Escutei alguém bater na porta e pedi para entrar.
- Bom dia, senhora Lambertini. - Um homem que aparentava ser o médico entrou no quarto. - Essa é a sua filha? - perguntou se referindo a mim.
- Sim, ontem ela veio dormir comigo. - minha mãe falou sorrindo.
- Que ótimo, é bom que a senhora fique com as pessoas que gosta no meio disso tudo. - o médico era bem simpático por sinal. - pelo que eu vi ontem e recebi do outro hospital, seu câncer na mama é bem pequeno e do estômago está quase no momento certo da cirurgia, mas por causa da retirada de uma parte do estômago terá que passar um tempo aqui, para te acompanharmos.
- Tudo bem. - minha mãe falava enquanto escutava tudo apreensiva. Depois de fazer alguns exames o médico saiu, me deixando sozinha com minha mãe.
- Mãe, tenho que ir para faculdade, quando conseguir um tempo venho te ver, tudo bem? - falei pegando minha mochila e a bolsa que Hugo tinha me dado ontem.
- Próxima vez tenta trazer o Douglas, gosto muito dele.
- Pode deixar. - dei um beijo nela e peguei meu carro em uma das ruas perto do hospital.
Abri a bolsa que Hugo me deu e tudo o que ele tinha falado estava lá. Minha identidade falsa, o cartão de crédito que eu coloquei dentro da minha carteira, a arma, eu guardei dentro da minha bolsa e peguei o telefone para ver os contatos, tinham poucos e eu só conhecia o Th e o Hugo. Guardei as coisas na bolsa que eu levo para todos os lugares e fui para faculdade.
Hoje o professor passou várias páginas para lermos e fazermos um resumo, o problema era resumir trinta e oito páginas em apenas uma. Deu o horário e fui até o estacionamento, só que o meu carro não estava mais lá. Quem iria querer um carro merda, velho e cheio de problemas.
- Porra, isso não pode estar acontecendo. - eu olhava aquela vaga vazia sem acreditar e a chave que eu demorei séculos para achar dentro da bolsa, não vai servir pra nada.
- Esqueceu que eu falei que vinha te buscar? - Hugo apareceu atrás de mim, me dando um susto da porra.
- Não, mas o que o meu carro tem a ver com isso e para de me dar sustos, já é o segundo. - ele riu e pegou uma chave no bolso do short. Hugo destravou um carro do lado da vaga que estava o meu carro, era um Audi conversível preto.
- Seu novo carro, agradeça depois. - ele falou me entregando a chave.
- Mas eu não ia agradecer, ainda quero meu carro de volta, ou você acha que meu pai vai acreditar que eu teria dinheiro para pagaria um Audi. - vi ele fechar a cara de revirar os olhos.
- Seu carro vai estar na rua perto do seu prédio, deixe o Audi em um estacionamento perto e quando vier para treinarmos traga ele, não dá pra correr com aquela lata velha. - não gosto que falem mal do meu carro, só eu posso falar dele assim.
- Olha como você fala do meu carro.
- Olha como você fala comigo, tá achando que eu to brincando contigo e pode falar do jeito que quiser, se lembre que eu ainda sou o dono do Alemão. - ele falou passando por mim e entrando no carro.
- Grandes merdas. - falei baixo para mim.
- O que você falou?
- Nada.
- Entra logo nessa porra. - revirei os olhos e entrei no banco do passageiro.
Hugo arrancou com o carro indo em direção ao Alemão, não trocamos nenhuma palavra no caminho. Eu tinha mil perguntas, mas preferia perguntar ao Th do que ao Hugo, pelo menos Th era menos grosso. Deixamos o carro na entrada do morro e o resto subimos com a moto dele, segundo Hugo era mais rápido. Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Douglas, perguntando se ele estava em casa, posso dar uma passadinha lá antes de ir embora.
YOU ARE READING
Love of Blood
RandomO tic tac do relógio me atormentava, cada segundo que passava meu nervosismo aumentava. Eu estava nas mãos dele, por causa de um maldito contrato, mas eu faria tudo por ela, minha mãe sempre vai ser tudo para mim e eu vou lutar por ela. Respiro fun...