michael is a loser

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Michael POV

-minha vida é uma droga, minha vida é uma droga, minha vida é uma droga - era a única coisa que eu conseguia pensar enquanto me arrumava para ir pro trabalho. O que não deixa de ser verdade, desde que eu me mudei para essa república minha vida está um lixo, mas o que é um lixo pra quem sempre foi f*dido da vida.
Toda vez eu tinha sempre que me lembrar o porque eu estava fazendo isso. Meu pai me expulsou de casa quando descobriu que eu era gay, mas quem liga para o que aquele filho da p*ta pensa? Eu agora sou livre para amar quem eu quiser e não quero nem saber o que pensam.

Coloquei minha calça skinny preta e minha camiseta do Metallica junto com os meus coturnos preto, dei uma ajeitada no cabelo e desci para comer na cozinha.
Quando desci todos estavam lá, e quando digo todos quero dizer os babacas filhinhos de mamãe da faculdade. Fingi que não via eles e peguei uma tigela pra colocar meu cereal.

-Olha só quem temos aqui, se não é a bixinha emo - esse era o líder deles, Justin, o mais babaca de todos eles. Todos em volta dele estavam sérios, provavelmente tinha medo do que isso podia se tornar.
Fingi que não estava ouvindo e continuei fazendo minhas coisas.
-ei, você não me ouviu direito? eu tô falando com você seu viadinho. -sem pensar virei com tudo em direção a ele e o segurei pela gola de sua camisa.
-Eu te escutei muito bem, mas o que eu não consigo entender é essa sua frustração sexual por mim. - encostei nossos rostos um no outro num ponto que eu conseguia sentir sua respiração contra a minha pele.
-Ei cara larga disso era só uma brincadeira, fica tranquilo. - ele se retraiu todo, com medo do que podia acontecer.
Larguei a gola dele e fui em direção à porta para poder ir embora daquele lugar. Eu não me sentia bem nem no lugar que eu vivia. Eu não me sentia bem em lugar nenhum.

Depois de tudo as coisas que aconteceram comigo no passado eu aprendi a me defender, não posso dizer que eu me sinto confiante todas as vezes, mas eu preciso passar isso para as outras pessoas. É uma forma de defesa pessoal eu diria.

Eu tinha começado no novo emprego, não era melhor do que o outro que eu estava mas era mais tranquilo, eu só tinha que organizar os livros em prateleiras corretas e manter tudo sem pó. Pra mim aquilo era o paraíso, quase ninguém ia para a livraria, só as vezes que aparecia alguns casais apaixonados que ficavam se beijando nas escondidas, eu que não ia separar, não sou empata f*da de ninguém.

O sino da porta toca significando que alguém está entrando, vou em direção ao caixa para ver quem era, e o que eu via agradava, e muito, os meus olhos. Ele tinha por volta dos 22 anos, cabelos em cachos loiros, seus olhos eram estupidamente azuis, ele era perfeito. Ele estava tão bem vestido em um terno preto que eu me senti muito desarrumado para falar com ele. O que eu estou falando, minha camiseta do Metallica é f*da demais. Preciso fazer algo.

-Em que posso ajudar, realeza- ok eu exagerei demais.droga.
Ele deu uma leve risada, que me fez estremecer todo.

- Eu tô procurando o livro O grande Gatsby do Scott Fitzgerald. Você tem ai? - ele tinha um ar tão suave, como de alguém que tem o controle de tudo.

- Sim, está na prateleira de grandes clássicos, eu vou te mostrar onde tá. - ele começou a me seguir, e sua presença me deixava nervoso mas um nervosismo gostoso.

Estendi a mão para que ele pegasse o livro mas ele não se mostrou tão interessado, ele não tirava os olhos de mim. Então comecei a retribuir chegando mais perto dele e observando cada parte do corpo dele. Eu já conseguia sentir o seu perfume e como aquele homem cheirava bem. Tudo nele parecia bom demais para ser verdade, e com toda certeza ele não tinha nada haver comigo, só de olhar para ele da para perceber que ele é importante no trabalho dele.

- Você trabalha a muito tempo aqui? - Ele tentou disfarçar a tensão que estava entre nós, parecia tentar relutar algo.

- Não faz muito tempo que comecei a trabalhar aqui, mas até que eu gosto, é mais tranquilo. Eu nunca te vi aqui na loja, você mora perto?

- Não, eu trabalho num escritório aqui perto e sempre passo pela calçada, estava querendo ler um livro a muito tempo mas não sabia qual - ele sorria para mim quando terminava de falar, e que sorriso lindo.

-Bom, eu já li esse livro e recomendo muito, a história é fascinante, te faz entrar em uma máquina do tempo e se imaginar naquele cenário. Espero que goste.

Levei ele até o caixa e fiz todo os procedimentos que precisava fazer. No final, ele me entregou o dinheiro e deu uma leve piscada, com um sorriso aberto, para mim que me fez ficar sem reação, fiquei igual uma banana olhando para aquele Deus grego, sem saber o que fazer.

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Luke POV

Eu não conseguia pensar em outra coisa além de michael, parte de mim me achava um idiota por fazer aquilo colocando em risco toda investigação, mas a outra parte estava como um adolescente apaixonado de 15 anos. Eu pensava também em Calum e como aquilo podia acabar com tudo aquilo que eu construí com ele. Minha cabeça estava a mil e eu ainda tinha que trabalhar.

Chegando na delegacia podia ver o Cameron me esperando na porta com uma cara estranha.

- O que foi, cara. Levou um fora? Não precisa fazer cara feia não - Peguei a pasta que ele estava segurando e fui em direção a minha sala.

- Chefe, ontem à noite fiquei vendo fichas criminais das pessoas de quem mora na república. E consegui juntar cinco nomes - Havia nome de cinco rapazes na pasta e junto dele o de Michael por roubo e posse de drogas, era o bastante para poder prender ele, mas aquilo não parecia certo, ele não poderia ter feito tudo isso. Logo ele.

- O que você acha? Chama esses jovens pra depor e tenta ligar com o crime? Afinal, eles têm passagem na polícia... - Cameron me olhou com cara de dúvida.

-Primeiro de tudo precisamos investigar, porque depois que mostramos que eles podem ser possíveis assassinos em potencial isso pode afetar na investigação.
Vai anotando o que eu vou te falar garoto, isso vai te servir de lição pro resto da sua vida como policial - Cameron foi prestando atenção em casa palavra que eu ia dizendo, enquanto íamos  para o escritório investigar.

A cada passo que eu dava a dentro da investigação mas eu sentia que estava ficando longe de saber a verdade. Na minha cabeça eu só conseguia pensar que Michael não poderia estar no meio disso. Ele não era capaz disso, ele não podia.

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⏰ Última atualização: Mar 19, 2019 ⏰

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