Capítulo 11 - Jovens

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Nós os levamos até a porta.

- Até amanhã.
Alex me diz, dando uma leve piscada e entrando no carro.

- Tchau, coisa fofa e vermelha.
Ari diz, mandando um beijo enquanto entra no carro.
- Tchau, pimentinha.
Diego me chama por meu novo apelido pela primeira vez.

- Tchau, anjinho, pequena sereia e Ferris Dean.
Digo.

- Que injusto! O Diego é o único que tem um apelido realmente criativo.
Diz Ari rindo, já no carro, antes de fechar a porta.

- O que posso fazer se sou especial?
Diego compartilha a risada da Ari. Parece que as coisas não estão mais tão ruins entre eles. Pelo menos é o que aparenta.

Voltamos pra casa, fechamos a porta, e sentamos no sofá.

- Então.
A mãe diz com um sorrisinho.
- Oi.
- O Alex.
- O que tem?
Digo morrendo de vergonha, e fazendo jus ao meu novo apelido .
- Ele é o tal "menino bonito" de ontem?
Fico mais vermelho.
- Sim.
- Vocês já se beijaram?
- Mãe!
- O que foi? Eu acho importante que a gente fale sobre essas coisas. Se você soubesse quantos adolescentes gays gostariam de ter pais que falassem com eles sobres as coisas.
- A senhora sempre fala isso.
- E eu tô errada?
- Não.
Temos outro daqueles momentos fofos e continuamos nossa conversa. Eu falo um pouco sobre Alex pra ela.

- Piquenique noturno? Não sei o que mais vocês jovens têm pra inventar.
- Para de falar como se você fosse velha. Você tem literalmente 39 anos.
- E isso é ser jovem? Mas tá bom. Como dizia a Sandy, sou jovem pra ser velha, e velha pra ser jovem.
- Ainda bem que a senhora deixou eles irem pra esse momento constrangedor.

Azul de quase noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora