EPÍLOGO

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                      Um ano depois

Harry

O telefone tocou e tocou. Paciência não era um ponto forte meu, mas fiquei na linha e felizmente houve uma
resposta alguns segundos mais tarde.
— Olá? — Tom Parker estava cheio de confusão e um pouco irritado.
— Parker. Não vou ser um merda e perguntar como você está... e toda essa baboseira, porque sei bem o suficiente, então serei direto. Venha jantar comigo hoje à noite às dezoito. Precisamos conversar. — eu fui simples e esperei sua resposta quando ele suspirou forte e resmungou.
— Onde? O lugar que sempre costumávamos ir? — ele perguntou bruscamente.
— Sim. Eu farei as reservas para as dezoito horas. Até então.
Parker desligou sem dizer adeus, balancei minha cabeça. Este não seria um jantar fácil, mas precisava fazê-lo.
Digitei o número para o restaurante em meu telefone e fiz as reservas para esta noite.
Parker não frequentava nossa casa, mas também não fazia qualquer comentário sobre nós estarmos juntos e nunca ouvimos falar nada além de Ellie, minha menina e de Bridget.
Vi Ellie colocar o cobertor rosa de lã no chão, brincando com seus brinquedos e arrulhando. Ela tinha olhos verdes
brilhantes, como os meus e o narizinho de Bridget. Nunca estive tão feliz na minha vida e nunca pensei que esse dia chegaria, que seria pai, mas lá estava eu.
Admirei o belo ser que Bridget e eu fizemos juntos, um filho do destino e puro amor. Ela era tudo, e quanto mais a olhava, quanto mais pensava, queria dar-lhe irmãos e irmãs.
Queria mais do nosso amor correndo e eventualmente fazer a diferença no mundo que nos rodeia.
— Você acha que mamãe e eu deveríamos lhe dar um irmão ou irmã? — perguntei suavemente. Estávamos, apenas Ellie e eu ali durante o dia, com Bridget indo às aulas, que a fiz se inscrever.
Sua educação era importante para mim como sua felicidade e era mais do que capaz de cuidar de Ellie, mesmo
que as fraldas de merda me fizeram engasgar. Não mudaria isso por nada deste mundo. Estava envolvido até agora ao redor dos dois dedos mindinhos das minhas meninas e
sempre estaria. Faria qualquer coisa em meu poder para proteger as duas e fazê-las felizes.
O dia passou por nós em uma brisa e estava quase na hora de me encontrar Parker. Bridget estava chegando e eu
me preparando para sair.
— Onde você vai? Por que a pressa? — seus olhos se arregalaram pensando que algo estava errado.
— Oh, apenas uma reunião de negócios de última hora que preciso participar. — menti para ela.
— Reunião de negócios? Pensei que seu trabalho fosse feito em casa agora? — ela perguntou.
— Eu sei, eu sei. É, mas infelizmente, o cliente quer falar sobre números durante o jantar e este é um dos nossos maiores clientes. Prometo que não demorarei. — coloquei um suave beijo na sua testa e inclinei seu queixo para cima, para beijá-la nos lábios.
Então fui para Ellie que estava descansando em seu berço e beijei sua bochecha gordinha adorável.
— Papai ama você, princesa. — sussurrei baixinho e ela sorriu babando.
Eu beijei Bridget mais uma vez antes de sair e ir em direção a minha moto.
Após cerca de uma hora, finalmente parei no restaurante e vi Parker de pé lá fora fumando um cigarro.
Uma coisa eu não via desde que estivemos juntos no exército. Respirei fundo e deixe sair, preparando-me para a conversa que nenhum de nós queria ter. Acenei para ele quando fizemos contato com os olhos, acelerei os passos para me aproximar quando senti a chuva começar a cair.
Muito bom. Como estava de moto teria que ficar ali, sem importar como fosse a conversa, até que a chuva parasse.
Nós entramos juntos, sem trocar uma palavra com o outro. Estava ali por Bridget. A garçonete nos levou a mesa, depois nos deixou com um sorriso.
— O que você quer? — Parker perguntou impaciente quando a garçonete se afastou e franzi a testa, odiava que meu melhor amigo e eu nos tratássemos como meros conhecidos.
