suavidade. Me achego e faço um carinho no seu rosto.
- Eu quero saber de onde você... - Pego no seu queixo, puxo levemente para os meus olhos. - Como aconteceu?
- Lu... - Está trêmula. Parece que está com medo. Mas de quê? Será que é da minha reação?
- Pode falar Jú. Se esta preocupada com minha reação... - Seguro sua mão. - Prometo que vou ficar calmo. - Me examina.
- Tudo bem. Vou contar... - Solta o ar. Abaixa a mão, pensa no que vai me dizer. Aguardo ansioso, umedeço os lábios. Levantar se anda para um lado e para outro. Está inquieta. Parece criando coragem para me dizer. Merda, estou ficando impaciente com isso. Então pára de andar que nem uma barata tonta. Fica na minha frente.
- Lembra que o Rafael... - Dar uma pausa. - Pediu para você me convencer a voltar com ele?
- Sim. Mas disse que não ia ajudar ele. - Digo.
- Então... - Desvia o olhar. Começa a coçar a cabeça. - Ele queria dar próximo passo do nosso relacionamento... - Respira fundo e continua. - Mas desisti no meio do caminho... Não me sentia pronta... Ele não gostou por ter parado... Queria continuar, mas não queria aquilo... Estava nervoso... Começou a apertar meu braço com força... - Seus olhos estão cheios d'água. - Eu disse não. Mas não era o suficiente... Foi quando dei um tapa na cara dele e parou. Porém... Queria me castigar pelo tapa. E me bateu todo meu corpo... Deu socos nas minhas costas, barriga, pernas... - O filho da puta fez isso! Não com a minha Júlia? Me levanto vou em sua direção. Seguro seu rosto, faço carinho. Está em prantos com essa terrível lembrança. Abraço ela para se sentir melhor. Tento controlar minha raiva. Largo seu rosto e me distanciou dela. Agora era eu que estava andando para um lado e para o outro. E paro no meu armário, estou de costas para ela. Respiro fundo e depois solto o ar. Fecho o punho e dou vários socos na porta do armário.
- LUCAS? LUCAS? - Grita. A ignoro e continuo socando o armário. - Pára com isso! Lucas? - E me abraça, sinto suas mãos no meu peito, que me faz parar. Aos poucos vou voltando ao normal. Olho para os punhos e vejo que está todo machucado.
- Por isso que não queria de contar! Olha seu estado! - Ainda continua abraçada em mim.
- Queria que eu ficasse como? - Solto seus braços que se envolvia no meu corpo. Me viro e olho para ela. - Que aquele bosta de seu namorado...
- Ex! Ele é meu ex namorado! - Me corrige.
- Que seu "ex" fez isso com você. - Aponto para suas manchas e nota minhas mãos machucados.
- Ai meu Deus! Olha como ficaram suas mãos. - Me leva até o banco para sentamos.
- Fica aí! - Ordena. Faço sim com a cabeça. - Vou cuidar disso. - Vai onde está sua bolsa, traz e tira uns algodões e um vidro. Estava com um líquido escuro.
- O que vai fazer? - Arqueio a sobrancelha.
- Ora, vou passar isso em você. Suas mãos estão machucadas.
- Isso arde? - Pergunto.
- Um pouco. - Olha atenciosamente.
- Não precisa... Depois dou um jeito nisso... - Cruzo os braços. Mostrando que não precisa daquele exagero. Ela começa a rir. Quer dizer, gargalhar para falar a verdade.
- Lucas Dantas com medo de um remedinho? - Joga o líquido no algodão, pega meu braço e passa.
- Aii! - Faço uma careta.
- Todo bad boy, briguento e faz cara de dor por causa do remédio? - Rir.
- Primeiro isso arde pra caramba. Segundo não sou nada desse boy aí.
- Mas mata aula, é briguento, sai com várias garotas... - Falha a voz. Desvia o olhar e coloca o remédio na bolsa. - Bom... - Começa procurar algo na bolsa, mas não acha. Percebo que ficou incomodada com essa lembrança. Então pego no seu queixo e viro na minha direção.
- Que se dane as outras. Só tenho olhos pra você! - Arregala aqueles lindos olhos azuis. - Sou completamente apaixonado por você, Júlia Martins! - Fica sem reação com minha declaração. Na verdade não diz nada, seu rosto está vermelho. Fico um pouco apreensivo.  Queria muito falar o que eu sinto, quando consigo, continua ali me encarando. Porra, será que foi cedo demais? Merda será que gosta do Rafael ainda? Mas disse que não vai voltar com ele? Balanço a cabeça não entendo nada.
- Lu é sério isso? - Indaga.
- Hã?! O quê? - Paro de balançar a cabeça. Olho fixamente para ela.
- Que você... Acabou de dizer? - Olha para o lado, respira fundo e depois solta o ar. - Que está... Está... Apaixonado por mim...
- Claro... É verdade sim! - Me aproximo, colocando a mecha de cabelo atrás da orelha. Estamos tão perto, sinto seus lábios encostando nos meus. Nem espero pela sua resposta, dou um beijo. É calmo mas com paixão. Ela me abraça e retribuo também, abraçando sua cintura. Subo minhas mãos até seu seio, aperto, acariciu.
- Ah... Lucas...- Sussurra na minha boca. Cacete com isso meu pau fica duro como uma rocha. Abro seu vestido, mostrando aquele seio lindo. E começo a beijar, sugar o bico do peito. Ela acaba jogando a cabeça para trás. De repente o celular dela toca.
- Depois você atente... - Digo. Continuo beijando.
- Tenho... Que... Atender... Lu... - Diz ofegante. - Por favor... Deixa eu atender...
- Tem certeza que quer eu pare? - Tiro a mão do seu peito e vou para seu sexo. Faço movimentos circulares com a calcinha mesmo. Não resiste, começa a rebolar. Porra já está molhada.
- Lu... Lucas... Deixe eu... - Não consegue terminar a frase. Com isso o celular para de tocar, mas volta a tocar de novo. Porra quem é o infeliz? Mas estava adorando ver ela daquele jeito.
- Jú eu deixo você atender, mas tem uma coisa.
- Sério? Ai... O que.. É? - Morde o lábio.
- Deixa eu fazer você gozar? Deixa eu de dar isso! - Analiso o que vai me dizer.
- Ok. Ok. Faz isso Lu. Já estou enlouquecendo. Por favor... Faz logo. - Pede. Ah... Júlia vai ser meu maior prazer, quer dizer, o seu! Rs.

Amizade ou namoroOnde histórias criam vida. Descubra agora