Capítulo 29

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Meu Deus! Depois que Beto sai, achei que finalmente ia conversar com o Lucas. Ele estava na minha frente. Consegui vê - lo pela breja da porta. Foi que ouço uma voz. Meu amigo olha para o lado, não acredita no que ver.
- O que você quer Rafael? - Questiona.
- Calma ai atacante. - Levanta os braços. - Só quero conversar. - Abaixa os braços e coloca as mãos no bolso da calça.
- Tá bom, tá bom! Fala logo! - Perde a paciência. - Ainda tenho que tomar banho.
- Percebi que esta só de toalha. Me pergunto como minha irmãzinha foi se interessar por você? - Ironiza. Apontando para seu companheiro de time.
- Há, há, há. Não é isso que ela demonstra na cama? - Sorrir para ele. Sentir... Uma... Inveja? Sim. Queria sentir aquele corpo no meu... Sentir seu toque... Comecei sentir um calor. Minhas pernas começam a ficar bambas... Que isso Júlia! Começo me abanar. Fecho os olhos, tento afastar esses pensamentos! Abro os olhos e volto a prestar atenção na conversa.
- Não fale assim da minha irmã, seu merda! - Afronta o Lu. Mas desisti quando meu amigo olha para ele de poucos amigos.
- Rafael, diz logo que você quer? - Cruza os braços na altura dos peito. - Chegou aqui querendo falar da Júlia? O que é?
- Ok, ok. Lembra que foi lá no hospital ver a Júlia?
- Sim.
- Não sei o que aconteceu... Foi embora. Não retorna as ligações...
- Como sabe que não retornei as ligações? - Investiga. Ela de contou?
- De certo modo que sim. - Sorri para o Lu. Já ele ficou confuso. - Estava com ela toda vez, que tentou de ligar. Tadinha ficou esperando... Tentou de novo. Na faculdade, na casa dela...
- NA CASA DELA? COMO ASSIM? - Pela sua reação. Ficou surpreso. Na verdade, não acreditou no que Rafael dizia. Ele continuou. Mas não sei por que sentir uma dor no peito.
- Ora meu caro. É normal o namorado ir na casa da namorada.
- A dona Andréa sabe disso? Desse namoro? - Pergunta em tom baixo.
- O quê? A minha sogrinha me adora. - Se achega. Fica do seu lado. Poe seu braço no ombro dele. Como se fossem amigos de anos. Chega ser ridículo! - Olha só. Ela me confessou que não gosta de você. Está radiante por esta com sua filha. - Ele baixa a cabeça. - E tem mais. Há, há. Nunca gostou dessa amizade de vocês. E quando soube do que fez comigo... - Afastou seu braço do meu amigo. Andou para frente e encostou em uns dos armários. Ficou falando como minha mãe adora ele, aquele blá, blá, blá. Enquanto estava distraído. Lucas me olhou, ver ele daquele jeito, doía meu peito. Seus lindos olhos castanhos estavam tristes e cheio d'água. Caramba não entendia por que me sentia daquele jeito. E por que Rafael fazia aquilo?
Um mês atrás era outra pessoa. Gentil, doce... Me ajudou muito, quando estava mal, quer dizer, péssima com a morte do meu pai. Começamos a sair... Ele sempre me fazia visitas. Quando vir já estávamos namorando. Mas depois da semana passada... Ele ficou estranho... E acabamos brigando. Também não parava de pensar no Lu. Mesmo ele me falando que estava com sua irmã. Mesmo assim deixava de pensar nele.
- Por isso vim aqui. Mesmo que a minha sogrinha não gosta de você. Mas vocês são amigos? De infância, correto? - Se aproxima e aponta para ele. Que confirma com a cabeça. - Então Conversa com ela. Convença tirar isso da cabeça...
- Tirar o quê da cabeça? - Olha para mim. Depois volta olhar para Rafael.
- De querer terminar comigo. Acredita? - Se achega e apoiá a mão no ombro dele.
- Você quer que eu fale... Melhor, convence - lá a não terminar com você? - Observa meu namorado, digo meu ex. - Tá na cara que fez merda e das grande. - Dar um tapa no braço dele, que apoiava no seu ombro.
- Que nada! Foi coisa boba. - Dar os ombros. - E aí? Vai dar essa moral, afinal você é da família. - Pisca pra ele. O Lucas dar um empurrão que pela força, perde o equilíbrio mas acaba caindo no chão.
- Escuta aqui seu merda! Não vou convence - lá de nada a voltar pra você. - Solta o ar. - Quer saber de uma coisa? Acho bom mesmo ela terminar com um bosta que você é!
- Olha aqui. - Se levanta se apoiando nas portas do armário. - Você ia ficar muito feliz com isso, né? Mostrando as caras Lucas Dantas.