— Acima de tudo, eu queria saber sobre você cuidar de Ellie. — Fiz uma pausa, tomando um gole de água do copo na
minha frente. —Quero sair com Bridget este fim de semana, mas precisamos de uma babá, alguém em quem possamos
confiar, alguém que sabemos que irá protegê-la como se fosse dele... — Parker e eu sempre iriamos ter problemas, mas ele cuidaria de sua neta com sua vida.
— Certo, considere-o feito. Cuidarei dela. Não tenho nenhum problema em cuidar do meu bebê. — eu sorri. Já
sabia que ele diria sim, a parte mais difícil era convencê-lo a me deixar casar com Bridget.
Ele lambeu os lábios e olhou para minha mão onde estava a caixa preta. Coloquei-a sobre a mesa na frente dele.
— O que é isso? — ele estreitou os olhos na caixa pequena de veludo preto e depois olhou para cima, encontrando meus olhos com um brilho suspeito.
— É minha promessa a Bridget e minha filha, para proteger e ser o homem que ambas precisam. Quero fazer de  Bridget minha esposa, mas quero fazer do jeito certo. —hesitei, minhas mãos suavam e meu estomago estava em nós.
— Está me perguntando se aprovo que se case com minha filha? — havia uma presunção na voz de Parker que
não gostei.
— Sim, estou, não porque preciso de sua aprovação para fazê-lo, mas porque o respeito e preocupo-me com sua
aprovação. Não sou obrigado a isso, sua filha tem idade para tomar suas próprias decisões. Mas gostaria que colocasse os ressentimentos de lado para poder ter sua bênção. — escondi
o desdém da minha voz. Eu não queria que este momento ficasse feio. Queria estar em boas condições.
— Ei... — Parker, chamou a garçonete.
— Pode trazer duas cervejas, por favor? — exalei, sentindo como se finalmente pudesse relaxar em minha
cadeira.
Quando Parker voltou sua atenção para mim ele falou.
— Quero que saiba que minha desaprovação por estar com Bridget foi por medo. Ela é minha menina, minha querida menina ou pelo menos era... — Parker sentia que a perdeu. Eu sabia o que ele sentia por Bridget, seu coração era todo dela.
— Não vou machucá-la. Nunca. Agora não. Amanhã não. Não daqui a vinte anos. Ela é minha. Minha para
sempre. — soava possessivo para caralho, mas era verdade.
O que era meu, era meu e ninguém, nem mesmo Parker, tiraria de mim.
Parker sorriu quando a garçonete colocou garrafas de cerveja na mesa em frente a nós.
— Acho que deveria agradecer que Bridget encontrou alguém e que não precisei suportar os dias de faculdade. —não pude deixar de suspirar com seu comentário. Imaginando minha doce e ingênua gatinha na faculdade, com muitos olhos universitários sobre ela.
Isso fazia meu sangue ferver.
— Eu mataria qualquer um que a tocasse. — tomei um gole longo da minha cerveja e meus olhos nunca se afastaram de Parker. Este foi o meu melhor amigo, o homem que me
conhecia por dentro e por fora.
— Você tem minha aprovação e minha bênção. Apenas quero ver vocês dois felizes e claro, quero ter certeza que Ellie tenha uma boa vida. — Parker finalmente falou e meu corpo se acalmou, sabendo que tinha sua aprovação. Como eu disse antes, não precisava da aprovação dele, mas a queria.
— Obrigado, tem ideia do quanto isso significa para mim e Bridget? — finalmente, eu poderia relaxar e desfrutar.
Queria me casar com minha gatinha desde o dia que me disse que estava carregando meu filho, mas sabia que tudo vinha com o tempo.
— Apenas não me decepcione. — ele murmurou ao redor da garrafa de cerveja. Certo, podia não ser perfeito, não estávamos felizes, mas em um lugar onde podíamos concordar que Bridget e Ellie eram o melhor na vida.
— Eu não irei, Parker. Nunca o fiz antes e não começarei agora. — garanti. Pedimos a comida e conversamos
o restante do tempo. Deixei gorjeta na mesa antes de nos despedirmos. Estava além de animado por ter a bênção do
Parker e seria ainda melhor quando  colocasse o diamante no dedo dela.
                            
                              °•○○•°

Daddy's BestfriendOnde histórias criam vida. Descubra agora