80°Capítulo.

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           《  Narrado por Sofia

Tive que tomar remédio de noite pra poder pegar no sono, minha mente não me deixava dormi, eu só pensava no perigo, cada barulho de tiro me apavorava.
No dia seguinte acordei, fiz minhas higiene matinas, tomei café da manhã e logo em seguida recebi uma ligação do perigo. Atendi na hora. Ele disse que tava tudo bem, para o meu alívio. Ufa.
Eu almocei quieta na minha. Já que meu irmão e minha cunhada não eram muito de conversar e a Andressa não tava em casa, o Daniel tava dormindo. Ouvi alguém bater no portão e fui atender.
Sofia: Gustavo?
Perigo: Não, o bozo.
Sofia: Que senso de humor em!
Perigo: Posso entrar? - sai do caminho e ele entrou e se sentou no sofá. Entrei e sentei do lado dele.
Sofia: O que devo a honra dessa visita?- ele tava muito sério. Nem me respondeu, só tirou o celular do bolso e me mostrou a foto de um cara assustador.
Perigo: Conhece?
Sofia: Não faço ideia de quem seja.-disse analisando a foto.
Perigo: Não mente pra mim senão vai ser pior!
Sofia: Tá me ameaçando? Quer que eu fale que conheço um cara que nunca vi na vida!? -engrossei a voz pra falar com ele, o mesmo abaixou a cabeça e depois voltou a olhar pra mim.
Perigo: Tem certeza, Sofia? Tu não tá mentindo pra mim?
Sofia: Não porra! Por que eu mentiria? Eu não faço ideia de quem é esse cara. E por que tu tá me perguntando isso? Por que tá vindo com essa história assim pra cima de mim? Eu não to entendendo nada!
Perigo: Malu.... - só podia ser aquela vaca pra encher a cabeça dele de porcaria e o filho da puta acreditar. Eu não to acreditando!
Sofia: Ah, há Malu! Só podia ser aquela vadia! O que ela disse? - enterrompi ele.
Perigo: Esse cara, foi o cara que matou meus pais. - eu fiquei chocada. - ah Malu falou que ele é seu padrinho, e que tu sabia de tudo. - eu fiquei indignada eu nunca vi aquele cara na minha vida. Ela inventou essa história só para o Gustavo fazer algo sério comigo.
Sofia: Eu não tô acreditando nisso Gustavo! - levantei e fiquei andando de um lado para o outro com a mão na cabeça. - Ela fez isso de propósito, pra te testar, pra saber se você gosta mesmo de mim. Por que se não, você me mataria, ela sabe como tu ama teus pais e não perdoaria qualquer um que fez mal há eles. Como tu não percebeu isso.
Perigo: Eu vou matar ela, eu vou acabar com a vida dela de uma vez por todas. - ele levantou do sofá eufórico e eu fui até ele e me posicionei em sua frente.
Sofia: Não vai! Sabe porque? Por que você não consegue, tu não consegue fazer nada que prejudique ela. Por que você ama ela, eu sei, Gustavo. Você ama a Malu. - ele ficou calado. Só me encarava sem expressão significativa. Meu coração partiu em pedacinhos depois que eu disse aquilo, mas sabia que era verdade. Ele nunca consegue puni-la. Ele gosta sim dela.
Perigo: Eu não amo ela Sofia. Só tenho uma puta de uma consideração pelo pai dela. Por que ele foi o melhor amigo do meu pai pra todas as horas, e meu pai não me perdoaria se eu fizesse o melhor amigo dele sofrer. Eu não amo ela. Eu amo você. E você sim, eu jamais te machucaria. Confesso que pensei. Tava disposto a acabar com sua vida. Mas aí, meu coração não deixou, e que bom que isso aconteceu.
- meu coração tocou com aquelas palavras. Se ele não é o bandido da minha vida, eu não sei quem é. - tu sabe mais que ninguém que meus pais eram tudo pra mim, e sempre vão ser. Eu não admito que ninguém fale um " A" deles, mesmo que já estejam mortos. São meu tudo. - Percebi que ele tava chorando e corri para abraça-lo. Não me contive e chorei junto.
Sofia: Tá tudo bem, Gustavo. Não fica assim. Da o desprezo pra Malu, e isso que ela merece. - ele não disse nada. Só saiu do abraço e me beijou, com o rosto repleto de lágrimas e o coração batendo tão forte que eu tava sentindo.

Ele encerrou o beijo e deu um sorrisinho de lado pra mim

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Ele encerrou o beijo e deu um sorrisinho de lado pra mim.
Perigo: Me desculpa. Papo reto Sofia. Me perdoa eu sei que fui um cuzão.
Sofia: Pior que foi mesmo. -nos rimos.- Tudo bem, não se preocupa. Cê me recompensa depois. - fiz cara de safada e depois dei uma gargalhada.
Perigo: Gostei. - ele riu. - tenho que voltar pra boca. Mas tarde passou aqui pra te buscar pra nós tá um rolê.
Sofia: Gostei! - disse imitando ele. - ele riu, selou nossos lábios e depois saiu. 

A Patricinha & O Dono Do Morro *(CONCLUÍDA)  Onde histórias criam vida. Descubra agora