Meu humano ~taekook

Tani

Ele está de volta. De volta para mim!

Hyungsik sorria constantemente contra o seu reflexo no grande espelho de seu quarto. Estranhamente feliz.

Era fato, sua felicidade tinha nome, Tani, seu garotinho. Na época, quando o descobriu, ficou deslumbrado, se encantou com a criança. Fios dourados, olhos azuis acinzentados, dando contraste a sua pele levemente bronzeada. Uma obra prima, verdadeiramente bela.

A criança deveria ter entre três a quatro anos, e, nesse dia, em especial, para Hyungsik, os cosmos queriam o presentiar. A criança usava roupas claras, um tom de azul bebê, com detalhes em carmesim, nos pés, um tênis escuro, e os fios loiros compridos jogados pelos ombros.

Parado do outro lado do acostamento, ele analisava a pequena criaturinha linda a sua frente, frisando gravar cada traço.

Tão fofo

Em instantes, ele viu a criança se agitar e correr um pouco para frente,soltando barulhinhos quando começou a brincar com algum animal pequeno que ali havia.

Então instantes depois ele parou pra pensar, "O que uma criança como essa, faz sozinha na estrada"

Achou muito estranho, onde estariam os pais dessa criança? Pensando nisso, Hyungsik resolvel de 'esconder', esperaria dez minutos, caso ninguém aparecece para pegar essa criança, ou sentisse perigo em volta do serzinho, ele iria intervir, pegaria o menino e levaria para casa.

Estava tão compenetrado observando o garoto que nem ao menos percebeu vozes se aproximando, e quando os notou,  constatou fielmente de que eram humanos.

Dois homens se aproximaram do menino, discutiam, e Hyungsik percebeu semelhanças dos mais velhos com o menor,deveriam ser irmãos, o garoto tinha traços dos dois homens.

- Você tem que parar com isso Byunsil - o homem loiro gritou então ele focou no que estava acontecendo.

- Parar? Eu não estou fazendo nada, você tem que entender, nos arrancaram a opção de escolha, amor você precisa entender.

Amor? O que?!

- Nós tínhamos um acordo, a porra de um acordo, nós ficamos sem a nossa princesa Byun, demoramos tanto pra superar- ele começou a chorar- ela era a nossa menininha, mas o custo da nossa liberdade foi a promessa de que ela, nossa primogênita seria deles.

- Bae...- o mais alto se aproximou e olhou a criança atrás do loiro os olhando com curiosidade.

- Não, o acordo era eles terem a primogênita, eu não vou entregar Tani, não vou- aquele humano estava nervoso.

- Por favor bae, não chora.- o abraçou

- Durante toda a gravidez dela eu aproveitei o máximo, quando o médico disse que seria uma menina, foi tão... Byul , não tivemos chance de lhe dar um nome, ela era tão linda.

- Amor ela era tão parecida com você, você foi tão forte, mesmo depois que enterramos ela.- o mais alto soluçou, e o Park estava tão confuso, filho deles? Mas como?

- E então veio o Tani,- olhou o menino- ele é nosso maior presente, se é o caso, nós vamos fugir pra sempre, porque meu menino eu não entrego.

Era um caso de fuga, os pais não queriam perder a criança.

Mas como raios dois homens humanos tiveram um filho?

O Park sempre soube que humanos não poderiam ter filhos naturalmente se fossem do mesmo sexo, então como? Como dois homens tiveram aquele menino?

- Eu engravidei, eu sofri as dores, fui eu, não eles, ele é nosso, e acabou!

Ele ficou paralisado. O que?!

Um homem humano grávido? É possível?

- Papa- o até então esquecido, agora denominado, Tani, foi correndo abraçar as pernas do pai mais alto.

Sem delongas o mais alto o pegou no colo, o abraçando apertado.

- Oi meu anjo- sorriu doce.

- Não briga com o papa- disse a criança encarando o homem loiro com um biquinho.

Sorriam.

- O papai não estava brigando com o papa amor, estávamos conversando sim?- alisou o rostinho do outro.- Mas diga bebê, pq veio aqui? Você não estava brincando com o celhinho?

- o moço na ávore assusto o bixinhu papai- Hyungsik viu o medo no rosto dos mais velhos.

Eles olharam em volta, procurando alguma coisa e depois correram.

Como?

Se assustou quando viu três homens saindo do meio das florestas e correndo atrás dos três, cujo quais, percebeu estarem indo até o seu carro, talvez querendo fugir, se desesperou.

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Três sons de tiros foi se escutado, é naquela grande região silenciosa, o som de um choro desesperado inundou. Vendo aquela cena, dos pais da criança mortos, é os três homens andando na direção de Tani, o fez agir por impulso e total falta de senso.

Então ele saiu.

Saiu como um raio do carro, pegando o menino no colo e voltando correndo para o carro, tendo aqueles brutamontes na sua cola.

Deu partida, em alta velocidade sem se importar com os tiros deferidos contra seu carro.

Olhando a cada instante o retrovisor, observando agora, a criança ensanguentada e  sonolenta pelo choro.

Nesse dia, sua sina pela criança loira dos olhos claros se deu início.