- Eu? Nunca fui com tua cara! Pedi desculpas por que o meu pai pediu. Somos do mesmo time, não podia deixar isso atrapalhar e tem o mundial também. - Se aproxima dele. - Já você! Se fez de bom moço para conquistar a Júlia. Depois que conseguiu, foi caindo sua máscara! - Anda pra lá e para cá. - Aposto que continua traindo ela com essas piranhas aí. Eu sei, por que não teve nem a decência de disfarçar. - Bate no peito dele. Fico em choque ao ouvir aquilo. Porém minha amiga Fer sempre me alertava, contudo não acreditava que ele não faria isso comigo.
- Cara sou homem! Tenho minhas necessidades. Ela não queria ir pra cama comigo. Achava que não estava pronta. - Afronta ele. - Mas amo aquela garota. - Começa a chorar. - As outras era só sexo. - Lu coloca a mão na cabeça. Bagunça aquele cabelo. Está sem paciência daquela conversa. Pega no braço do meu ex, joga ele para fora do vestiário.
- Que isso cara! Achei que estávamos nos entendendo!
- Cala a boca! Sai gora daqui ou quer ir parar no hospital? Dessa vez a Júlia não esta aqui para me impedir! - Ameaça. Escuto ele resmungar e depois não escuto mais nada.
- Pode sair! Ele já foi! - Avisa. Saiu e olho para ele que esta encostada olhando para o teto. Tento me achegar, quando estou perto ele me olha. Permanecemos assim, olhos fixos um no outro. Meu coração bate mais forte. Sinto um formigamento no estômago. Estava daquele jeito e ele tranquilo, sereno e sorrindo. Vou de falar, que sorriso lindo.
- Você está bem? - Depois dessa loucura, ainda se preocupa comigo? Vi que o garoto que esta na minha frente, que minha mãe acha violento e perigoso, que tenho que ficar longe. Ali na minha frente era o menino que conheci anos atrás. Meigo, doce e carinhoso que se preocupa comigo. Nesse momento me a tiro nos seus braços. Na verdade, não estava esperando por isso. Mas retribui que me abraça de volta. Faz carinho nas minhas costas, movimentos circulares. Apesar de eu está usando um casaquinho, mas era um tecido leve que dava para sentir seu toque.
- Desculpa... Você ter que descobrir assim. - Sussurra. Encosta seu queixo na minha cabeça. - Que seu namorado fez.
- Agora ele é ex. - Olho para ele. - Tudo bem... - Começo me lembrar do tempo que tive com meu ex. Do que ele me fez... E começo a chorar ali mesmo. Lu pega no meu rosto, limpa as lágrimas que continuava cair.
- Tudo bem Ju! Não fique assim. Ele já foi para não voltar.
- Não sei... Rafael não é de desistir fácil. - Olha para lado.
- Se tentar alguma coisa, dou outra surra. Dessa vez, ele vai ficar em coma.
- Está louco? - Dou um empurrão nele, começa rir do meu ataque. É tão contagiante, que não resisto e riu junto com ele. Logo  paramos de rir. De repente sua feição muda, vai para um olhar triste.
- Desculpa Ju...
- De quê? - Olho confusa.
- Não esta com você... Quando mais precisava de mim... - Se lamenta. Abaixando a cabeça. Seguro seu rosto e olho nos seus olhos.
- Tudo bem. Você não imaginava que isso ia acontecer. - Continua me olhando, estão intensos. Estávamos muito perto, dava para sentir seus lábios encostando nos  meus. Sentir a garganta seca... Umedeço os lábios. Continua me observando, parece que esta esperando algum sinal? Ainda segurando seu rosto, solto e fecho os olhos. Fico esperando ele me beijar. Dura segundos que parecia eternidades. Por que não me beija? Será que estou sendo louca por fazer isso? Quando estava desistindo, ele me beija. Mais que beijo! Como é gostoso o beijo dele. Tem delicadeza com mistura de desejo... Suas mãos que já estavam na minha cintura, me puxa para mais perto. Colada no seu peito nu, sinto como é incrível, firme, maravilhoso... E meu corpo começa ficar quente, muito quente! Estou inebriada com beijo dele. Um sabor de paixão... Dou uma leve puxada no seu cabelo e solta um gemido. Estávamos sem ar, mas não queria sair dali. E de repente tira as mãos da cintura que me apertava com ávido, sobe para meus braços. Para de me beijar, ficamos ofegantes. Como assim? Fico atordoada, não entendendo por que parou? Porém continuava me segurando, não me soltou. Percebe a minha decepção. Seus olhos continua intensos, cheio de desejo e louco para voltar a me beijar. Mas tem alguma coisa impedindo? Mas o que era?

Amizade ou namoroOnde histórias criam vida. Descubra agora