A fuga

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Taehyung on

- Tragam-no até aqui.

Ouço o chefe - aquela raposa miserável - mandar um de seus capangas me levar até ele.

- Ora, ora, décimo, vejo que não precisaram apelar pra violência dessa vez - ele fala se referindo à uma semana atrás, quando tentaram fazer coisas comigo, eles denominaram "coisas que adultos amam fazer", não sei bem o que era, mas fiquei gélido de medo, quando vi que iriam me amarrar, então deduzi não ser algo bom, o que fariam, então como uma pessoa sensata que sou - talvez nem tanto - tomei a mais bela decisão - talvez a pior - de mordê-los, e após esse lindo dia, eu fui colocado novamente de "castigo", sendo torturado. - cinco dias sem comer, e apanhando dos diferentes híbridos que feri, essa foi a sentença para meu castigo.

- Pois.... - digo fitando o chão, por medo, afinal, sempre me disseram que ao completar meus dezoito anos, iriam fazer algo surpreendente comigo, e como sou cheio de sorte desde que nasci, eu tinha que por privilégio de deus, fazer aniversário daqui a dois dias e pra melhorar era meu aniversário de dezoito, mas vou esquecer essa minha "leve" preocupação.

- Como todos presentes aqui já devem saber, nosso precioso décimo irá completar nosso tão desejado dezoito anos... - ele diz passando sua áspera mão em meu rosto - e como não conseguimos esperar, iremos começar a partir de hoje - diz voltando ao seu lugar e se sentando - só um aviso,se algo acontecer com ele eu mesmo me encarregou de castrar vocês - adverte.

- Sim chefe. - todos concordam.

- Antes, vocês já encontram o nono? - ele pergunta e todos negam. Já fazia um mês que nono, fugiu, e ninguém consegue o encontrar, por mais que esteja feliz, por sua liberdade, me preocupo nono é um cara complicado, e pra ele arrumar briga lá fora é só um passo.

- Mas que droga! Faz um mês que o nono fugiu! - ele esbraveja - Ele não tem conhecimento do mundo, é tão difícil o achar?! - ele continua se levantando - Mas eu tenho um palpite, do motivo de não o acharem. - diz andando em frente à seus homens- Acho que um de vocês, o deixou fugir - ele fala tranquilamente - E eu acho que sei quem é, mas só queria entender o motivo. - o chefe para em frente à bogum - um capanga, gente boa, na verdade o único que sempre me tratou bem - Tragam minha arma! - ele pede - Vamos, diga Bogum, por que deixou o nono fugir? - nenhuma resposta - Responda!

- Desculpe senhor, quando soube o que iriam fazer com ele, não consegui não sentir pena e... - ele o enterrompe com um tapa.

- E então decidiu ser um bom samaritano? - pergunta pegando a arma e colocando, bala por bala - Que feio, Bogum, não tem como ser o mocinho trabalhando pra mim.

- Sei disso, senhor. - ele diz olhando o chão, e quando todos esperavam um tiro bem no meio da testa de Bogum, o chefe vira a cabeça e aponta a arma agora em outro

- O fato de ter sido um "bom samaritano" me incomoda muito, mas mentirosos mais - ele diz entrando na frente de outro -ainda mais quando mentem sobre a saúde de minhas preciosidades - ele diz atirando em um.

- Chefe. o que esta fazendo? - Bogum pergunta.

- Você não irá morrer, não hoje. - ele diz voltando para seu lugar e o observando -mas para seu erro ser apagado - o dono da arma joga a mesma - mate esses traidores! - Bogum o olha duvidoso - Matê-os por traição, e violação da propriedade de outros.

- Mas, o que eles fizeram? - Bogum pergunta destrancando a arma. Bogum pode até ser bom, mas tem uma sede por sangue nunca antes vista por mim, e em relação às preciosidades do chefe, ele fica ainda mais doentio.

