CAPÍTULO 02

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Harry

Minhas mãos estavam suadas e meu estômago revirando, porque porra me ofereci para ser a babá da tempestade conhecida como Bridget novamente? Ah sim,porque o pai dela me implorou! Pegando uma cerveja da geladeira me sentei no sofá de couro, isso não deveria
acontecer, porra, talvez ainda pudesse ligar para ele e dizer que algo apareceu, que não poderia fazer o que me pediu.
Sim, o seu pau apareceu, idiota.
— Porra! — disse para mim mesmo, não havia ninguém ali comigo, sem esposa, sem filhos, nada que me segurasse neste lugar, acho que fiz isso a mim mesmo, focando apenas na minha carreira como um oficial da marinha nos últimos vinte anos, também havia o fato de que fazia tanto tempo que
estive com uma mulher que sequer me lembrava e até mesmo para um homem disciplinado como eu, era difícil manter as
mãos longe da pequena deusa Bridget.
Ela iria me matar, literalmente.
Meu olhar foi para o relógio pendurado na parede,Parker ligou a mais ou menos uma hora atrás para me avisar que estavam na metade do caminho, o que apenas me deixava com uma hora e isso significava que chegariam a qualquer momento.
Tomei outro gole da cerveja, me lembrando das regras que precisava seguir.
Sem olhar, sem encarar, sem luxúria.
Sem pensamentos inapropriados, apenas porque ela tinha dezoito anos não significava que poderia tê-la.
Não importa o quanto ela provoque, não a beije, não a toque e faça qualquer coisa, mas não a foda.
O som de um carro encostando na frente de casa chamou a minha atenção e me levantei do sofá, indo para a grande janela que tinha vista para a cidade e reconheci o
carro de Parker, fui para a porta cumprimentá-lo e ajudar a tempestade de cabelos castanhos com sua bagagem.
Mas antes de abrir a porta inalei profundamente,rezando para Deus dar-me forças para me manter longe dela,então saí e assim que eu vi Bridget sair do carro senti um aperto no coração e meu pau pulsou.
Porra! Não tem como ela ficar aqui, não mesmo.
Eu não fiquei tão tenso e excitado com nada desde o meu primeiro dia na marinha de volta aos tempos onde bebia vinho e fodia qualquer mulher que quisesse.
Meus olhos se moveram pelo corpo dela mais uma vez, ela era delgada, mas ainda tinha curvas, as quais eu poderia me agarrar enquanto a fodia por trás...
— Pare! — eu disse alto, tentando juntar os sentimentos mesmo que continuasse a encarando, dizendo ao meu corpo uma coisa enquanto fazia outra.
Bridget era linda com a pele clara e os cabelos castanhos escuros, ela me lembrava uma boneca de porcelana, frágil, tão frágil, porra... Parker finalmente
apareceu colocando tudo em seu devido lugar, eu virei a maçaneta da porta em minha mão rudemente antes de abri-la.
Era agora ou nunca.
— Parker... — sorri para meu melhor amigo, sem prestar atenção à beleza que estava atrás dele, pois se a tratasse friamente talvez não parecesse tão apetitosa, talvez isso a fizesse me odiar e ela mantivesse distância entre nós, o que poderia ser mais fácil.
— Harry! Já faz o que? Quase um ano? — Parker ergueu uma sobrancelha, não entendeu a minha necessidade de me
afastar, mas a respeitou e nunca perguntou o motivo de não aparecer em sua casa.
— Sim, já faz um tempo. — respondi finalmente,deixando o olhar ir para Bridget, ela tinha uma altura média para mulheres, mas parecia mais baixa comigo e seu pai
próximos. Bridget sorriu, mostrando os dentes brancos e perfeitamente alinhados sob os lábios rosa brilhantes, lábios que, nos últimos anos, imaginei chupando meu pau.
Apertei o punho, isso não daria certo.
— Entrem, fiquem à vontade, fui ao supermercado e também comprei alguns lençóis novos para cama de Bridget,
desde que não conseguia me lembrar da última vez que os troquei. — eu ri saindo do caminho para que pudessem entrar na casa.
Os olhos de Bridget observaram cada pequeno detalhe enquanto Parker ia direto para geladeira para pegar uma cerveja.
— A casa é linda. — sua voz fez com que minha pele se arrepiasse e meu pau endurecesse ao som.
Você não pode foder a filha do seu melhor amigo, me lembrei, mesmo que meu corpo tivesse sua própria opinião.
Eu me virei ignorando seu comentário, mesmo que isso fosse uma coisa imbecil a se fazer, em vez disso direcionei minha atenção para Parker.
— Espero que não tenham pego muito trânsito, sei que odeia. — ri pensando no tour que fizemos na China onde as ruas eram mais do que lotadas e se quisesse assistir um homem perdendo sua cabeça, então aquele foi o momento.
— Não foi tão ruim, paramos para comer e comprei algumas coisas essenciais para Bridget no Walgreens da cidade.
Peguei minha cerveja e a esvaziei.
Não pense nisso, não pense nela menstruada ou ser velha o suficiente para foder com você.
— Estou muito animada para passar o verão com você.
— Bridget disse caminhando até onde eu e Parker estávamos,a animação exalava dela, fazendo com que algo dentro de mim se aquecesse com seu sorriso, sentia-me frio e sozinho há muito tempo.
