CAPÍTULO 15 - Maiores dificuldades

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“Conta-me o teu passado e saberei o teu futuro.” -  Confúcio 

 

            O médico de plantão, após realizar os questionamentos iniciais para se inteirar do problema, ordenou à enfermeira que fosse ministrado soro em Luís Otávio, e que também fosse aplicada uma medicação para diminuir as dores estomacais e parar o vômito. Em seguida, ele solicitou que fosse colhido seu sangue, e que fosse feito um exame, imediatamente,  a fim de diagnosticar o que estava acontecendo com Luís Otávio.

            Apesar de estar se sentindo muito mal, ele não conseguia deixar de pensar, que, todo aquele procedimento médico parecia um filme que se repetia em sua vida.

            Ele até já imaginava o que o médico iria dizer ao atendê-lo. “Enfermeira, aplique uma injeção de Buscopan, e coloque-o no soro para reidratá-lo!”.

            Sílvia acompanhava tudo de perto, com bastante atenção no que informava o jovem esculápio, já que Luís Otávio não estava em condições de entender o que o plantonista falava, segundo ela, em virtude do seu estado de muita debilitação. Assim, de acordo com a situação apresentada, Luís Otávio teria que passar a noite no hospital, mais uma vez.

            Enquanto aguardava os resultados dos exames, ela aproveitou para ligar para casa e informar a Lúcia sobre a internação de seu irmão.

            - Ele agora está dormindo. Disse Sílvia dando um longo suspiro, e continuou:   - Acho que deve ser por conta da medicação.

            - Mas o médico chegou a comentar se suspeita de alguma coisa? Indagou Lúcia apreensiva.

            - Ele não falou nada. Segundo ele, quando chegarem os exames é que poderá fazer o diagnóstico. Entretanto, ele cogitou a possibilidade de ser uma forte infecção intestinal, seguida de uma gastrite.

            - Hum! É possível mesmo. Desde pequeno que Luís é propenso a essas crises.

            - Eu vou aguardar os exames dele chegarem e saber do médico do que se trata de verdade. Logo depois eu volto pra casa para liberar você, cunhada.

            - E quem vai ficar com ele aí? Perguntou Lúcia apreensiva.

            - Acho que não tem como ficar alguém aqui com ele, Lúcia. Eu não posso deixar as crianças sozinhas, e você também tem sua família para ficar. Além do mais, ele vai ficar aqui sob os cuidados das enfermeiras e do médico de plantão. Não vejo problema nisso.

            - É verdade cunhada. Dessa vez não poderei ficar com ele mesmo.

            - Não se preocupe Lúcia. Vou ficar esperando o médico, como te disse, depois falo com Luís, e volto pra casa. Ele vai ficar bem.

            Somente por volta das dez e meia é que os exames de Luís Otávio chegaram, segundo a informação da enfermeira que estava cuidando dele. Alguns minutos depois o médico plantonista entrou no quarto onde ele se encontrava, já acordado, e começou a ler os resultados do exame.

            No exame de sangue solicitado pelo médico, nada de grave havia sido detectado, a não ser uma baixa taxa de potássio no sangue. Porém, o plantonista sugeriu que Luís Otávio procurasse um especialista, assim que tivesse alta do hospital, já que não era comum ele ter essas crises que, segundo Sílvia, já havia acontecido outras vezes.

Todos Nós Renascemos - Dias AtuaisOnde histórias criam vida. Descubra agora