- Esses vermes, mataram o décimo quarto. - fala soltando um leve risinho - Além de outras coisas que descobri, e uma delas foi o abuso de nono. - quando termina, vejo fúria no olhar de bogum - Quero que paguem - diz vindo em minha direção e me puxando - Se eu souber que tocaram em décimo, Bogum quero que faça um campo estilo jogos mortais - diz com um sorriso diabólico, chamando mais capangas - pois irei fazê-los pagar de uma forma inusitada, agora levem décimo daqui, ele já viu coisa demais por hoje, sua inocência deve se mantida, caso contrário perde valor.

- Sim chefe. - disseram enquanto caminhavam pelo corredor me escoltado,e quando foi por mim,barulhos estrondosos de tiro e gritos percorrem minha audição,causando um grande susto em mim

 - Anda décimo não temos o dia todo - Josh, nome de um dos capangas mais leais, manda.

- Estou indo - digo saindo, mas paro assim que ouço mais barulho e vejo a porta de saída, abrir vagarosamente após ouvir um tiro.

- Droga! - Kris diz - Se abaixen e protejam o décimo - ele ordena, mas quando olham pra minha direção, não há ninguém, consigo correr e sair daquele lugar.

- Peguem ele, idiotas! - um grita, vindo em minha direção, mas consigo atrapalhar a saída, o que me deu mais tempo de fugir pelas matas.

(.....)     (.......)

- Merda... - pigarreio cansado de correr-Droga! - sussurro quando ouço passos, e gritos vindo em minha direção. 

- Eu o quero vivo seus idiotas! - ouço, e logo depois começam a atirar, e como minha sorte nunca acaba, um dos tiros acerta minha perna esquerda.

- Ah não... - digo estancado o sangue e correndo, do jeito que consigo por trás de umas pedras e arbustos, e em menos de três minutos depois percebo  presença de mais alguém ali, e quando olha congelo ao ver um rapaz, aparentemente mais velho que eu, e como automático, faço um gesto com meus dedos, pedindo silêncio, o mesmo confirma me olhando.

(.........) (...............)

- Eles já foram. - digo olhando mais um pouco entre os arbustos e me virando para o rapaz.

- Tem certeza? - ele me pergunta, e eu concordo, o vendo levantar - Você vai ficar aí? - novamente concordo, dando uma leve olhada em minha perna, que continuava a sangrar. - E se te pegarem? Não tem medo? - pergunta, olhando minha perna

- Olha eu tenho medo, tenho muito medo. -digo fitando o chão - Não quero voltar pra lá, mas não posso sair daqui porque não tenho lugar para aonde ir e minha perna ainda sangra muito, não conseguirei andar nem se tentasse. - digo bufando e o olhando de relance. Tento me levantar, mas acabo somando um leve gemido de dor e vejo jorrar mais sangue de mim.

- Eu irei te ajudar - ele diz, e o olho incrédulo - não o deixarei aqui, mesmo se quisesse minha consciência não permitiria.

- Não precisa se preocupar - digo me ajeitando no chão - mesmo se quisesse não tenho lugar pra ir depois que sair dessa flores... - não termino de falar ao sentir ele me pegar no colo, e me olhar - O que pensa que está fazendo? - digo indignado com sua audácia.

- Eu disse que iria cuidar de você. - eu o olho surpreso - Então irei cuidar de você -ele finaliza começando seu caminho.

- Hey! Você não pode fazer isso, eu nem sequer sei quem você é! - digo me remexendo, em vão, pois ele é mais forte, e a minha dor ainda está presente.

- Não o deixarei aqui. - ele me olha - Prazer, me chamo Jeon Jungkoo.

- Prazer... - digo me segurando no mesmo em rendição.

- Não irá me dizer seu nome? - ele pergunta franzido o cenho.

- Te diria se soubesse. Eu não tenho um nome, e se tenho nunca soube.

- Como assim? Você não sabe o próprio nome? - me pergunta incrédulo.

- Eu fui levado quando tinha 3 anos, não lembro se tenho um nome, e qual seja ele. - digo triste - Apenas me chamavam de décimo - fito o chão.

- Que triste. Você é pequeno e fofo, então te chamarei apenas de pequeno, okay? - ele diz e um sorriso leve surge meus lábios, o encaro e aceno positivamente.

- Então vamos pequeno, irei cuidar de você.

Meu humano ~taekook Onde histórias criam vida. Descubra agora