— Será divertido. — sorri pegando outra cerveja da geladeira, nenhuma quantidade de álcool seria suficiente para remover o desejo que sentia por ela de minhas veias,
cada osso em meu corpo queria ficar mais perto dela, dois meses era uma fodida quantidade de tempo sem tocá-la, me
pergunto se já foi fodida antes, mas pelo jeito dela diria que ainda é virgem, uma doce e suculenta virgem, o fruto proibido, o qual eu mal podia esperar para dar uma mordida.
— Espero que esteja tudo bem se ficar aqui essa noite,sairei antes do amanhecer, mas preciso de um descanso antes de voltar. — Parker perguntou e pude ver de onde
Bridget conseguiu sua beleza.
Parker sempre foi o mais bonito entre nós dois, mas agora tenho certeza que sou eu, afinal tinha tempo para me exercitar todos os dias, comer três refeições saudáveis e não tinha uma filha adolescente acabando com meus neurônios.
— Você sabe que por mim tudo bem, é para isso que servem os amigos, arrumarei a cama no segundo quarto de hospedes assim você não precisa dormir no sofá. — lambi os lábios, meus olhos indo de Parker para Bridget, ela estava me olhando da mesma forma luxuriosa que a olhava, aqueles olhos castanhos brilhando com excitação.
— Perfeito, vamos acomodá-la. — Parker sorriu para sua filha, eu nunca achei que o homem fosse ter filhos, mas quando descobriu que uma das garotas com quem ficou,estava grávida ao voltar para casa, ofereceu suporte e assumiu, foi muito ruim que mais tarde ela decidiu que ele não era o que queria ou precisava, ainda não podia acreditar que abandonou os dois.
— Por aqui. — eu disse enquanto colocava a cerveja no balcão da cozinha antes de ir na direção do corredor, Bridget pegou sua mala e me seguiu, parei rapidamente e abri a segunda porta pensando que provavelmente se distraiu, pois acabou trombando com as minhas costas.
Pude sentir o calor de sua pele contra a minha.
— Oh, sinto muito. — ela se desculpou, suas bochechas corando, o que me fez querer passar o dedo em seu rosto,apenas para ver se era tão suave quanto imaginava, se sua
pele fosse tão suave como a pétala de uma flor.
— Tudo bem? — Parker perguntou enquanto colocava o celular de volta no bolso, pisquei limpando o olhar luxurioso de meus olhos.
— Sim, tudo bem, apenas não estava prestando atenção por onde andava. — Bridget respondeu, esclarecendo tudo
antes que Parker pudesse ligar os pontos.
Olhei do batente da porta enquanto Bridget entrava no quarto, seus olhos passeando pela cama e o simples guarda roupa, não era nada especial, mas era melhor do que nada.
Eu tenho certeza que esse quarto a lembrava de uma cela em comparação com o quarto que ela tinha em casa,ajudei Parker com as mudanças no último verão.
— É perfeito. — ela disse sorrindo e soltei uma respiração que sequer percebi que estava prendendo.
— Espero que sim, desde que é tudo o que tenho. —deixei que as palavras saíssem sem pensar, apenas percebendo depois por causa do rosto de Bridget que talvez fui um pouco rude.
— Quer dizer... — eu tentei continuar, mas Parker interveio antes que pudesse terminar.
— Está tudo bem, não há necessidade de mais do que o necessário. — Parker colocou as mãos em seus bolsos dianteiros olhando duro para Bridget, ela abaixou os olhos
para o chão e colocou sua mala na cama que arrumei para ela, porra, percebi que não gostava nem um pouco de sua expressão e daria tudo para manter aquele sorriso
maravilhoso de antes.
— Ok então, o banheiro fica do outro lado do corredor.
— eu apontei para porta de madeira que ficava na frente do quarto dela.
— E o meu quarto é no final do corredor se precisar de alguma coisa. — apontei um dedo na direção do quarto,levando o olhar de volta para o dela.
— Ótimo, obrigada por tudo. — ela deu um sorriso e soltou a mala na cama e foi até mim me dando um abraço quente que me embalou e fez com que quisesse abraçá-la
apertado de volta.
— Hmm, não precisa agradecer. — disse e Parker sorriu sabendo o quanto eu odiava abraços, Bridget me soltou um segundo depois dando um passo para trás e olhando-me, havia muitas coisas naquelas profundezas castanhas e eu precisava de ar.
— Então, isso é tudo. — eu dei um passo para trás e então outro.
— Arrumarei o outro quarto para você Parker. — Eu dei um tapinha em seu ombro.
— Ótimo, conversarei um pouco com Bridget e então irei dormir. — apertei o punho e o abri, ignorando minha natureza possesiva, as mãos dela eram suaves, seus dedos tão pequenos e ela cheirava como baunilha e framboesa, como um maldito muffin, um do qual queria muito um pedaço.
Rapidamente tirei o lençol da cama do outro quarto e o substitui, precisava manter minhas mãos para mim mesmo, com certeza precisava fazer algo. Não, poderia fazer isso,porque se a tocasse, se a deixasse sob a minha pele, não a deixaria ir embora.
Eu iria prová-la, cuidar dela, possui-la como nenhum homem nunca fez.
Não. Pense no que Parker diria, o que ele faria.
Não importava o quanto quisesse isso, precisava negar a mim mesmo.
Não valia a pena.

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